51 - Sem adeus

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E – O quê?

D – Lana, sem discussões!

Sua voz me faz gelar, ele está sério e mantém uma postura de ataque assustadora.

M – Só Lana tem passaporte e precisamos de mais de um dia para organizarmos tudo.

R – Não podemos arriscar, não sabemos quantas pessoas estão envolvidas e se eles tiveram a audácia de tentar matá-la aqui, nenhum lugar é seguro. Teremos todo o apoio para a documentação de vocês e nossos empregados, junto com a minha embaixada, irão resolver qualquer pendência como: o trabalho de vocês, a faculdade deles, a escola da Line e etc.

J – Desculpe sra, mas é o nosso dever mantê-las a salvo e nesse momento o castelo do rei Robert é o melhor lugar. Se não fosse o príncipe que estivesse com ela hoje, ela estaria morta!

D – Isso porque estamos em um hospital caro, pagando pelo melhor serviço e um cara qualquer consegue se fingir de enfermeiro e ninguém percebe isso!

Ele está muito exaltado, sei que é compreensivo, porém é a primeira vez que o vejo com essa postura de capitão.

Um policial entra no quarto.

Pol – Desculpe atrapalhar, acabamos de receber a confirmação de que o conteúdo da seringa era um veneno que tem como função causar parada cardíaca e pela quantidade, isso ocorreria em menos de cinco minutos. Não daria tempo de descobrir o que aconteceu!

David soca a mesa que eu faço as minhas refeições e Scott sai levando o policial com ele.

M – Tudo bem, vamos para casa Line, precisamos arrumar as nossas coisas e ver quem pode ficar com nossos cachorros.

A tristeza é nítida nos olhos da minha mãe e Robert se aproxima dela.

R – Vai ficar tudo bem e nós vamos no meu jato, você pode levar os cachorros!

Minha mãe sorri para ele e sai com a minha irmã.

R – Me desculpe Lana, mas é o melhor a ser feito! Vou com a sua mãe, você realmente está bem?

E – Estou sim e não se preocupe, eu compreendo!

Ele sai, Jhef vai até o David e ficam conversando baixo por um tempo.

Os dois me olham.

D – Você deve dormir um pouco! A viagem vai ser longa.

E – Como se fosse possível dormir depois de tudo!

Reviro os olhos e viro o rosto.

Vejo Jhef sair e David se aproxima de mim. Ele senta ao meu lado e começa a acariciar os meus cabelos.

D – Não sei o que faria se algo acontecesse com você!

Ele respira fundo e está com o olhar perdido.

E – Pelo jeito, enquanto você estiver aqui, nada irá me acontecer.

Ele dá um sorriso torto.

D – Queria ter essa certeza toda!

Ele se inclina e beija a minha testa. Depois disso fica em silêncio e o resto do dia tenho o David ao meu lado, mas ele não está aqui. Só sai do transe quando é para falar com os outros e mesmo assim, sempre muito sério e taxativo em suas ordens.

No meio da tarde eu já almocei e tomei banho, notei que já consigo mexer os dois braços, porém não está sendo fácil. O fisioterapeuta disse que eu tenho que vencer a minha mente, já que os meus membros superiores estão sem problemas físicos.

A vida com o príncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora