volta Part 58

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Chegamos na casa do Luan, por volta das 18:30hrs. Estávamos cansadas demais. O Breno dormiu depois que mamou. O que deixou meu braço doendo um pouco. Mas fora isso, foi um dia muito produtivo. 

  Quando chegamos o Sr. Amarildo já havia chegado. O cumprimentei e fui direto para o quarto, guardar as bolsas e colocar o Breno no quartinho dele. Quando voltei para o meu quarto o Luan estava lá, sentado na cama. Fechei a cara.

  "Isabella" O que que você está fazendo aqui? -perguntei surpresa.

Luan:  Aqui é a minha casa, se você não percebeu. - disse me encarando.

"Isabella: Sim, eu percebi. Mas, eu quero saber o que você está fazendo aqui no quarto?-perguntei novamente, como se fosse óbvio.

Luan: Eu vim aqui para me desculpar.-olhou para baixo. Levantei a sobrancelha- Eu não deveria ter falado com você daquele jeito. Você sabe cuidar muito bem do Breno. Eu só fiquei inseguro por você sair com ele, sem segurança.-me encarou.

Isabella: Tudo bem, Luan. Já passou. Eu não gostei do que você falou. Mas como eu disse, já passou.-caminhei até minha mala.- Eu estou cansada. Andei com o Breno quase que a tarde inteira no colo. Se não fosse pela sua mãe e pela Bruna. Então... Será que você pode me dar licença? Sem querer ser grossa.- apontei para a porta. Ele concordou com a cabeça, e em silêncio e saiu do quarto, fechando-a em seguida. Suspirei.
Posso ter sido grossa com ele, mas ele precisa de um pouco de gelo, para pensar no que fala. Pode ser que para ele seja uma bobeira dita na hora errada. Mas para mim foi mais que isso.  

Terminei meu banho e fui no quarto do Breno, ver se ele havia acordado. Ele estava quietinho no berço, acordado  

- Oi, meu amor.-mexi com ele- O que que você está fazendo quietinho ai. Hein?- o peguei do berço. Ele sorriu, abrindo sua boquinha sem dentes- É o banguelinho da mamãe. Que vontade de te apertar.- mordi de leve sua bochecha, que ficou vermelhinha. Ele virou o beiçinho querendo chorar.- Não chora, amor. Desculpa a mamãe. Que mamãe chata né? -beijei sua bochecha. Ele estava meio suadinho, tirei sua roupinha e fralda, e resolvi dar um banho rápido nele, no quarto dele mesmo. 

  Quando terminei, o sequei, passei talco e coloquei a fralda. Resolvi colocar um moletonzinho verde nele. São Paulo fica meio frio a noite. Como ele é bem pequeno, prefiro agasalhá-lo. Passei um perfuminho nele e desci, tentando abaixar o cabelo dele, que era rebelde como o do pai. Sorri disso.  

 Mais, meu Deus. Esse menino está lindo demais, gente.- disse a Mari. Quando cheguei na cozinha com ele.- Olha como o bebê da vovó ta cheloso.- fez uma voz fina, cheirando Breno, que sorriu com aquilo.- Não tem jeito, "Isa". A gente se derrete com uma coisinha tão gostosa como essa.-me olhou sorrindo e apontou para o Breno.

Isabella: Quer que eu te ajude na cozinha, Mari?-perguntei.

Mari:  Não precisa, Isa. Fica com ele.-disse gentil.

Isabella: Eu faço questão de ajudar. Eu vou deixar o Breno com o Luan e já volto.- caminhei até a sala, aonde estava o Sr. Amarildo e o Luan,conversando. Ingrid já havia ido embora- Luan, fica com ele pra mim? É que eu vou ajudar a sua mãe na cozinha.-ele me olhou.

- Da ele aqui, Isa. Deixa eu pegar esse rapazinho.-falou o Sr. Amarildo. O entreguei.- Nossa, mais esse cara está cheiroso, rapaz.-disse sorrindo, olhando o Breno em seu colo. Sai e ouvi ele brincando com o meu filho  

(..)

  Já estavam todos deitados. Estava no quarto, com o Breno. Que não queria dormir, por ter dormido demais à tarde. Estava conversando com Denis, por mensagem, quando ouvi baterem na porta. Gritei um "Pode entrar!". Era Luan.  

  - Luan?! -perguntei surpresa.

Luan: Oi.-sorriu tímido- Eu posso entrar?

Isabella: Entra! -me sentei na cama, deixando o celular de lado- Aconteceu alguma coisa?-questionei preocupada.

Luan: Não, eu só não estou conseguindo dormir.-passou a mão no cabelo, nervoso- Será que eu posso ficar aqui? Enquanto não tenho sono?- perguntou meio incerto.

Isabella:  Hum, por mim tudo bem. Eu acho que não vou conseguir dormir tão cedo também.-o olhei- Senta aqui.- o chamei. Ele caminhou até a cama e se sentou.

Luan: Você estava ocupada? Falando com alguém?- apontou para o celular.

Isabella: Ah, estava falando com Denis.

Luan:  Aquele seu amigo?

Isabella: É. Na realidade nós estamos namorando.-sorri largo. Percebi seu desconforto.

Luan: Tem muito tempo?- perguntou curioso.

Isabella :Quase dois meses.

Luan: Você gosta dele?-me encarou estranho.

Isabella :  Gosto.-o olhei- Por quê a curiosidade?-deitei a cabeça em meu ombro o encarando.

Luan: Por nada.-falou com vergonha- Vamos falar de outra coisa?-sugeriu. - Vamos.-me deitei na cama. Ele deitou de lado apoiando o cotovelo na cama para se erguer.

Luan: E você? Tem planos, daqui pra frente?

Isabella:  Sempre tem. Eu pretendo  ir para uma  faculdade. Quero comprar um novo apartamento para mim, lá em Belo Horizonte.-olhei para Breno que nos encarava e sorri. Luan acompanhou meu olho e também riu.

Luan: Você se arrependeu por algum momento, de termos nos relacionado?-me encarou.

Isabella:  Não. Eu nunca me arrependi. -o encarei. Com a luz da lua batendo em seu rosto, por estar com a luz apagada. Vi um sorriso em seu rosto.

Luan: Por quê, você não me contou antes sobre a gravidez?

Isabella:  Porque fiquei insegura. Quando eu decidi te contar, você veio com a notícia de que estava namorando.

Luan: Por quê, não me impediu?- olhou frustrado- Nós poderíamos estar juntos hoje. Nós três.-disse baixo.

Isabella:  Luan, eu não podia fazer nada. O que você queria que eu fizesse? Falasse : "Não namora ela, eu estou grávida!" ?!-suspiramos.

Luan: Você sente ou sentia algo por mim? Além de um sentimento de amigo?- o encarei espantada. Não esperava essa pergunta.

Isabella:  Ham. -pensei- Acho que não.-menti.- Eu sempre te considerei meu melhor amigo. Acho que só.-sorri de lado.- Por quê, a pergunta?

Luan:  Por nada.- ele tinha uma feição triste. Decepcionado, eu acho.- Eu... Eu vou ir pro meu quarto. - ele beijou a testa do Breno e saiu, sem se despedir.

Isabella:  Ah, Luan. Por quê, que você faz isso?-suspirei, derrotada.  

  Consegui fazer o Breno dormir, e fiquei sozinha, no escuro. Me culpando por não ter dito a ele a verdade.

O Vizinhoo, Luan Santana 1Onde histórias criam vida. Descubra agora