- Você vai afastar todos eles?- Hasse estava inconformada
- Tem gente infiltrada nesse laboratório Catarine, como você acha que descobriram o que seu colega estava fazendo? Como não sabemos quem é, terei que afastar todos. Trarei minha equipe completa.
- E como eu fico nessa história?
- Ainda afastada pelo seu bem. Não é seguro você trabalhar, vai levantar suspeitas. A senhora vai ser como nossa isca. -Leonel cruza os braços e começa a fitar- ou você tem medo?
Hasse o encara com um pouco de raiva pois novamente ele duvidara de sua capacidade.
_ Vou te lembrar mais uma vez senhor, porque parece que você tem memória fraca. Eu sou uma detetve
- ela fala sem paciência- Se estou nessa carreira é porque não tenho medo de quebrar as unhas e farei o que for possível pra encontrar esse maldito desgraçado.
Leonel ri como se estivesse satisfeito.
- Foi o que eu pensei que diria! Espero que você não se incomode de estar sendo seguida o tempo inteiro.
Catarine Hasse o encara.
- Sim. Eu me incomodo; mas se não tem outro jeito!
- Muito bem! Você pode ir agora.
- O que? Mas você não me falou nada ainda. Se já tem suspeito ou não e quais as provas que acharam.
- Ok. Nós ainda não temos suspeitos, e as provas são as que você já sabe. A perícia está examinando a sena do segundo crime. Talvez nela o assassino tenha sido mais descuidado e deixou algo pra trás. Creio que quando minha equipe chegar às coisas se tornaram mais fáceis.
- Você quer dizer que eles são melhores? - Catarina perguntou irritada.
- Sim. Eu mesmo os escolhi. Escolhi os melhores de cada lugar do país. Todos são do tipo de aluno que só tira A na escola. Você estava sendo analisada pra fazer parte também.
- Estava? - ela pergunta com uma sombraçelha arqueada.
- Sim. Mas analisamos melhor e depois de te conhecer sei que você não encaixaria. Agora você já pode se retirar- ele fala fazendo um gesto com as mãos em direção a porta.
Hasse fica indignada e sai* * *
Hasse sai do departamento em passos curtos ainda pensando nas coisas que aconteceram. Ela tenta montar o quebra cabeça e achar um suspeito. Alguém que sempre estivera por perto de Near, mas não encontra ninguém. Era difícil pra ela encontrar o assassino no meio das pessoas em que gostava. E não conseguia desconfiar de ninguém.
Ela continua andando até a direção de um café. Estava com fome, pois não havia comido nada no café da manhã e sua janta fora algumas doses de vodka.
Ela entra e a porta faz aquele barulho irritante,a música ambiente era pior. A irritava, ela senta no banco do balcão e espera ser atendida.
- O que a senhora deseja?
- Um café grande para levar.
- Mais alguma coisa?
ela olha para os doces mas não tinha vontade de come - los.
- Não. Só o café por favor!
A moça a entrega um copo grande de café em um pote plástico tampado.
- Dois dólares!
Hasse procura sua carteira e lembra que não tinha pegado. Ela procura em seus bolsos por algum dinheiro e nada, já estava ficando constrangida até ouvir alguém dizer.
- Deixa que eu pago!
O homem entrega o dinheiro para moça sorrindo.
Ela com vergonha agradece.
- Você se lembra de mim? - ele pergunta ainda sorrindo.
Ela o olha tentando se lembrar da onde o conhecia até se dar conta de quem era.
- Ah sim... Você é o legista malu...
Ele ri e ela para no meio da frase.
- Meu nome caso você se esqueceu é Patrick Ulrich- ele fala estendendo a mão para comprimenta- lá.
Ela também estende e ele aperta sua mão com leveza.
- Vai dizer que você também só tirava notas A? - ela pergunta ao se lembrar do que Leonel havia dito.
_ Claro! Sempre fui um gênio da ciência! - ele coloca uma das mãos na cintura e levanta seu queixo para se gabar.
- Não parece! Bom eu tenho que ir, essa música está me irritando ate a alma. Tchau.
Ela ia saindo até ele segurar um de seus braços.
- Espera... Você tem uma dívida comigo! Ele dá um leve sorriso torto.
-Não se preocupe vou lá dizer pro Leonel me levar de volta pra casa e já mando teu dinheiro!
- Porque ele te levaria pra casa?
- Porque ele me trouxe aqui. E por causa dele estou sem dinheiro ate pra pegar um metrô.
- Deixa que eu te levo!
- Não precisa, ele me trouxe e ele me leva.
