James acordou tarde naquela quinta-feira. Revirou-se na cama e sentiu um corpo quente pressionado ao seu. Num momento de surto, pensou em Alexandra, ali, nua deitada ao seu lado, com a cascata castanha em seu braço e o sorriso no rosto. Mas soube no momento seguinte que não poderia ser ela.
Abriu os olhos e encontrou a mulher loira dormindo profundamente. Não se lembrava dela, muito menos de seu nome, mas sabia que devia ter algo haver com a noite anterior, quando deixou o trabalho e encontrou com Fernando no barzinho que tinha lá por perto.
Lembrava-se vagamente de dançar com uma loira, mas fora isso não lembrava mais nada de concreto. Apenas alguns flashes que contavam uma história sem contexto. Tenho que parar de beber!
Levantou-se da cama, tropeçando nas próprias pernas e vestiu uma calça de moletom que encontrou jogada no chão. Olhou para a janela fechada, uma fresta de luz ousando entrar no quarto escuro. Se arrastou até a mesinha ao canto do quarto e olhou o relógio digital, constatando ser mais de dez horas da manhã. Estava atrasado para o trabalho. Xingando mentalmente por sua falta de responsabilidade, Inclinou-se contra a garota que dormia em sua cama e a balançou com suavidade.
Sentia-se nauseado, com dor de cabeça e um gosto estranho na boca, além de ter o estômago pesado como se carregasse um peso de dez quilos em seu interior. Sintomas da ressaca que ele tão bem conhecia.
– Ei... –deu um empurrão leve em seu ombro e pensou em como chama-la. Não sabia seu nome, então teria que usar um apelido, mas não podia ser um muito carinhoso ou íntimo como, por exemplo, "doçura", ou ela acharia que havia algo mais entre eles. O que não havia. –Loira... –revirou os olhos diante da decisão. –Acorde, você precisa ir.
A loira resmungou algo inaudível e se virou, ficando de bruços na cama. James tentou acordá-la mais uma vez com um toque mais forte. Dessa vez ela abriu os olhos e sentou-se na cama, comprovando o que ele já sabia, que ela estava nua.
– Bom dia, docinho. –sua voz era melodiosa e um pouco manhosa. Ela era linda, ele precisava admitir, com os cabelos curtos bagunçados, a face corada, os grande seios empinados para ele e a barriga lisa, em sua pele clara como a neve, com apenas uma trilha de fios loiros na virilha levando ao seu sexo. –Já acordou?
– Você precisa ir. –repetiu em um tom severo, não queria dar a oportunidade dela tentar contrariá-lo. –Eu estou atrasado para o trabalho.
– O quê? –o choque em suas feições era claro. –Embora? Mas querido, eu pensei em te alegrar um pouco... –ela ficou de joelhos na cama, engatinhando até ele. Pegou as duas mãos de James e levou-as até seus seios, fazendo-o apertá-los. –Eu poderia massagear a sua perna, para você não sentir dor, ou talvez você queira que eu massageie outra coisa? –levou sua mão direita até a frente da calça que ele vestia, massageando seu pau, já ereto, sem nenhum embaraço.
Tentador, James pensou, mas já havia conseguido o que queria dela. Agora estava saciado e atrasado para o trabalho. Prioridades eram prioridades, e naquele momento ela não era uma.
– Acho melhor não... Eu realmente preciso ir trabalhar, mas nós podemos repetir isso algum outro dia. –mentiu e nem ao menos se esforçou para ser convincente. A mão da mulher deixou seu pau e ela fechou a cara, com raiva. –Você quer que eu chame um táxi para vir busca-la?
Geralmente ele não era tão canalha, costumava pagar um café da manhã na cafeteria na esquina de sua rua, antes de dispensá-las, até mesmo mantinha uma conversa mole para que elas pensassem que ele estava minimamente interessado. Mas não tinha acordado de bom humor. Primeiro e, principalmente, por ter pensado que seria Alexandra em sua cama e, assim, ter se desiludido. Segundo, porque estava atrasado e de ressaca.
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Intenso [DEGUSTAÇÃO]
RomanceSINOPSE: Até que ponto o amor supera a dor? Alexandra Henley, aos seus vinte e seis anos de idade, acredita ser uma pessoa danificada para o amor e cheia de problemas, mas ainda assim, uma mulher forte que seguiu com a vida apesar dos traumas. Contu...