Suite de Hotel e sorvete

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EMILY RUDD COMO NADIA 

*                    *                            *

Diana P.O.V

- Diana, eu apenas me preocupo com seu bem –

Eu bufei.

Rapidamente amarrei meus fios claros em um rabo-de-cavalo improvisado, perdendo alguns fios em movimentos rápidos e raivosos. Puxei as mangas do casaco fino que cobria meu vestido.

- Não, você está exagerando.

- Não, - Ele disse, - Eu apenas não acho que você deva voltar para aquele piv –

Eu suspirei.

- Olha, Joseph, - Eu tentei me acalmar, - Eu não vou voltar a sair com ele, não desse jeito. Mas eu acho que nós poderíamos ser amigos de novo!

- Mas ele acha que vocês estão saindo, como em saindo de novo!

- Eu sei. – Minha voz era meramente um sussurro. Eu sabia que Sasha achava que eu voltaria a sair com ele, mas eu queria meu amigo de volta.

Quando eu revi Sasha Pieristrov, minha primeira impressão fora que a paixão que eu sentira meses atrás havia retornado. Mas analisando bem, eu já havia superado.

Eu precisava dizer isso a ele, mas eu tinha medo.

Eu tinha que contar, mas não ainda.

- Eu... Desculpe, Diana, mas eu só quero o seu bem. Eu vi o quando você chorou naqueles meses, eu vi você se isolar, até de Nadia. Eu vi você andando por ai com uma cara triste e olhos vermelhos. Eu não quero isso de novo. – Ele disse, gentilmente – Você tem de dizer a ele que o que aconteceu na Rússia não vai acontecer de novo, mais cedo ou mais tarde.

- Eu sei.

A buzina aguda cortou a tensão da sala. Eu engoli seco, lançando um ultimo olhar e uma rápida despedida a Joseph e me dirigi à porta.

O carro vermelho se encontrava parado na frente da casa. O modelo antigo, de qualquer ano da segunda metade do século vinte que eu nunca me importei em saber com precisão.

Eu podia ver Nadia no banco de trás. O cabelo preto estava preso em um coque frouxo, disponibilizando uma visão mais precisa do vestido curto e da camiseta rasgada em cima dele que cobriam seu corpo.

- Jesus, princesa Diana, - A voz dela quebrou o minha analise – Dá para ir mais rápido? Desse jeito eu já vou estar formada quando você chegar ao carro!

Eu olhei feio para ela, mas apertei o passo.

Sasha abriu a porta do passageiro para mim. Assim que meus olhos descansaram nele eu senti a culpa me invadir.

Eu engoli seco.

- Bom dia, coelhinha.

- Bom dia, Sasha.

- Bom dia, Nadia. – Ela disse. Eu vi Sasha ir discretamente e balancei a cabeça.

[...]

A música explodia pelo ar do estacionamento quando Sasha estacionou o carro na primeira vaga desocupada que viu – com muito cuidado para não danificar o carro, imagino que os modelos antigos devam ser muito preciosos.

Nadia não esperou que eu descesse do carro, apenas jogou o corpo para fora do conversível em quanto eu abria minha porta. O sol ia ficando cada vez mais forte, o que era consideravelmente raro já que tudo que eu havia visto até agora era frio e vento.

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