Capítulo 7

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Eu disse até sexta, mas... Que tal um capítulo bônus de quinta? 

Boa leitura, amoras! ;)

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{Christian}

Depois que Virginia em casa volto para o apartamento. Entro no elevador e recosto na parede enquanto sobe e cada número se ilumina até chegar à cobertura. Desde então minhas noites foram péssimas até a segunda feira. Elliot manda mensagens pra mim perguntando o que aconteceu sábado e por que sumi. Até então não me dei conta que tinha se esquecido de comunica-lo sobre a saída com Virgínia. Chego cedo à empresa e subo direto para a minha sala. Meu humor está péssimo. Saio do elevador e ninguém ousa falar comigo quando cruzo o corredor. Ainda me sinto um merda pelo que aconteceu com Virgínia. Dois dias! Em apenas de dois dias consegui foder com a vida de alguém. Coloco a pasta sobre a mesa e vou pra janela. Seattle está sob meus pés. Lá fora o céu reflete como estou por dentro. Nublado e repleto de nuvens pesadas com capacidade de chuva a qualquer momento. Ouço batidas na porta e Andreia passa para dentro com o cronograma do dia em mãos. Bom, Grey, vamos começar a trabalhar por que é a única coisa que você faz direito.

Tentei encarar a manhã como um dia normal, mas Virginia não saia da minha cabeça. Flashes de nossos momentos invadem a mente sem permissão. Estou numa dessas reuniões com acionistas e várias propostas são dirigidas a mim. Procuro me concentrar e focar no que tenho de dar conta. Penso em mais tarde ligar pra ela e perguntar como está. Estou preocupado desde que a deixei entrar em casa aos prantos. Nunca me incomodei muito com o que sentiam por mim, mas acho que estou tendo outra primeira vez. Ao mesmo tempo em que não sei que tipo de sentimento é esse que me invade, tenho certeza que nunca mais quero senti-lo e que magoei uma pessoa que não merecia sentir o mesmo.

Depois da reunião, uma atendente se aproxima de Andreia assim que saímos. Esta fala que a Sra. Parker a está esperando. Srta. Parker? Tenho que ter o controle. Não posso sair correndo como um louco desta sala de reunião como na cena de um filme. Sou o dono e preciso ter compostura. Não digo nada a ninguém e apenas caminho de volta pra minha sala. Um grupo de empresário intercepta a missão quando estou perto. Eles falam e falam, mas só entendo blá, blá, blá. Dou um jeito de despacha-los e peço que façam suas propostas por escrito e levem a próxima reunião.

Continuo meu caminho até a sala e a vejo lá. Sentada com a amiga que vi na boate. Ela sorria pondo a mão na boca para conter um riso alto. Tão bonita! Sua amiga é a primeira a me ver. Estou parado perto da porta e não consigo me mover. Não sem ao menos cumprimenta-la. Quando a amiga fica séria, Virginia vira a direção em que ela está olhando; e seus olhos finalmente me encontram.

Seu sorriso morre aos poucos. A expressão parece ter visto um fantasma. Nem nos dias que mais esbravejei durante seu tempo na empresa, vi tanto medo em seus olhos. Ela engole em seco. Preciso tranquiliza-la. Deixar que saiba que fiquei preocupado. Que me importo. Novamente não sei porque ajo assim. É irracional pra eu ser desse jeito, mas dessa vez eu quero fazer isso.

- Virginia. – Digo seu nome.

- Christian... – ela diz o meu hesitante.

Ela falou comigo. Graças a Deus! Aceno com a cabeça antes de entrar em minha sala. Meu coração está batendo forte agora. Abro o paletó do terno e sento na cadeira. Levo as costas da mão para a boca e fico alheio por alguns instantes tentando interpretar os sinais que registrei dela. Não sei quanto tempo passei nesta posição, mas só me dei conta quando ouvi batida na porta. Deve ser ela! "Entre" – digo respirando fundo. Mas não é Virginia. Andreia coloca alguns documentos trabalhistas sobre a mesa. Ela está dizendo alguma coisa e a interrompo:

Love Me Harder, Mr. Grey.Onde histórias criam vida. Descubra agora