É uma menina!

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- Eu vou ter que criar meu filho com... com, aquilo? - Dylan resmungou irritado, apontando para a porta da sala por onde Thomas, seu advogado e o homem do serviço social haviam acabado de sair a fim de ir buscar o bebê.

Ainda que o moreno estivesse aliviado por ter conseguido a guarda da criança, mesmo que compartilhada, ele estava irritado. Porra, O'Brien nem ao menos conhecia Thomas Sangster mas já o odiava.

- Eu vou dar um jeito nisso. - Will declarou. - Só se acalma, porra.

- Me acalmar?! - retrucou. - Quanto tempo você vai levar para resolver isso?

- Algumas semanas, um mês, talvez. - confessou.

- Tudo isso? - o homem gritou indignado.

- Cala a boca! - o advogado deu um tapa no ombro do amigo. - Nós ainda estamos na merda de um hospital.

- Que se foda o hospital. - grunhiu infantil.

- Eu te odeio as vezes. - o maior deu de ombros.

- Eu te odeio toda vez que você não consegue a guarda do meu filho só para mim. - o outro rolou os olhos.

- Isso é bom. - declarou, recebendo um olhar irritado de Dylan. - Quer dizer que até hoje você só me odiou uma vez.

- Você é ridículo. - provocou, e antes que Poulter pudesse retrucar, Thomas adentrou a sala novamente, seguido por seu advogado e o outro homem, com um bebê enrolado em mantas rosas, o cabelo loiro e as mãozinhas para fora do cobertor.

As mantas rosas significavam que... que, era uma...?

- É uma menina. - Sangster declarou antes que Dylan tivesse a chance de perguntar. - Vai ter o nome da mãe. - comentou sorrindo.

- Não vai não! - O'Brien brigou ao mesmo tempo em que Will resmungava um "ew" baixinho ao seu lado.

O rapaz de cabelos claros lançou um olhar irritado na direção do pai da criança enquanto o mesmo caminhava em sua direção.

- Me deixe pegá-la. - pediu, e mesmo que relutante, Thomas entregou-a nos braços do outro.

- Porque não vamos dar a ela o nome da Britt? - perguntou baixinho.

- Porque é a minha filha. - respondeu no mesmo tom, enquanto encarava o bebê enrolado em seus braços com um sorriso bobo nos lábios. - E eu é quem vou dar um nome à ela.

Sangster queria retrucar, mas ele não podia. No final, era verdade.

Ele ganhara guarda compartilhada do bebê, mas o que aquilo significaria para ele? Ao final do dia, Dylan sempre seria o pai.

- Como isso vai funcionar? - o amigo de Britt quis saber.

- Você pode ir visitá-la na minha casa quando quiser. - declarou o moreno. - Só marque os horários com o Will um pouco antes. - mandou, mesmo que soubesse que aquilo geraria uma briga do tipo "eu não sou a porra do seu assistente pessoal" mais tarde. Dylan não ligava, ele tinha sua filha nos braços, e naquele momento, era tudo o que importava para ele.

- Ir visitá-la? - Thomas grunhiu indignado. - E quanto aos dias que ela passará comigo?

Dylan lançou um olhar para o assistente social, como se esperasse que ele não estivesse mais ali para lançar respostas atravessadas para Sangster, mas ele estava.

- Eu não acho que seja bom levá-la para fora de casa por enquanto, talvez daqui alguns meses. - respondeu delicado. - Mas você pode visitá-la, quando quiser. - reforçou. - Está convidado para passar o dia também, por mais que eu queria, não vou impedi-lo de vê-la.

Accidently Daddys //DylmasOnde histórias criam vida. Descubra agora