27. e essa é a minha história

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Eu não fazia a menor noção de quanto tempo, estávamos abraçados em meio ao ambiente quente da cozinha. Meus olhos estavam fechados o que me dava ainda mais vontade de ter Harry mais perto por mais tempo. Eram esses pequenos momentos que no meio de tudo isso eu não surtava

Porque, a cada movimento, gestos e sons diferentes da minha batida cardíaca normal, ele percebe, por mais mínimo que seja o sinal de que ele precisa para perceber que vou enlouquecer, ele é mais rápido segurando-me em meio a minha queda, e, mesmo sem ter uma, Harry consegue fazer sentir-me com asas, consegue me fazer sentir a leve brisa suave de meu vôo

Sugando o ar da t-shirt de Harry, seu cheiro amadeiramente fraco prontamente invade meus sentidos, o que me causa uma leve tontura "Você cheira tão bem." murmurro enchendo minhas mãos pela suas costas. Harry deixa sair o ar pelo seu nariz, zombeteiro, para logo após deixar um rápido afago com seus lábios na curva de meu pescoço

Ah, eu não gostava muito dessa sensação de desconforto que o arrepio me causava. Não deveria sentir isso

"Callìope!" que bom que eu..." a voz de Thalita é repremida por ela mesma

Oh! Oh!

Afasto Harry delicadamente, com a intenção de me empurrar para frente, mas sou parada pelas suas mãos, seu olhar reprovador me faz ficar em estátua em meu lugar. Minhas sombrancelhas se elevam sem permissão, ao mesmo tempo que ele agarra facilmente minha cintura elevando-me minimamente, m podo ao final, em frente à Thalita

Ah, os cacos de vidro!

"Eu vou... falar com meus irmãos." ele sorri diante de meu agradecimento mental, e sai, em direção as escadas. Ele fica tão fofo quando está envergonhado

"Callìope?" ela captura minha atenção "Você gosta de pipoca?"

"É... é legal." sorri, apesar de não entender onde ela queria chegar

Ela reflete meu sorriso, seus braços se prendem ao meu, arrastando-me pela escada. Uma porta por ela é aberta virando à direita "Você foi convidada ao clube SG." ela empurra-me porta adentro. dentro do quarto estava apenas iluminado pela luz de velas, sua aparência escura, fazer o clima parecer assustador...se vasilhas de pipocas, doces e refrigerantes não estivessem no chão, rodeado de almofadas rosas, ao fundo alguma banda de rock que tocava, deixando um clima leve e agradável, não deixando de ser misterioso

"SG?"

"Super Girls!" Zoey aparece com controle em mãos e uma garrafa não identificada, onde ela agarra a pelo gargalo. Temia que de algum lugar, saísse uma colônia de abelha para morar na minha boca



Esse era o quarto de Zoey?

"Nunca foi sua inimiga." Ela completa ao ver minha expressão "Quer dizer, depois que despertei e percebi que ainda estava viva, eu meio que não gostei de quem tirou o veneno de mim." sua careta visível "Mas me conformei com toda essa merda e não acho justo você pagar por uma coisa que nem é responsável nem pediu pra acontecer."

"Então como não podemos sair dessa gaiola decidimos nos encher de porcaria e relembrar entrada velhos tempos." Thalita se empolga cruzando as suas mãos dando pequenos pulos. Ela me faz me lembrar muito de Olívia

"Falando assim parece que sou uma idosa de 84 anos." Zoey entortar sua boca

"Tecnicamente só precisa adicionar a época dos dinossauros." comento saindo do transe

"Ah não, nem me fale. Não é estranho, tipo tem eu e minha alma, depois tem a alma da moribunda desse espírito protetor."

"Eu acho que nós como essência de sua alma Zoey, do que ela inteiramente falando."

HEY ANGEL - H|S [PARADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora