HEY ANGEL - H|S [PARADA]

06. apenas em sua cabeça

“Essa casa é sua?”

“É.. Mais ou menos isso?” me viro a tempo de ver seus ombros subirem e descerem como um dar de ombros

“É bonita.” falo tocando no pequeno abajur rústico que ficava em cima de uma pequena mesa da sala. Pra falar a verdade toda casa era assim, na moda rústica. A fachada era uma casa aparentemente normal americana, com um pequeno jardim e garagem. Tinha dois andares e pelo pouco que vi, ela me parecia ter bastante espaço. Minha mãe concerteza iria adorar essa casa. Deixo um suspiro sair quando me lembro

eu precisava ligar para ela

“Faça isso.” a sombra fala respondendo ao meu pensamento

“Você ler mentes!?” pergunto um pouco tarde demais. Era lógico que ele lia mentes, já tive a experiência de falar com ele apenas por lá

“Não. Eu apenas sinto o que você sente, em casos extremos, se for um sentimento forte eu também posso senti-ló de outras pessoas.” revela como se fosse a coisa mais normal que alguma vez já existiu na terra

“Tudo bem.” falo tentando não ficar histérica “Eu vou ligar pra ela.” saco o celular do fundo da minha bolsa escolar que tinha deixado cima do sofá, e disco o número da minha mãe, me surpreende que ela não tenha colocado uma equipe da S.W.A.T atrás de mim

“Mãe?” ela atende no segundo toque

“Filha? Onde você está? Não já deveria estar em casa, a Olivia disse que você não estava lá, onde..”

“Mãe. Calma.” falo a interrompendo olhando pra sombra que estava com o olhos virados para mim encostado na parede, isso era tão estranho “Eu estou bem, eu apenas esqueci que tinha um trabalho para amanhã, eu vou passar a noite na casa de Ashely.” falo e logo depois engulo em seco. Eu estava me saindo muito mentirosa esses últimos dias

“Ashely? Eu nunca vi ela minha filha... Os país delas moram juntos? Ela tem irmãos? Quantos ela tem? Ela estuda com você.."

“Pelo amor de deus mãe, Ash não é uma serial killer se é isso que você quer saber.” falo em um suspiro

“Tudo bem.. Desculpas, as vezes esqueço que você já tem quase dezoito anos.” ela para e me sinto ainda mais culpada por estar mentindo pra ela, eu nunca mentia para ela “Mas eu quero você em casa logo pela manhã.”

“Tudo bem.. Eu te amo mãe.”

“Eu te amo mais, filha.” ela fala e posso sentir ela sorrindo no outro lado da linha. Desligamos logo depois disso e sento-me no sofá deixando-me cair nele

“Eu me sinto um lixo por mentir pra ela.”

“Não se sinta.” ele se aproxima e senta-se ao meu lado “É o melhor a se fazer por enquanto.”

“O que eu vou fazer agora?” eu estava tão perdida

“Esperar. Eu falei com alguns… amigos pra cuidar da sua casa.” ele fala um pouco incomodado e se ele pudesse ver o seu rosto agora ele estaria se contorcendo em uma careta “Provavelmente amanhã o local já deverá estar limpo, mas por enquanto você passa a noite aqui.”

“Eu não tenho muita escolha mesmo.” mumurro olhando seus olhos brilhantes, me ajeito mais no sofá e sinto ele me observar também, eu já mencionei o quanto isso é estranho? Pois é, isso é estranho, sinistro como diria Ol. Eu realmente deveria estar com fome uma horas dessas, já passavam das sete horas da noite, mas meu estômago não dava qualquer sinal de vida, acho que ele ainda estava anestesiado com o susto que tomei “O que você é?”