Me perdoe?

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-Ela está aqui!
-Ela acordou? Finalmente acordou!

Olho ao meu redor e vejo...
O mesmo lugar onde conheci a "morte"

Levantei assustada, fiquei há encarar Shemazai...

-Por que eu estou aqui?
-Porque você não aceita o que acontece à sua volta!

Olhei para Shemazai com certo ódio e cheguei um pouco mais perto

-O que você quer dizer?
-Deus coloca desafios na nossa vida! Ele testa os nosso limites! Infelizmente algumas pessoas são fracas, quando elas não aguentam, elas vêm pra cá! Igual eu e você!
-Por que você está aqui?
-Há um ano atrás eu tinha um namorado, eu era completamente apaixonada por ele, eu falava pra ele que daria a minha vida para te lo comigo...- Ela limpava uma de suas lágrimas
-Um dia ele me convidou para ir na casa dele... Eu fui meia hora antes, quando eu entrei, eu o vi... agarrado há minha melhor amiga, no sofá...- Ela junta os joelhos e os abraça, como se fosse uma barreira
-Eu saí correndo desejando que todos morressem, no dia seguinte, eu apareci com um top e um short curto, deixando minhas cicatrizes a mostra, como minha barriga estava à mostra, nela estava escrito o nome dele...- Ela levanta e me mostra sua barriga, nela havia o nome Luís
-eu tinha preparado tudo, peguei uma corda e uma cadeira, fiz tudo o necessário, todos me encaravam, acho que pensaram ser uma peça, já que eu fiz tudo isso no anfiteatro da escola... Eu comecei a procurar o Luís e vi ele junto com minha melhor amiga... eles estavam se beijando... toda a escola praticamente estava lá... Eu gritei o nome dele e quando ele finalmente prestou atenção... Eu simplesmente subi na carteira, coloquei meu pescoço sobre a corda e grite "Eu te amo, eu vou dar minha vida pra você, já que não sou a dona de seu coração" eu empurrei a cadeira... E agora estou aqui!- Ela começa a chorar muito
-Me desculpe! Eu não sabia!
-Não precisa se desculpar... Eu que me matei, depois disso eu tive que ver meus familiares chorarem por mim, meus amigos e o próprio... O próprio Lu... Luís! Ele pedia perdam!- Ela apertou um colar, que tinha um coração como pingente

Eu à abracei...
Ela se desabou em meu ombro...

Eu estava em um quarto branco, aonde tinha vários fios, OK!
Já reparei que estou em um hospital...

Olhei para os meus lados e não vi ninguém...
Acho que uma lágrimas caiu...

Ouço alguém gritando

-NÃO ME IMPORTO SE CHAMAREM OS SEGURANÇAS! EU VOU ENTRAR PARA VÊ LÁ!- Essa voz... Miguel?
-Moço, por favor, não podemos deixar que você entre!- Ouço um barulho muito alto e olho para à porta

Ele me encara por alguns segundos e me abraça...

-Me desculpe Larissa! Por favor me perdoa!?- Ele me solta e olha para mim
-Por que eu estou aqui?
-Pelo que eu soube, você cortou uma veia ligada ao coração, você perdeu muito sangue, teve que fazer uma cirurgia e uma transfusão de sangue!- Eu olhei para ele sem reação
-....
-Mas, infelizmente você entrou em coma por 2meses, eles iam desligar os aparelhos, mas finalmente você acordou!

Ele me abraça de novo, sinto lágrimas suas no meu ombro, onde ele apoiava a cabeça

-Eu não queria ter feito você parar aqui! Me perdoa?
-Miguel, não é sua culpa eu estar aqui!- Ele me abraça forte, como se eu fosse proteger ele
-Lá fora tem uma mulher, ela pediu que não me deixassem entrar para te ver!- Uma mulher? Deve ser aquela que diz ser a minha "mãe"

Ouvimos um barulho, víramos para olhar lá estava ela com cara de tem mais coisa para fazer

-Eu não disse que não queria que você entrasse!
-Mas, senhora!
-Senhorita Paola!- Ela fala com uma ar superior
-O meu Deus! Larissa minha pequena, você acordou! Fique calma sua mãe está aqui!
-A sra. Giulia está aqui? Não há vi!- Sinto meus olhos se encherem de lágrimas ao lembrar...
-Eu sou a mãe dela!
-VOCÊ NÃO É MINHA MÃE!- Ela olha para mim assustada
-Se eu não sou sua mãe, então quem é? A Giulia não quer ver você nem pintada de ouro!- Eu começo a chorar ainda mais
-Uma mãe não abandona a PRÓPRIA FILHA POR DINHEIRO!
-Escuta bem mocinha, eu que mando, enquanto você não tiver 18 anos, você me obedece!- Ela segura meu braço com força e a próxima nossos rostos

Eu cuspo em sua cara e falo

-Pode fazer quantas ameaças quiser! Eu nunca vou te obedecer!

Ela me dá um tapa na cara com força...

-EU NÃO PERMITO QUE VOCÊ TOQUE NELA!
-Quem é você para permitir o que eu faço com ela ou não!- Ela sai do quarto pisando com raiva

Fica um silêncio no quarto até eu sentir algo tocar meu braço

-Larissa, por favor me perdoe?!- Eu abraço ele e falo em seu ouvido
-Falar "me perdoe" é fácil! Eu quero que você me prove, que merece ser perdoado!- Eles dá um sorriso sem jeito e roça nossos narizes
-Eu vou te provar muito mais que isso!

Ninguém escolhe ser suicida...Onde histórias criam vida. Descubra agora