Capítulo 6

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Já havia amanhecido, quando Hasse acorda aos sons de batidas escandalosas em sua porta. Morrendo de dor de cabeça ela levanta zonza de sua cama.
_ Mas que inferno! Quem será numa hora dessa?- ela resmunga e vai até a porta que ainda batiam com insistência.
_JÁ TÔ INDO - Ela grita irritada, o que faz com que sua cabeça comece latejar.
Hasse abre a porta com violência pra ver quem a incomodava.
_ ah! Só podia ser você! O que o senhor quer dessa vez?
Leonel estava com uma cara desagradável, e não escondia o fato de ele também não querer está ali.
_ Cuidado como você fala comigo! Esqueceu quem eu sou?- ele pergunta franzindo o cenho.
_ Pra mim você não é nada. Esqueceu que você me tirou do caso? E que eu estou afastada? Mas chega de rodeios o que o senhor quer?
_ preciso que me acompanhe! Ele fala em tom ríspido.
Catarine Hasse da um leve sorriso.
_ Eu não estou afim de ir em nem um lugar com você!
_ A senhora não está me entendendo, eu não estou pedindo! Estou aqui a trabalho e esse é um mandato para que me acompanhe! - ele diz entregando um papel.
Hasse arregala os olhos surpresa.
_ Mandato? Você precisou de um mandato pra pedir minha ajuda?
_ senhora esse não é um momento para brincadeiras, não preciso de sua ajuda. Ou você vem por bem ou por mal -ele fala olhando para os dois policiais que estavam ao seu lado.
_ Tá bom! Estou indo. Mas antes posso ao menos me trocar e tomar uma aspirina?
Leonel olha pra cara dela e percebe que ela está de ressaca e com um pijama rosa de urso.
_ você tem um minuto!
Catarine fecha a porta em sua cara com um sorriso de deboche e vai até o armário de remédios a procura de aspirina, ela toma e vai pro seu quarto se trocar. Como de costume ela usa sua calça jeans preta, uma blusa com gola da mesma cor, suas botas também pretas e seu grande sobretudo bege.
Ela passa uma água no rosto para acordar melhor e amenizar sua dor de cabeça. Amarra seu cabelo em um coque revirado e coloca seus óculos escuros pra proteger seus olhos da luz.
Quando ela estava prestes a sair, se lembra de pegar seu celular. Ela o pega que estava na mesinha ao lado de sua cama, e vê que tinha várias chamadas perdidas de Jack.
_ Meu deus Jack. Será que você encontrou alguma coisa?
Hasse ansiosa disca o número do celular de Jack e escuta chamar do lado de fora de sua casa.
_ Jack?
_ Já se passou um minuto senhora Hasse!
Responde Leonel no outro lado da linha.
Ela espantada sai correndo em direção a porta abrindo-a novamente e vê Leonel com o celular de Jack na mão sorrindo para ela.
_ Porque você está com o celular do Jack? - ela pergunta aflita.
_ porque a não menos do que três quilômetros daqui, encontramos seu amigo morto em uma possa de sangue, com esse celular na mão tentando falar com você!
_ O que? Jack... Esta morto? - ela pergunta gaguejando.
_ O que você acha?
Hasse sente seus olhos encherem de lágrimas. Jack estava morto por sua causa.
_ vamos senhora, não tenho todo o tempo do mundo.
Catarine Hasse ainda sem acreditar o acompanha até o FBI.
Durante anos ela estava ao lado oposto da mesa, interrogando os piores assassinos, fazendo o papel de detetive má. Porém hoje ela estava do outro lado da moeda e sendo tratada como uma criminosa. Naquela sala pequena e escura iluminada apenas por uma lâmpada fraca em cima de suas cabeças.
_ Vamos ao que interessa! - falou Leonel sem paciência- porque Jack estava tentado se contatar a você?
_ Não sei!
_ Você não sabe? Chega de jóguinhos detetive. Por desobedecer uma ordem minha um colega seu morreu. E você quer tratar isso como se não fosse nada? Como se fosse apenas uma consequência desagradável?
_ ele estava me ajudando com um caso, provavelmente ele descobriu algo que podia me ajudar.
- O caso do senhor Back?
_ sim. Dei o celular de Near pra ele analisar e...
_ VOCÊ O QUE? - interrompe Leonel gritando- eu mandei você devolver os pertences do senhor Back como provas de um assassinato, e o que você faz? Entrega nas mãos de quem não tem nada a ver com isso!
_ Jack era especialista nessa área...
_ Senhora Hasse, você se da conta que por sua causa uma pessoa inocente foi assassinada?
- VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI?- grita Hasse chorando- como você acha que eu estou me sentindo? Mataram meu noivo, e agora por minha culpa também mataram Jack.
Leonel pegou uma folha e jogou na mesa para que Catarine olhasse.
_ o que é isso?
_ é a mensagem que seu colega iria te mandar antes de morrer, porém não deu tempo dele escrever o nome do assassino.
Suas mãos estavam tremendo.
- ele morreu por minha culpa , e mesmo depois de tudo queria me ajudar em seus últimos momentos de vida?
_ Olhe senhorita Hasse! Eu nunca desconfiei de você. Acredite se quiser, sei que quem cometeu esses assassinatos não é qualquer pessoa! Tudo me levar a acreditar que a senhora também está em perigo, por isso de agora em diante sempre terá um polícia para protegê - lá.
_ o que? Não preciso de proteção. Sei me cuidar, não se esqueça que também sou detetive senhor, então não me trate como criança.
_ Não te falei o mais importante!
_ o que?
_ e quase certo que o assassino esteja ligado à você! E por isso você não pode contar com mais ninguém, até esse caso for solucionado. E por esse motivo eu trarei meu pessoal para trabalhar aqui! Pois nem seus amigos do laboratório são confiáveis.
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