Meu querido tutor. (INCOMPLETA)

Capítulo 5 - Tudo confuso.

Depois que chegamos notei que Rodrigo saiu, fiquei curiosa para saber aonde ele ia, mas achei melhor não perguntar, a noite foi divertida, eu estava cansada e fui dormir. No dia seguinte eu acordei a tempo de não chegar atrasada na escola, me arrumei e tomei café da manhã, mas Rodrigo ainda não tinha acordado.

Bati algumas vezes na porta, mas sem obter resposta entrei no quarto. As paredes eram brancas exceto por uma que era preta, tudo era tão lindo quanto no meu quarto, mas tinham CDs e DVDs e porta retratos. Olhei para os porta-retratos e apenas um deles estava abaixado, fiquei curiosa e o levantei, era uma foto de Rodrigo com uma linda mulher de cabelos castanhos e olhos castanhos também, ela me parecia familiar, mas talvez fosse apenas besteira minha, ela era linda, mas parecia mais velha que ele, podia ser uma ex-namorada que o machucou e por isso ele mantém a foto virada para baixo, era o que eu pensava.

– Rodrigo acorda. – eu dizia balançando o braço dele, cutucando e dando tapas de leve.

– Não... – ele disse se virando na cama.

– Ai que raiva, acorda logo. – eu disse agora sem o tom baixo na voz.

– Giu eu estou com muita dor de cabeça, pode ir sozinha pra escola hoje? – ele perguntou ainda um pouco sonolento.

– Que horas você chegou ontem?

– Hum?

– Você não está de ressaca, está?

– Giu para de encher o saco.

– Ai que ridículo. – eu disse saindo do quarto e batendo a porta. Eu tive que ir para a escola a pé, não era muito longe, mas também não era muito perto, mas pelo menos fui com o Pet, antes a minha escola ficava quase na frente de casa então nunca tive que andar muito pra chegar até lá e nem usar carro.

Ao chegar lá encontrei Ros e Nic e me despedi do loiro que tinha que andar mais um pouco para chegar em sua escola.

– Bom dia gente. – eu disse.

– Menina eu preciso te contar os babados. Você ainda não conhece Lana Porter, ela é uma skatista legal que almoça na mesa dos populares e ela me contou pelo Skype que Tom terminou com a Isa.

– Sério? – eu disse, embora não me importasse realmente.

– Sim, eu também fiquei boba, mas ela não é pra ele, ela é tão superficial e nem Barbie ela é, ela é polly pocket. – disse Ros e nós duas rimos muito. Entramos na sala onde Nic também já sabia do babado. Isa parecia estar mal e conversava com voz de choro com as amiguinhas, Lana veio se sentar com a gente, ela parecia ser o tipo de garota que sabe de todo mundo, anda com todo mundo e não tem amigos fixos em lugar nenhum.

– Isa parece estar mal. – eu disse depois que nós duas já tínhamos sido apresentadas.

– Relaxa, Isa é assim mesmo, daqui a uma semana ela ta pegando o Brian, você vai ver. – disse Lana.

– Nossa. – eu disse pegando o meu material na mochila e a jogando de lado. – Mas Tom parece ser tão legal, ele é muito bonitinho também.

– Uhm... Parece que alguém gostou do termino deles. – disse Lana, Ros me lançou um olhar inquieto.

–Não, só comentei. – eu disse dando de ombros.

– Certo, eu vou lá gente. – disse Lana e saiu, no mesmo instante Ros sussurrou.

– Você é louca, falar que alguém é bonitinho pra Lana é o mesmo que pedir que inventem muitas fofocas sobre você e essa pessoa, agora ela vai correndo contar para a Isa que alguém já está de olho no Tom e começa a sua inimizade com a Polly Pocket.

– Mais eu não... – eu ia dizer, mas pra piorar minha situação Thomas chega à sala e senta na minha frente, olhei para Ros com olhos arregalados sem saber o que fazer e ela encolheu os ombros.

– Bom dia. – ele disse para mim com um leve sorriso.

– Bom dia. – eu disse retribuindo o sorriso.

– Parece que ninguém se deu ao trabalho de te falar sobre a matéria não é, você tem alguns trabalhos para fazer, tem que correr atrás já que chegou no meio do ano. – explicou Thomas enquanto eu o olhava um pouco perdida.

– Por que está falando isto?

– Só porque eu notei que seus amigos ainda não fizeram isto. – ele disse dando de ombros e me deu uma folha com todos os trabalhos que tinham para entregar.

– Ah obrigada, é que Ros e Nic não são os melhores da classe eu tenho certeza. – eu disse sorrindo e ele riu também.

– Vocês já têm grupo para o trabalho de Biologia sobre as células? – perguntou ele para Ros, Nic e eu.

– Somos só nós três. – disse Ros.

– Eu... Posso ficar com vocês? É que eu estava no grupo da Isa, mas acho que vai ser um pouco difícil fazer o trabalho com ela.

– Sem problemas. – disse Ros.

– A gente pode começar a fazer a hoje, porque não vai todo mundo pra minha casa? – perguntei. – Depois da escola.

– Pra mim tudo bem. – disse Thomas.

– Certo. – disseram Ros e Nic.

Depois da escola fomos todos para a minha casa, Rodrigo não foi me buscar e eu também não esperava isso e voltar com os amigos fazia o caminho parecer bem mais curto. Quando cheguei apresentei a todos Aline, Peter e Rodrigo também. Depois fomos todos para o meu quarto onde começamos a fazer o trabalho de biologia.

Ao fim da tarde uma maquete completa estava pronta, Ros e Nic nunca foram nerd ou estudiosos, mas Thomas e eu sim e conseguimos dar um jeito nos outros dois. Enfim o trabalho ficou pronto em um dia e por ainda ser cedo chamei todos para a piscina onde nos divertimos jogando água nos outros e por fim jogamos videogame até escurecer. Ros e Nic foram embora, mas Thomas e eu ficamos jogando videogame.

– Eu não sou muito boa nisso. – eu disse emburrada ao perder pela quarta vez para Thomas.

– Você estava indo até bem Giu, relaxa, da próxima quem sabe você não ganha do expert. – ele disse convencido.

– Ahhh expert jogando no nível médio do guitar hero, nem difícil era e se acha expert. – eu disse rindo da cara dele.

– Ainda sou melhor que você.

– Ui. – eu disse levantando as duas mãos perto do corpo. Nós dois rimos por um tempo, mas quando paramos nos olhamos num silencio perigoso.

– Você é muito linda sabia. – ele disse colocando meu cabelo atrás da orelha. Eu sorri e ele me aproximou mais, nossos lábios se encostaram iniciando um beijo calmo e tímido interrompido por alguém que abriu a porta, Rodrigo.

– Não queria atrapalhar. – ele disse hostil.

– N-não atrapalhou. – eu disse, mas aquilo não foi convincente nem para mim.

– Já está tarde. – ele avisou.

– Tom já vai embora, não se preocupe. – eu disse sem olhar para ele.

– Ta. – ele disse saindo e batendo a porta. Tom fez menção de continuar a me beijar.

– Muito rápido. – eu disse parando ele, me senti mal naquele momento e me lembrei de Otavio, dos seus olhos verdes e seu belo sorriso, também pensei em Rodrigo e achei isso estranho porque tudo tinha que ser tão confuso.