Capítulo 2

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Xxx: A menina não pode estar a comer com o carapuço, por amor de Deus que falta de respeito!

Olho para a minha direita e vejo uma funcionária de braços cruzados a olhar para mim. Reparei que toda a gente da cantina olhava para nós...o que é que eu faço agora?

Rose: Desculpe, mas eu sempre comi com carapuço e nunca ninguém se queixou!

Funcionário: Mas agora queixo-me eu. Tire imediatamente o carapuço!- ordenou mas eu não obedeci.

Rose: Desculpe mas não o vou fazer e não vale a pena armar um escândalo na cantina.

Funcionária: A menina não fala assim comigo! Agora tire o carapuço depressa!

Eu estava me a passar com esta velhota e sabia perfeitamente que tinha as pontas pretas. Porra eu tenho as minhas razões.

Rose: Já lhe disse que não!-gritei

Funcionária: A menina não fala assim comigo!-a velhota também só sabe repetir frases- Vá já ter com o diretor!

Apesar de ela continuar a berrar acabei de comer o que tinha no prato e depois fui ter com o diretor.

Quando cheguei bati a porta e entrei.

Diretor: Boa tarde menina Brown, já soube do acontecimento que surgiu na cantina.-falou calmamente- Pode me dizer o porque do acontecimento?

Rose: Eu estava na cantina a comer com o carapuço na cabeça, depois veio uma funcionária e disse para eu o tirar.

Diretor: E porque não o fez?

Rose: Tenho as minhas razões.

Diretor: Que tipo de razões?

Rose: São coisas pessoais...- o diretor também já me estava a deixar um pouquinho irritada.

Diretor: Menina Brown, se não me disser as suas razões terei de ligar à sua mãe.

Rose: A sério que vai ligar à minha mãe só porque não tirei o carapuço da cabeça na cantina? Isso é absurdo.

Diretor: Eu ligo à sua mãe por desrespeito aos funcionários.- que irritante- Tem duas escolhas, ou tira o carapuço ou eu ligo à sua mãe.

Talvez não seja assim tão mau se eu tirar o carapuço, tenho a trança e as minhas pontas se se virem não vão mudar de cor agora, espero eu...

Começo a tirar o carapuço com a trança encostada nas minhas costas fazendo assim as minhas pontas não serem visíveis.

 Diretor: Não percebo qual o problema do seu cabelo.

Rose: Pois eu também não.- o aborrecimento começava a apoderar-se do meu corpo, neste momento as minhas pontas devem estar azuis. Tenho de sair daqui rápido!- Agora já posso ir?

Diretor: Pode sim, mas que isto não se volte a repetir. Tenha um boa tarde.

Saio do escritório, e a primeira coisa que faço é colocar de novo o carapuço a tapar o meu cabelo. Olho para o relógio do meu telemóvel e são 14:00H. Caminho até à saída da escola- visto que hoje já não tenho mais aulas- e começo a percorrer as ruas desta bela cidade.

Estava um belo dia de primavera já se viam as flores a florir e a relva dos jardins já estavam bem verdes.

Começo a sentir uma sensação estranha, como se alguém me estivesse a perseguir. Olho para trás e não vejo ninguém, que estranho. Caminho mais um pouco e aquela sensação anterior volta. Olho de novo para trás e como à pouco tempo,  não  vejo ninguém. Talvez seja melhor eu ir para  casa...

Magic Colors [Michael Clifford]Onde histórias criam vida. Descubra agora