Capítulo 4

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Dorothy estava completando quatro meses de gravidez. Antes de eles saírem do consultório, Margareth falou com uma amiga que era psicóloga, elas marcaram que Liss fosse à casa de Margareth na sexta à tarde.

Liss e Dorothy tiveram uma longa conversa, onde a psicóloga a convenceu de que não iria abortar, que nem sempre essa era a melhor opção, pois ela poderia se arrepender. Mas ela só resolveu que levaria a gravidez adiante depois de duas semanas.

Margareth não tinha desistido da ideia de adotar a jovem, mas, também não tinha contado a ideia para o marido, tinha medo de sua reação, no entanto, ela acreditava que se tivesse ela como filha, ele não teria o que temer. Na verdade, ela não entendia o porquê de tanta implicância. Outro motivo para que ainda pensasse na adoção, eram seus filhos. Ela já havia falado com Ruth, e ela aceitou dizendo que adoraria ter uma irmã mais nova. Já Tobias, sempre que ela tentava conversar sobre o assunto com ele, ele desconversava. Ela sabia que tinha alguma coisa, então, ela começou a observar melhor como o filho reagia perto da jovem ou quando ele falava dela. Ele já havia começado a faculdade há dois meses, e sempre que podia, ele ia à casa da mãe. Margareth podia jurar que ele passava mais tempo na casa dela do que no apartamento que ele comprara. E ela chegou a uma conclusão, ela iria ter uma conversa com o filho. Era notário que ele estava se apaixonando por Dorothy, se é que já não estivesse apaixonado. Talvez, essa seria a primeira paixão do filho, ela conhecia bem Tobias sempre fora muito tímido, ele nunca apresentou nenhuma garota para os pais. Todas as vezes que ele tentava falar com alguma menina, ele sempre se atrapalhava. Margareth já havia presenciado tal cena.

Mas com Dorothy era diferente, ele não se atrapalhava em falar com ela, não muito. Mesmo falando algumas coisas importunas, nas horas mais inesperáveis, Dorothy já compreendia esse lado desengonçado de Tobias, então relevava. No entanto, Margareth estava feliz em ver o filho apaixonado, mas a conclusão que ela percebera, não seria tão bem aceita para Adrian. Ela temia pela reação dele.

◦◦◦

Dorothy lia um romance quando Tobias apareceu.

— Oi, Dorothy, você está bem?

— Estou sim, graças a vocês — ela sorriu. — e você, como vai?

— Bem também, e como vai esse bebezinho. Está tomando as medicações? — ele perguntou.

— Estou sim, Capitão — ela respondeu, rindo — Ele esta bem, hoje a doutora perguntou se eu queria ver o sexo dele.

— E então, é menino ou menina? — indagou Tobias, empolgado.

— Eu não quis saber. — ela respondeu, dando de ombros.

Tobias murchou. — Por que não? Você ainda está com a ideia de dar o bebê para adoção?

— Sim. Eu já disse, não quero ter um filho daquele monstro.

— Por que você tem tanta certeza que o filho é do seu padrasto?

— Eu não sei se é exatamente, mas é tipo como intuição. Não quero falar sobre isso.

— Tudo bem, — ele concordou. — o que acha de ir ao shopping, vou dormir aqui essa noite e vamos amanhã?

— Não acho que seja uma boa ideia — respondeu.

— Por que não, fala aí. Qual foi o último dia que você foi ao shopping?

— Não sei. Acho que minha mãe ainda estava viva.

— Então, vai ser legal. Eu juro. Você não saiu desde o dia que chegou aqui. Claro, a não ser para ir ao hospital.

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