- Alô? - o rapaz atendeu mau humorado.
- Will, - o outro chamou-o - Will, acorda! - exclamou.
- Dylan? - Will perguntou, reconhecendo a voz do amigo e direcionando o olhar para o relógio em seu criado-mudo. Merda, eram três hora da manhã! - Caralho, Dylan. Me deixa dormir, me deixa em paz, some da minha vida para sempre e...
- Cala a boca. - Dylan brigou. - E vem para minha casa, agora.
- Aconteceu alguma coisa? - questionou preocupado.
- Sim.
- É sobre a sua filha? - quis saber, já apressando-se em se levantar da cama e começar sua busca pela chave do carro, era sobre a filha de Dylan, tinha que ser. Afinal, por qual outro motivo O'Brien ligaria a essa hora da madrugada?
- Sim. - o moreno respondeu antes de desligar a ligação.
Poulter correu ainda de pijama para a sala, a merda da chave não estava em lugar algum de seu quarto, mas estava na sala, tinha que estar!
Nos sofás? Não. Na mesinha do computador? Não. Na mesa de centro, talvez? Não. Ah, claro, a empregada havia limpado a casa e ido embora depois da chegada de Will, as chaves estavam no lugar que deveriam estar sempre, mas nunca estavam, no quadrinho ao lado da porta comprado com ganchinhos para se pendurar as chaves. Malditas chaves!
A rua estava deserta, e por isso, em menos de vinte minutos, Will estava parado na frente do condomínio onde Dylan morava discutindo com o porteiro sobre o porque ele estava de pijama, e que não, aquela não era a forma como ele se vestia para sair de casa, mas que estava em uma situação de emergência e por isso pedia que por favor ele lhe deixasse passar logo de uma vez, afinal, o porteiro trabalhava ali desde sempre, e via Will pelo menos uma vez ao dia.
Foram quase dez minutos entre a conversa desnecessária do Sr. Alguém que Will não lembrava o nome agora e a porta da casa de seu amigo, mas ele estava finalmente lá, e seu coração parecia ainda mais acelerado do que quando saíra de casa.
Por sorte, Poulter tinha a chave de todas as portas e o controle do portão da casa do amigo e por isso não levou nem um minuto para que ele estivesse na sala gritando o nome de Dylan.
- Eu to aqui! - Dylan gritou. - No banheiro!
No banheiro, porque raios Dylan estaria no banheiro? Será que a criança estava vomitando? Não, não era possível, era? Ela parecia bem saudável quando saíram do hospital mais cedo.
No segundo andar, o cheiro de cocô se fez presente já no corredor, e Will podia ouvir uns resmungos do amigo vindo do banheiro. O rapaz colocou uma das mãos sobre o nariz e seguiu já irritado até o banheiro. Se O'Brien o tivesse feito ir até ali por causa de uma fralda, ele estaria fodido. Na verdade não, não estaria, porque Will não faria nada além de ajudar o amigo e ir embora, mas ainda assim, Dylan não faria isso faria?
Quando ele finalmente chegou até o banheiro concluiu que sim, Dylan faria isso, e por mais que ele quisesse matar o amigo naquele momento, a situação em que o outro se encontrava era tão engraçada que tudo que Will fez foi gargalhar.
- Se o Serviço Social te visse agora, eles dariam a guarda pro Thomas, tipo, para sempre. - o rapaz provocou e Dylan grunhiu frustrado.
- Eu não consigo cuidar da minha própria filha! - ele resmungou, segurando a menina pelo tronco e mantendo-a afastada de si, enquanto tentava empurrar a fralda suja que havia caído no chão com um dos pés para longe dali. - Porque eu não consigo cuidar da minha própria filha? - perguntou desanimado.
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Accidently Daddys //Dylmas
FanficO que aconteceria se, por algum acaso muito surpreendente, Dylan O'Brien e Thomas Sangster acabassem, do dia para noite, vivendo em uma mesma casa e cuidando de um mesmo bebê?