- O que foi isso? É claro que eu te desculpo, idiota ! - Gritei enquanto cobria meu rosto corado com a coberta.
Acordei com alguns ruídos que vinham lá de baixo. Eram quase 02:00hrs da manhã, e aquele barulho me assustou. Quando desci as escadas percebi que quem fazia eles era a pessoa que estava deitada no sofá. Sim, o Kurou estava em casa, e não parecia nada bem.
Quando cheguei perto percebi que ele estava suado, ofegante. Quando encostei minha mão no rosto dele, pude perceber que ele estava ardendo em febre. Ele gemia de dor, e se contorcia.
- Kurou? O que você tem? O que você está sentindo? Responda ! - Disse gritando, então ele abriu os olhos e aquele amarelo ouro tinha sumido. Tinha dado lugar a uma mescla de vermelho com preto. Suas pupilas pareciam a de um gato. Fiquei o encarando, aquilo era assustador. Num golpe me afastei e fiquei longe dele.
Subi as escadas para meu quarto correndo e me tranquei lá. O que estava acontecendo com ele? Ele mudou muito. O que ele na verdade é? Fazia-me várias perguntas, mas os gritos dele fizeram eu voltar ao mundo real. Ele gritava meu nome agora.
- Haru ! Por favor, Haru. Me ajude... - Esses gritos estavam falhos, sua voz estava rouca, era uma mistura de dor com desespero. Não posso ficar trancado aqui vendo ele nesse estado. Eu preciso ajuda-lo.
Tomei coragem e desci as escadas. Ele estava caído no chão, gemendo, arfando e tossindo bastante. Agarrei-o e o abracei. Eu estava ali com ele, iria ficar tudo bem. Ele era meu agora e eu não deixaria algo que me pertence se quebrar.
- Eu estou aqui Kurou. Se acalme... Vai ficar tudo bem, você é só meu agora, nada vai te tirar de mim. Do que você precisa? - Disse enquanto o abraçava ainda mais apertado. Sentia lágrimas caírem dos meu olhos e se desmancharem em sua camiseta. Quando o olhei, aqueles olhos voltaram. Aqueles olhos amarelo ouro voltaram. Os Meus olhos voltaram.
- Só fique assim... por um tempo... não me solte... - Dizia ele entrecortado por causa de sua dor. Ali fiquei abraçando-o até que ele parasse de se sentir mal. Depois disso ele me soltou, e caiu novamente no chão. Ele estava doente. Precisava de um pano molhado, e tinha que dar um jeito de tira-lo do chão frio.
- Kurou, segure-se em mim. Você precisa sair do chão agora. Consegue se levantar? - Disse enquanto passava seu braço por cima do meu ombro. Ele ficou de pé, mas era pesado demais pra mim, eu não vou conseguir aguenta-lo por muito tempo.
- Para o meu quarto... Rápido ! - Disse enquanto subia as escadas com ele.
Quando chegamos, eu tentei colocar ele na cama, mas como ele era pesado eu acabei indo junto. Ele me abraçava e me apertava como se eu fosse fugir, ou desaparecer da frente dele. Começou a gritar de dor de novo. Nessa hora levantei, peguei um pano e molhei no lavabo do banheiro. Ele precisava se esfriar.
- Kurou... Tire a camiseta. Você está com febre, precisa esfriar seu corpo antes que ele entre em choque. - Disse isso enquanto colocava a mão por dentro de sua camiseta.
- Não precisa... Eu tiro... - Disse ele, tirando a camiseta e a jogando no chão. Eu congelei. Era a primeira vez que tinha um cara em cima da minha cama, e sem roupa. Ainda mais aquele cara. Ainda mais o Kurou. Sabia que ele era forte, mas não que tinha o corpo desse jeito. Seus braços eram firmes, seu peitoral era forte, e sua barriga era definida. Até mesmo seu umbigo era perfeito, e seus mamilos eram claros. Ele tinha uma pintinha preta perto de sua cintura.
- Desculpa... Está quente demais... - Ele disse isso enquanto abria o botão de sua calça, me tirando do meu transe. Espera, ele vai tirar a calça? Não, ele não pode, eu vou morrer ! Tarde demais... Ele já tinha tirado e jogando-a junto com sua camiseta. Sua cueca boxer preta era apertada. Mostrava perfeitamente suas coxas torneadas e o volume do seu membro... Era enorme. No que eu estou pensando? Merda !
Balancei a cabeça e peguei o pano úmido. Comecei a passa-lo pelo seu rosto, que já ficava menos quente. Depois seu peito... Sua barriga... Suas coxas... Me ver fazendo isso me fez corar. Meu rosto ardia por sentir o calor dele através daquele pano. Apenas senti ele pegando em meu pulso e me deitando junto a ele na cama.
- Haru... Já chega. Só durma comigo essa noite. - Disse ele me abraçando e me apertando ainda mais contra ele. Era quente. Onde ele me tocava ardia ainda mais, formigava, me dava uma sensação boa. Não sabia se iria morrer sufocado, ou se seria de vergonha. Só sabia que iria morrer, mas, porque ficar perto dele me acalma? E porque quando ele me toca isso acontece? Eu estou... Apaixonado? Por alguém que eu acabei de conhecer?
- Haru... - Dormi ouvindo sua voz dizendo meu nome várias vezes. Essa foi a melhor noite de sono que eu já tive em toda a minha vida.
.
.
.
Continuará
(Aqui está o Cap. 3. Me desculpem por ele ser um pouco menor que os outros, mas eu sei que vocês irão adorar o que mais está por vir ! Continuem lendo a história e deixando seu voto e seu comentário, eles são importantes <3 Obrigado pela leitura e pelo futuro apoio de vocês. <3)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Suddenly Love.
RandomO que você faria se descobrisse que teria um guarda-costas a partir de hoje? Haru odiava essa idéia, mas, depois que conheceu Kurou, o guarda-costas, as coisas começaram a mudar. Isso seria amor a primeira vista? Porque Kurou mexe tanto assim com el...