Catarine da meia volta e sai do café, Patrick vai atrás dela más ela o ignora. Ela vai até o departamento a procura de Leonel. Ela entra e o encontra de saída.
- Porque voltou? - ele pergunta a encarando.
- Por que preciso que alguém me leve pra casa. Por sua culpa não trouxe dinheiro e não vim de carro. - ela fala cruzando os braços e o encarando.
- Não posso te levar. Pede pra outra pessoa, estou trabalhando.
Hasse ia responder até ser interrompida por Patrick.
- Não se preocupe senhor eu a levo para casa.- ele fala a puxando pelo braço em direção a saída.
- Me solta! Eu não quero ir com você!
- Então você terá que ir a pé. Ou pedir esmola pra passagem! E aí qual vai ser?
Catarine o encara irritada. E não diz nada.
Patrick como sempre sorri e continua a puxando pelo braço.
- Me solta! Eu sei andar sozinha.
Ele não a soltou e chegaram em frente a um carro elegante branco.
- Esse carro é seu? - Hasse pergunta impressionada
- Não. Eu roubei ele só pra te levar pra casa.
Ela o encara novamente. Ele abre a porta para que ela entrasse.
Já dentro do carro Catarine fica em silêncio com o olhar distante.
- Hasse? Eu não sei onde você mora. Podes me dizer?
Ela acorda do seu transe e lhe ensina o caminho. E volta a pensar em tudo que aconteceu
Quando chegaram tinha um carro em frente a sua casa. Ela olha se perguntando quem seria e vê Eduardo parado em frente a porta a esperando. E seu guarda costa grandalhão dentro do carro
- Quem é aquele cara? Patrick pergunta curioso.
- Meu amigo!
Ela abre a porta do carro e sai. Patrick continua ali parado.
- Você não vem?
- Pra que?
- Sua dívida!
- Ah sim! - ele ri e sai do carro
Quando se aproximam de Eduardo ele os encara indignado.
- Como você pode já estar com outro Cat? O corpo de Near nem esfriou e você arranjou consolo em outro cara?
Patrick sorri e segura na cintura de Hasse a puxando mais perto de si.
- Você queria que esse outro cara fosse você?Patrick pergunta ainda sorrindo.
Eduardo fica irritado e entra em seu carro batendo a porta com força.
- Você me decepcionou Hasse!
Ele manda o grandalhão dar a partida e ele o faz.
Hasse não sentiu necessidade de esclarecer o mal entendido, como havia dito Leonel ela não podia confiar em ninguém, nem mesmo em seu grande amigo.
Patrick sorri e continua segurando sua cintura.
Ela furiosa sai de perto , pega as chaves do seu bolso e abre a porta de sua casa, entrando e o deixando na rua.
- Cat posso entrar?
- Não. E não me chame assim!
Ele ri novamente e entra.
Hasse vai até seu quarto pega sua carteira e pega dez dólares e estende sua mão para ele pegar o dinheiro.
- Não tenho troco!
- Não te pedi troco! Esse é o dinheiro do café e da gasolina.
- Não quero seu dinheiro Hasse - ele fala abaixando a mão dela- tenho que ir agora!
- Como você não quer o dinheiro? Então porque entrou?- Catarine já estava ficando irritada.
- Não se preocupe moça, em mim você pode confiar,apenas brinquei quanto ao dinheiro, você que levou a sério, e só sai do carro porque você me pediu lembra? E não fui com a cara daquele metido.
- Aquele "metido"é um grande amigo, conheço ele a anos.
- Sim eu sei. Sei todo sobre o caso e sobre você senhora Hasse, por isso estou aqui, simplesmente a trabalho, não tire conclusões precipitadas sobre mim. A senhora deveria saber que nessa profissão que temos aprendemos que não se deve confiar, quanto maior for a confiança maior a queda.
- O que vocês sabem que eu não sei?
_ Nada. Como já havia te dito sou um aluno nota A- ele fala piscando um dos olhos- tenho que ir agora, tome cuidado.
- Eu sei me cuidar!
Patrick ri e vira as costas e vai embora.
Catarine Hasse fica pensando nas palavras de Leonel " alguém próximo a você é o assassino!"
Em sua mente fica se fazendo várias pergunta: porque o sênior do FBI está trabalhando nesse caso?" " de quem ele desconfia?" E "porque ele deu prioridade a morte de Near?"
Sua cabeça estava cheia de perguntas nas quais ela não sabia a resposta, mas sabia que o assassino era alguém importante, tinha que ser alguem de detro só assim Leonel se meteria. Ou talvez o caso é maior do que pareça ser.