O tão famoso Joseph Morozov

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Nathan P.O.V.

Eu acordei às sete da manhã. Abri meus olhos, mas não reconheci onde estava. Estava em um quarto, ele era em tons de marrom e chocolate. Muito bem decorado e moderno. Na cama, que era extremamente confortável, tinha uma garota ao meu lado. Diana.

O que ela estava fazendo ali?! O que eu estava fazendo ali?! Onde eu estava?!

Para piorar tudo eu estava com uma dor de cabeça monstro. Olhei para o lado e vi sobre o criado mudo uma aspirina e um pouco de água. Também havia um cartão.

Para ajudar com a dor de cabeça,

Tome toda a água.

M.

Eu não sabia quem era "M", mas tomei mesmo assim. Fui até o banheiro lavar o rosto. Olhei no espelho, e me assustei, estava usando roupas estranhas. Um calça folgada de um tecido estranhamente confortável e uma camiseta igual, eles eram azul marinho. Olhei a etiqueta, era Hermè.

Não me lembro de ter nenhum pijama Hermè. Eu me sento em uma poltrona. Então e ficha caiu.

Eu me lembro que fui a festa de Priscila McAdams, me lembro de ver Stephanie com outros dois caras... Depois disso eu fiquei muito bravo e enchi a cara. Resultado: eu liguei para Diana.

Não sei por que fiz isso. Quer dizer o que ela vai pensar de mim, um cara que ela teve que resgatar porque estava bêbado demais para ir para casa. Que droga, não era para ela me ver daquele jeito. Não quero que ela sinta pena ou repulsa. Será que falei alguma merda pra ela? Meu Deus eu sou patético!

Eu me lembro que Diana chegou muito rápido e ela estava dirigindo um R8 preto fosco, aquilo sim é um carro. Depois ela me levou para a casa dela, que era muito, muito grande. Não dava nem pra descrever.

Então uma mulher de uns 45 anos preparou um banho para mim. E Diana me trouxe roupa limpa e deu comida. Droga, ela cuidou de mim a madrugada inteira. Não me admira que esteja dormindo. E o pior, eu pedi para ela dormir comigo. E nessa hora eu já não estava bêbado.

Eu saio do quarto sem fazer barulho. A casa é gigante, muito bem decorada e tem aparência cara. Eu encontro as escadas e consigo chegar à cozinha, que está vazia. Sento-me na cadeira da bancada e fecho os olhos.

- Que bom que acordou. - diz uma voz atrás de mim. Eu congelo. É uma voz masculina grave e imponente. Me viro devagar e vejo um homem alto e magro, mas com uma aparência forte, seus cabelos são loiros e curtos e seus olhos azuis como os de Diana. Será que esse é o padrasto dela? O tão famoso Joseph Morozov?

- Ham... eu... eu... - tento, mas não acho uma boa explicação para um rapaz desconhecido em sua cozinha. Ele ri de mim.

- Não precisa ficar nervoso, Diana já explicou. - eu engulo seco. Ele anda até a banca com leite, cereal, duas tigelas e colheres. Serve os dois pratos e me dá um.

- Eu sou Joseph Morozov, pai de Diana. - diz me estendendo a mão.

Pai?

- Er, Nathan Ross Smith. - digo apertando sua mão. - Se me permitir à pergunta, você disse pai?

- Sim, eu disse - fala ele rindo um pouco - Sabe Diana é uma filha para mim mesmo antes do casamento, desde o momento que conheci Evelyn. E ela é uma irmã para Aaron, como se sempre pertencesse a familia. - ele pausa - Ela já acordou?

Nego com a cabeça.

- O que ela disse? - pergunto, mas me arrependo na hora. Me sinto intimidado pelo "pai" de Diana.

Ele sorri um pouco. - Quando eu e minha esposa chegamos ontem, fui ver se Diana estava bem, como não a encontrei tentei o quarto de hospedes. Foi ai que eu vi ela deitada com você, e bom eu não sabia quem diabos era você - diz ele sorrindo e arqueando as sobrancelhas - Então eu a acordei, ela me disse que você era um amigo da escola e que tinha passado mal ontem, e precisava de um lugar para dormir então ela te deixou usar o quarto de hospedes. - ele me olha analisando os pijamas que eu visto e ri alto - Agora sei onde estão meus pijamas, Diana lhe deu?

Eu confirmo.

- É uma menina muito boa, extraordinária.

Eu concordo.

- Nathan, a relação entre você e Diana, é apenas uma amizade? - pergunta ele serio de repente.

Eu vou morrer. Sinto meu rosto arder, porque a resposta é "sim", mas eu gostaria que fosse um "não".

- Er, senhor Morozov, eu..... - começo vermelho igual um pimentão.

- Não precisa se explicar meu filho, e por favor me chame de Joseph. Eu só quero dizer que Diana é livre, e que eu quero que ela seja feliz, custe o que custar, porque pra mim vale muito mais ver essa menina sorrir do que essa casa e meus carros na garagem. Então eu só vou falar uma coisa, - ele sorriu um pouco maldoso, mais dava para perceber que sua expressão era de brincadeira, mas as palavras não - Se você a machucar, eu vou atrás de você.

Então Joseph Morozov pegou a xícara de café e saio da cozinha.

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