Apolo e a Serpente Píton

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Apolo, às vezes chamado de Febo, é o deus do sol, e uma de suas maiores aventuras diz respeito ao duelo que travou com a serpente gigante Píton.
Tudo começou no dia em que a mãe do deus, chamada Leto, engravidou de Zeus. A notícia chegou logo aos ouvidos de Hera, e a enciumada esposa do pai dos deuses tratou logo de vingar-se:
– Expulse e persiga esta maldita até os confins da Terra! – disse ela à serpente.
Píton era filha de Gaia e gostava muito de espalhar a morte e a destruição por onde passava. Assim, foi com infinito prazer que se lançou em perseguição à Leto.
Leto estava grávida, o que dificultou a sua fuga, mas como ninguém lhe dava abrigo por medo de se indispor com Hera, ela percorreu meio mundo sem parar, até alcançar a ilha de Delos. Felizmente naquela ilha vivia Ilícia, deusa dos partos, que se apiedou da jovem e resolveu ajudá-la a parir. Para surpresa de ambas, porém, saíram do ventre não uma, mas duas crianças.
– Veja, Leto! – disse Ilícia. – É um lindo casalzinho!
O garoto se chamou Apolo, e a menina, Artemis. Eram duas crianças tão belas que Leto sentiu-se como se tivesse nos braços o sol e a lua (o que não deixava de ser verdade, pois, em termos mitológicos, Apolo representa o sol, e Artemis, a lua).
Quando Apolo cresceu, decidiu vingar sua mãe e partiu para o monte Parnaso, em Delfos, onde ficava o covil da serpente. Ao chegar à entrada da caverna, ele lançou um brado de desafio e então, como se uma gigantesca língua tivesse saído da boca da caverna, Píton surgiu, cuspindo fogo em todas as direções. Apolo colocou três flechas ao mesmo tempo no arco e disparou. Cada uma delas tomou uma direção diferente: a primeira atingiu o olho direito da víbora, a segunda entrou-lhe pela boca, e a última enterrou-se no peito desprovido de escamas, liquidando com sua vida.
E foi assim que Apolo derrotou Píton, instituindo no local o famoso oráculo de Delfo.

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