Prólogo

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Texto sem revisão! Qualquer erro pode me avisar, sem problemas, que eu ajeito! 

Boa leitura!

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James estava realmente empolgado naquela manhã enquanto segurava o volante com força devido à apreensão e a adrenalina de estar dirigindo seu próprio carro pela primeira vez, recém-habilitado e com apenas dezoito anos – a idade onde todos os garotos querem se provar homens atrás de um volante. Ele só conseguia pensar em como as luz do sol o atrapalhava, mas até mesmo as preocupações sumiam quando ele ouvia o ronco potente do motor.

Ao seu lado, seu pai fazia um discurso ensaiado que ditava todos os passos que o filho deveria tomar. "Desacelera, passa a marcha, acelera, dá a seta...". Passos que James também sabia de cor, mas que iria acatar obediente para não contrariar o patriarca, que estava tão emocionando com aquele tão esperado momento pai-e-filho quanto o próprio James.

Novamente James viu a luz do sol refletir em seu rosto e sentiu que começava a suar. Talvez de nervosismo? Mas ele não estava nervoso, estava dirigindo em uma estrada de mão dupla, a apenas setenta por hora, livre e desimpedido, com um trânsito tranquilo, com carros passando na direção contrária e dirigindo atrás dele em uma velocidade moderada.

Ele não estava nervoso, mas ainda assim começou a sentir as pontas dos dedos das mãos formigarem e um calor intenso subiu-lhe pelo corpo conforme ele sentia-se um pouco mais disperso do que antes.

– Filho, você está bem? –o pai perguntou num tom preocupado, desviando os olhos azuis da pista de segundo em segundo para olhar a face já pálida do filho.

Um carro vermelho os ultrapassou e seguiu seu caminho. James sentiu uma pontada leve na coluna, como uma dor irritante. Talvez eu esteja mais nervoso do que pensei.

– Sim, estou ótimo. –ele forçou um sorriso, mas pareceu mais uma careta. Olhou pelo retrovisor e viu um pequeno carro prata com um casal dentro, atrás desse havia um carro preto, mas ele não conseguiu ver quem estava em seu interior.

Já havia se sentido enjoado na noite anterior, tivera calafrios e precisou levantar mais de uma vez na madrugada para vomitar, porém pensou ser apenas uma gripe, e como acordou aparentemente bem na manhã seguinte, não reclamou nada aos pais.

Mas agora, enquanto ouvia que o pai falava algo como "encoste o carro e respire um pouco...", ele pensou que poderia ser algo mais sério. Tentou focar a visão na estrada, no asfalto quente que gerava pequenas miragens de pista molhada, no acostamento de terra com árvores altas e verdes, na cerca por trás das árvores de delimitava um loteamento de terra particular. Tentou se concentrar na música que tocava na rádio. Ele conhecia aquela, era de uma banda inglesa de rock independente... Pensou nos versos da música, na batida constante... Tem algo de errado comigo.

Ele teve certeza de que não estava mesmo bem quando de repente a voz de seu pai ficou tão distante que ele mal a ouvia e seus olhos ficaram embaçados. De repente a imagem da estrada desapareceu, assim como a melodia agitada da música. James sentiu a consciência se esvair tão rápido que não teve tempo de reagir.

Suas mãos pesaram no volante e o carro começou a atravessar para a pista contrária enquanto seu pé pesava no acelerador. O pai de James tentou, sem êxito, puxar o volante, mas o desespero de ver o filho desfalecido e de ver o carro indo em direção ao caminhão na outra pista foi mais forte e deixou-o sem reação.

Em questão de segundos o carro ficou atravessado na pista e o caminhão – que não pôde frear a tempo – chocou-se com a lateral direita do veículo numa colisão forte o bastante para arrastá-lo por cinco metros.

Intenso [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora