Capitulo 3

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Malu Lemos

Porra, não acredito no que eu fiz, eu aceitei um emprego como fisioterapeuta mesmo sem saber fazer nada, e pelo que fiquei sabendo, o tal do Felipe é o capeta em forma de gente. Sim, estou ferrada!

Não tive coragem de falar a verdade para eles, poxa preciso desse dinheiro, vou ficar aqui esse mês, pegar esse dinheiro e sair logo desse emprego, vou fazer o impossível para não perder a cabeça com esse Felipe.

Então ficou combinado que amanhã vou na casa do Bernardo, irmão do Felipe, saber tudo sobre meu emprego. Decido ir para casa, e acabei nem falando com o médico sobre o problema da minha mãe. Chego em casa com a cabeça a mil por hora, fui para o Google pesquisar um pouco sobre exercícios de fisioterapia, reabilitação, cuidados com o paciente e etc.

Não dormi essa noite, fiquei pensando em tudo... sei que estou mentindo, que é errado, só que estou sem rumo nesse momento, não posso deixar minha mãe assim, e eu sei que, se fosse eu nessa situação, ela faria o mesmo por mim.

Chego na casa do Bernardo, e isso é tudo, menos uma casa simples, tudo é perfeito. Bernardo foi super educado e gentil comigo, fiquei até sem graça por estar fazendo isso com ele. Ele é legal, não merece essa mentira, senti um nó na garganta.

Meu trabalho vai ser cuidar do Felipe, fazer a fisioterapia e também ministrar os remédios que ele precisa tomar. Bernardo me explicou que ele age feito uma criança e não quer tomar. Ele me deu, também, a lista de tudo que tem que ser feito na área de fisioterapia no tratamento do Felipe. Tentei de tudo para não fazer cara de medo, vou fazer muitas pesquisas no Google, procurar livros de fisioterapia e ver vídeos. Então me falou sobre gênio do irmão, que ele estava sofrendo muito por não conseguir andar, por isso estava daquele jeito, que no fundo ele é uma boa pessoa.

Me perguntou da Faculdade, em que horário eu estudava, menti que era à noite, ele disse então que eu poderia entrar as 8 horas da manhã e sair as 16 horas da tarde. Me questionou se às vezes eu poderia trabalhar no sábado, explicou que vai assinar minha carteira em breve, só quer esperar para ver se realmente vou me ajustar com as necessidades do seu irmão, minhas refeições serão feitas na casa dele, e que amanhã já vou conhecer o Felipe. Ai que medo!

Chega o dia de começar o trabalho, estou aqui na porta da casa do Felipe, outra casa perfeita. Uma senhora me recebe, ela é loira e muito bonita, e me diz ser mãe do Felipe. Entro na casa com as pernas moles, minha cabeça fala... corre que ainda dá tempo. Então aparece um homem em uma cadeira de rodas, ele é simplesmente lindo, sua pele é branca, com olhos incrivelmente azuis, o cabelo castanho e liso. Ele solta uma gargalhada sarcástica e me olha.

— Vamos ver quantos dias você vai ficar aqui.

Começa a falar um monte de merda, fica gritando feito louco, a mãe tenta amenizar as coisas e me olha com ar de desculpas... ele grita tanto com ela, e eu sinto pena daquela senhora.

— Mãe já pode ir embora, já falei não quero você aqui, me esquece.

Como esse cara fala assim com a mãe dele? Eu aqui, fazendo de tudo pela minha mãe, e ele fazendo isso. Fúria é pouco para o que estou sentindo neste momento, se ele pensa que vou sair correndo, está enganado.

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Desculpa não postar esses dias meu tio morreu e não pude postar.

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