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E o fim de semana havia chegado.
Grande coisa, eu nem ao menos iria sair de casa.
Estava quase tirando um cochilo quando o celular começou a vibrar embaixo de mim.

- hey, magrelo, vamos dar uma volta? - Eliot adorava sair.

- minha mãe saiu com o carro. - falo sonolento.

- quando ela chegar você podia dar um pulo aqui.

- vou pensar no seu caso. - falo rindo, ele bufa do outro lado da linha.

- vai dormir, vai.

- ok, até mais tarde. - falo desligando o celular e o jogando na mesinha.

Me esparramo no sofá deixando que o sono que já demorava a vir tomasse conta do meu corpo.
Lembro de fazer uma nota mental de ir até a casa de Eliot antes de apagar totalmente.

- eu gosto de você. - pela primeira vez a voz dela era direcionada a mim.
Katie olhava diretamente em meus olhos.
Eu não conseguia responde-la, estava paralisado.

- Josh? - uma voz me chamava

- Josh? - e a imagem de Katie foi se tornando um borrão.

- Josh, acorda! - levantei assustado do sofá, vendo minha mãe conferindo uma lista de compras.

Aquilo tinha sido um sonho?

Senti meus olhos lacrimejaram e senti vontade de gritar por aquilo ser apenas um sonho.

- desculpe te acordar. - minha mãe sempre fazia isso.

- tudo bem. - subi as escadas aos tropeços até o banheiro, joguei uma água no rosto tentando me religar ao mundo.

Troquei de roupa e peguei meus óculos escuros, iria para casa de Eliot.

- mãe, me empresa o carro? - pedi.

- vai na casa do Eliot?

- vou.

- pode pegar, se cuide. 

Então embarquei no carro e sai de casa, rumei para casa de Eliot.
Ao chegar, estacione bem em frente ao seu Portao e pude ver que ele estava atirado na varanda - parecia um cachorro gordo.

- finalmente, hein! - ele falou se levantando e ajeitando os óculos no rosto.

- eu estava dormindo, teve sorte que minha mãe me acordou. - falei meio emburrado, a última coisa que eu queria naquele momento era ser acordado!

- ok, se acalme cara.

- o que vamos fazer?

- sair e beber? - ele pergunta, mas eu digo:

- como se você tivesse idade para beber. - zombo.

- que droga, cara, você sempre estraga tudo. - falou emburrado.

- desculpe, princesa.

- ta certo, sapo, vamos andar por aí?

- é o que temos pra hoje.- falo entrando no carro novamente, ele prontamente me segue.

- vamos na casa do Adam? - Eliot pergunta

- será?

- ele deve estar fazendo aquelas reuniões de amigos, qualé cara, comida de graça. - falou fazendo um sinal com os dedos.

- bora. - falo rindo e dou partida no carro.

Do começo ao fimOnde histórias criam vida. Descubra agora