Capítulo 7

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Com o tempo Peter voltou a falar comigo e voltamos a nos tratar como irmãos, Rodrigo e eu nos aproximamos ainda mais, fomos ao shopping e visitamos o irmão dele e empresário, John Melo e fizemos mais varias coisas legais. Na escola, eu me distanciei de Thomas, fazendo com que todos os rumores acabassem, mas a inimizade com Isa continuava a mesma. Desse jeito dois meses se passaram e já estávamos em outubro.

Cheguei da escola, já estava acostumada com o ritmo, coloque a mochila no meu quarto e encontrei Rodrigo no corredor.

– Enfim o que você tanto queria pequena. – disse Rodrigo me dando um beijo na bochecha e me entregando um bilhete. – Você vai assistir ao show do Jay Z, esta noite.

– Uow que demais! – eu disse animada.

– Vai ser às 23 horas, então eu espero que você consiga ficar acordada em duas horas direto de musica.

– Sem problemas. – eu disse descendo as escadas correndo e pulando nos ombros de Peter que me levou até a cozinha em suas costas.

– Você é pesada. – disse o loiro com uma careta.

– Que horror e eu nem sou gorda, não sou né? Não responda. – eu disse e ele começou a rir do meu chilique.

Almoçamos e durante o resto do dia eu saí com os amigos e fiz alguns trabalhos. Mais tarde me arrumei colocando algumas roupas novas que comprei quando fui ao shopping com Rodrigo, sorri sozinha enquanto trocava de roupa me lembrando de que ele morria de raiva quando eu provava milhares de coisas e não levava nada.

Acabei escolhendo por um cropped preto de manga, um short desfiado meio curto e all star branco, afinal eu estava indo para um show de rap e estava muito animada para o show.

– Está pronta? – Rodrigo perguntou do lado de fora do quarto.

– Sim, pode entrar. – eu gritei e ele entrou. – Então?

– Você está... – ele disse me olhando de cima a baixo. – Linda.

– Obrigada. – eu sorri.

–Vamos. – ele disse, eu sorri e assenti. Nós dois descemos juntos. Nós chamamos Peter para ir também, mas ele ia jogar videogame na casa de um amigo e Aline não gostava desse tipo de musica.

Eu estava num lugar bom, dava para ver tudo no palco e o Jay-Z não demorou a entrar. Eu nunca tinha assistido a um show de rap e foi perfeito. Eu curti o show com algumas garotas da minha idade que eram loucas pelo Jay-Z e depois de duas horas eu ainda estava super animada cantando o final da ultima musica.

Quando o show acabou fiquei esperando pelos outros que demoraram um pouco, dessa vez já cedendo ao cansaço. Nem notei que estava quase dormindo encostada em uma parede, até que alguém me balançou, era John.

– Acorda Giulieta Albertini. – ele disse balançando meu ombro.

– Eu estou acordada. – eu disse piscando os olhos muitas vezes. Rodrigo riu e nos guiou até o carro. John dirigia o carro. Parecia que o irmão do Rodrigo ia para nossa casa naquela noite, então Rodrigo e eu ficamos no banco de trás.

– Estou com muito sono. – eu disse colocando a cabeça em seu ombro.

– Gostou do show? – ele perguntou num tom de voz baixinho.

– Eu adorei. – eu disse com um sorriso. – Foi incrível.

– Não... Você é incrível. – ele disse me olhando, eu sorri e senti minhas bochechas queimarem. Ele sorriu. – E eu gosto muito de você.

– Certo Rodrigo Melo, você ganhou, eu também gosto muito de você. – confessei, não tinha mais como fingir não gostar dele, eu começava a achar que gostava e até mais do que devia.

– Eu sabia. – ele disse convencido e olhando fixamente para mim, ele sorriu. – Você fica linda corada.

– Para. – eu disse com vergonha e encostando a testa em seu ombro. Ele, porém se distanciou um pouco e segurou meu rosto com delicadeza, deslizou sua mão para minha nuca e aproximou mais nossos rostos, eu podia sentia sua respiração, assim como ele podia sentir a minha, meu coração começou a bater mais rápido e tal era a nossa proximidade que eu temia que ele pudesse ouvir e como eu queria aquele beijo, sentir os seus lábios nos meus, eu já tinha até fechado meus olhos esperando que seus lábios pressionassem os meus, mas ele se distanciou, me senti como se eu estivesse em um doce sonho e tivesse sido acordada na melhor parte. Prendi a respiração e abri os olhos, ele estava longe, desviei meu olhar para o outro lado e encostei-me à janela oposta, embora não tenha conseguido voltar a dormir direito naquela noite, apenas sonhando com um beijo que não chegou a acontecer.


Meu querido tutor. (INCOMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora