Ao Chegar ao departamento do FBI Hasse vê o detetive Leonel na entrada a esperando com uma grande caneca de café. Quando ele a vê da um leve sorriso torto.
- a senhora é rápida! Não faz nem dez minutos que te liguei.
Hasse não estava afim de conversar, queria saber o que de tão importante encontraram sobre Near.
- estou hospedada em um hotel aqui do lado! O que vocês acharam?
- Não sei! Como disse por telefone, achei melhor que a senhora me acompanhasse!
- te acompanhar aonde?
- no laboratório do legista!
Hasse não pode deixar de sentir um aperto no coração. Mas jurou ser forte, e concordou sem titubear.
Eles entraram no departamento em silêncio. Catarine sabia que algo não iria bem, sabia que eles desconfiavam dela, e esse era o único motivo no qual a chamaram. Sentia-se irritada por duvidarem de sua capacidade,afinal ela também era uma detetive e uma das melhores do FBI. Já estava no grau três e conseguiu isso apenas em dois anos, enquanto muitos que entraram antes dela estavam ainda no segundo grau.
Leonel pode perceber que Hasse estava aflita. Não era pra menos, ela tinha grandes motivos pra se sentir assim ou até mesmo pior.
- senhora Hasse está tudo bem?
- sim e pode me chamar de Catarine!
- perguntei porque não deve estar sendo muito agradável pra senhora entrar nesse laboratório!
Ele aponta pra uma porta escrito "LEGISTA"
Ela sequer tinha se dado conta que já haviam chegado.
- Desde que entrei pra essa profissão aprendi a não misturar o lado profissional ao pessoal.
Hasse sabia que nesse caso seria impossível cumprir com o protocolo pois já estava profundamente envolvida no lado pessoal. E afinal de contas a vítima era seu noivo, e ela queria vingança.
Porém não queria deixar transparecer esses sentimentos, e queria agir o mais profissional possível.
-Desculpe! Mas sei que por mais profissional que uma pessoa possa ser ela não conseguiria agir sem ser pelo lado pessoal nesse caso! A não ser que essa pessoa fosse uma sociopata! Em todos os anos de minha carreira já trabalhei em diversos casos que ou as pessoas envolvidas ficavam completamente conturbadas por perder alguém querido ou agiam sem se importar e a maioria das vezes quem não se importava era o verdadeiro assassino.
Catarine Hasse deu um leve sorriso, por fim ele mostrou o que realmente pensava dela.
_ você acha que eu matei o meu noivo não é mesmo?
_ apenas acho que você finge não sentir para não te tirarem do caso! Vamos entrar!
Eles entraram e o legista estava fazendo uma autópsia em um senhor de meia idade.
O legista parecia ser um jovem de uns trinta anos de idade. Com descendência alemã. Era loiro de olhos verdes. Com uma barba rala. Estava com os fones de ouvido e mexendo a cabeça no ritmo da música, parecia estar ouvindo rock.
Ao perceber que entraram na sala ele tira os fomes de ouvido mas mesmo assim continua com o seu trabalho.
_ esperem só um momento! Estou quase... quase... tirei!
Ele tira o coração da vítima com um sorriso orgulhoso! E estende o coração nas mãos.
- foi o que pensei! Deu um pequeno derrame na veia arterial, no que provocou na morte certa em nossa vítima! Morte natural.
Ele sorriu satisfeito.
- imagino que estão aqui por causa do caso do senhor Back.
Quem é a senhora ?
Leonel ia a apresentar mas quando se deu conta ela já estava falando.
- Catarine Hasse! Sou detetive de Nova York!
_ e porque que a senhora está aqui?
- a vítima é de Nova York!
-ok então! Sou Patrick Ulrich- Vamos ao que interessa! O motivo no qual chamei o senhor aqui. Ele fala olhando para Leonel, parecendo disfarçar alguma coisa.
Ele anda até uma gaveta com o nome Back. A puxa e Near sai coberto por um lona preta, como se fosse um saco de dormir. Ele abre o zíper devagar mostrando o cadáver de Near.Ele estava tão pálido, como se estivesse congelado, ao velo assim meus olhos se encheram de lágrimas. Em seu peito tinha enormes cortes da autópsia que ainda não tinha sido costurados.
Patrick ia falar alguma coisa mas percebeu que Catarine estava abalada ao ver o cadáver.
_ a senhora o conhece?
_ sim! mas o que resultou em sua morte?- ela tenta mudar de assunto.
- sinto muito então! Bom sua morte se deve ao fato da perda de sangue! Mas mesmo se não fosse as facadas ele teria morrido em pouco tempo.
Hasse fica espantada com sua descoberta. Mas Leonel parece não se importar.
- como assim? ele estava doente?
- não! Ele estava sendo envenenado por uma substância chamada cianureto- ele abre os cortes para mostrar os estragos causados- Esse veneno destrói as células do sangue, causa parada respiratória e debilita o sistema nervoso central. Essa especie de veneno tem cura se descoberta a tempo, no entanto ele ja estava no estagio final, pois recebia todos os dia pequenas doses misturada com alimentos! Ou seja o assassino era bem próximo dele, ou dono de uma barraca de comida- ele fala sorrindo, mas logo percebe que ninguem achou graça, então logo proceguiu-mas disso duvido muito.
_ o assassino era bem próximo dele! Leonel repete como que se tivesse uma ideia de quem seja mas ainda parece não se importar com as informações do jovem legista.
_ a aliança dele e todo o outros pertences estão aqui- ele pega um saco plástico e tenta entregar para Leonel.
Mas Hasse o pega primeiro. Ela abre a embalagem e pega a aliança. E logo em seguida olha para sua mão que estava com a aliança de ouro.
Patrick parece estar confuso com a sena que presenciava.
Catarine sem nada dizer se vira e sai dali.
Chorando ela pega o elevador, e vai para o térreo, todos a olhavam, mas ela não se importou, e em passos rápidos saiu do prédio.
Pegou um táxi e foi direto para o hotel. E lá chegando arrumou suas coisas pagou a diária na recepção e comprou uma passagem de metrô para Nova York. Pois sabia que era lá que estava o assassino e iria descobrir quem era custe o que custar.
Ela embarca no metrô e se senta em um vagão vazio. Pega a aliança de Near e a faz de pingente em sua corrente junto com o símbolo da cruz.
Perdida em seu pensamento começa a se lembrar das palavras do legista. "ELE FOI ENVENENADO"
Nada disso fazia sentido, quem o envenenaria? E porque o mataram a facadas e o sequestraram? Nesse momento ela queria que sua capacidade em solucionar casos aparecesse, porque todas as respostas parecia estar completamente perdidas.
O metrô começa a andar rumo a Nova York, rumo ao verdadeiro assassino.