O melhor amigo da Britt é louco.

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Dylan corria desesperadamente com sua recém comprada Ferrari preta pelas ruas bem iluminadas e insanamente movimentadas de Nova Iorque enquanto tentava frustradamente com uma das mãos ligar o controle automático do aparelho de som programado com toda a sua lista de contatos para momentos como aquele.

- Olá, Dylan! - a voz feminina vinda do rádio cumprimentou-o com forçada animação.

- Olá, Dorothy. - ele cumprimentou educado, mesmo que o aparelho não se importasse com tal cortesia. - Ligue para o Will.

- Will Jones ou Will Lindo? - Dorothy questionou segundos mais tarde, após a o fim da análise da lista de contatos do homem.

- Will Lindo. - Dylan comandou, rolando os olhos ao que se dava conta que seu melhor amigo mudara mais uma vez seu nome na lista de contatos de O'Brien. - Idiota. - o homem murmurou para o amigo, mesmo que estivesse completamente sozinho em seu carro e que o amigo nunca se daria conta de que fora xingado em uma hora como aquela.

Dylan podia ouvir o ronco suave do motor e o ruído insistente vindo do rádio, indicando que a ligação ainda estava sendo encaminhada.

- Vamos lá, Will! Ande logo. - resmungou baixinho.

- Você faz ideia de que horas são? - uma voz surgiu sonolenta e irritada do outro lado da linha.

- Duas e quarenta e sete, e está chovendo. - O'Brien respondeu, rindo minimamente diante a irritação do amigo. - Eu tenho um problema.

- Ki Hong e Kaya não podem te ajudar com isso? - Will questionou, o tom rouco pelo sono ainda era perceptível em sua voz - Eu pensei que quintas-feiras fossem os dias das festinhas de vocês.

- E são, mas eu preciso do meu melhor amigo desta vez. - confessou derrotado, estava à poucos quarteirões do Hospital Mount Sinai agora, e quanto mais se aproximava do prédio luxuoso e irritantemente limpo, mais sentia a realidade atingir-lhe em cheio. - Você poderia por favor ir até o Mount Sinai? - pediu.

- O Hospital? - indagou confuso.

- Sim, o Hospital. - confirmou.

- Você está bem? - a voz do outro homem agora soava um tanto que preocupada.

- Eu acredito que sim, eu... não sei. - respondeu desesperado, sentia os olhos arderem e lutava freneticamente contra as lágrimas que ameaçavam rolar por sobre suas bochechas.

- Eu estou saindo de casa, - Will afirmou ofegante, como se corresse de um lado para o outro em seu próprio quarto à procura de roupas que pudesse vestir para encontrar o melhor amigo no Hospital mencionado - Onde você está?

- Dois quarteirões longe de lá. - declarou.

- E quem esta lá?

- O meu filho.

- O seu o que? - Poulter gritou do outro lado da linha, Dylan estava agora a apenas um quarteirão do Hospital e agradecia mentalmente por não estar com o aparelho de som próximo aos tímpanos. - Caralho Dylan, isso não tem graça.

- Eu sei que não. - retrucou - Só esteja lá o mais rápido que puder tudo bem? Eu preciso de você. - e com isso, O'Brien desligou o rádio com uma das mãos antes de volta-la novamente ao volante.

Tinha sorte que a chuva fraca não prejudicava-lhe a visão naquela noite, mas ainda assim, sentia o coração disparar ao que se dava conta de que estava agora vagando com o carro luxuoso no extenso estacionamento do Hospital à procura de uma vaga próxima ao prédio. Dylan estacionou o carro bem cuidado ao lado de um Audi de uma coloração vermelha chamativa, estava agora à poucos metros da entrada principal de Mount Sinai.

Accidently Daddys //DylmasOnde histórias criam vida. Descubra agora