Capítulo 8 - Noite Sombria

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Peter sessou aquele abraço confortável com um beijo delicado em minha testa. Eu estava melhor, psicologicamente. A noite estava bem fria e agora no céu não se via uma estrela se quer... Eu cruzei meus braços para tentar me esquentar um pouco, Peter percebeu que eu estava com frio e gentilmente ofereceu o seu casaco. Aceitei! Me enrolei naquele casaco preto e macio, tinha um ótimo perfume exalando sobre o mesmo.

- Quer descer? Tomar um drink? - Disse Peter.

- Acho que quero ir para casa, poderia me levar?

- Claro que sim!

- Preciso avisar a Megan que estou indo com você...

- Ok, vamos!

Eu e Peter saímos da sacada e fomos até o andar de baixo. Novamente aquele som alastrando minha cabeça... Procurei Megan por alguns minutos e não à encontrei lá dentro. Fui até o jardim e pude ver a mesma sentada no balanço, chorando. Fiquei preocupada e me aproximei.

- O que houve, garota?

- O babaca do Andrew. A gente brigou e ele me largou aqui, sozinha.

- Vocês dois não tem juízo.

Peguei a Megan pela mão para que fossemos embora e a mesma exitou. Arqueei uma sobrancelha e logo indaguei:

- Vamos embora, o Peter leva nós duas e amanhã você busca o seu carro.

- Eu não quero ir embora agora, Tessa. ME DEIXA! - Disse Megan em um tom bem alto.

Não queria me estressar com aquela situação, e não tinha como entrar em um bom senso com a Megan, era a mesma coisa que estar falando com a parede. Suspirei fundo e dei de ombros, olhando fixamente para o Peter e logo saindo dali. Ele me guiou até o carro e entrei no próprio...

- Quer dar uma volta antes? - Peter disse.

- Acho que sim, quero esfriar a cabeça... Não tem como suportar sua melhor amiga sofrendo por um moleque enquanto ele deve estar por ai, colocando alguns enfeitinhos na cabeça dela. Minha cota por hoje já deu! - Bufei.

Peter deu um sorriso de canto e deu a partida no carro, seguindo aquela longa avenida principal que dava acesso para algumas casas abandonadas, minha casa ficava uma rua atrás das mesmas. Silencio reinando entre nós dois, podendo ouvir apenas os galhos das arvores balançando por conta do vento. Fechei meus olhos por alguns segundos, coisa que não queria ter feito.

Meu corpo todo foi para frente e aquele som de pneu cantando na estrada me assustou, arregalei meus olhos e olhei rapidamente para o Peter.

- O que aconteceu? Tá querendo me matar? - Indaguei.

- Alguma coisa passou na frente do carro, um cervo, um bicho, eu não sei... Acho melhor eu descer e ver se é inofensivo ou não.

- Você tá louco, Peter? - Disse indignada. - Quem que faz isso uma hora dessas? Pode ser um veado, só.

Ele pouco se importou com o que eu disse e estacionou em uma garagem de uma casa abandonada bem próxima dali, estava ficando nervosa. Batia repetidamente meu pé direito no chão do carro e ficava olhando para fora, atenciosa.

Peter saiu do carro e foi andando por uma pequena trilha que havia por ali. Fiquei ainda mais brava por ele ter me deixado ali sozinha, sem pensar duas vezes tirei o cinto e sai do carro. Gritando:

- PETER! ME ESPERA!

- Não precisava ter vindo, o carro é mais seguro. - Ele riu, modestamente.

- Idiota. - Sussurrei.

Dei alguns passos mais longos e alcancei o cretino, olhava para o chão para não me tropeçar e paramos em um ponto. Ele olhava para todos os lados e eu me agarrei no braço do mesmo, serrando meus lábios. Ótimo! Não havia nada ali.

- Vamos. - Disse Peter.

- Ok. - Falei com a voz trêmula.

Quando demos de costa para a total escuridão, ouvimos um barulho nos galhos que estavam sobre o chão, em seguida de um uivado...

PS: Não irei continuar a escrita dessa história tão cedo, vai fazer um ano que não escrevo por conta de eu estar sem tempo. Futuramente posso voltar e organizar todos os capítulos e colocar essa história em ordem. ❤

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