Capítulo 1

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Acordo e são 09:00h, abro as janelas e meto o quarto a arejar. Visto uma roupa simples, desço as escadas e vou até a cozinha.

Rose: Bom dia, mãe! O pai?

Mãe: Ele foi resolver uns assuntos na empresa. O que vais querer comer?

Rose: Pode ser uma tosta mista.

Tiro o carapuço e as pontas do meu cabelo estão verdes, portanto, estou feliz!

Mãe: Estou a ver que estas feliz!-sorriu.

Rose: Estou mesmo! Hoje vou ficar na biblioteca até mais tarde! Posso não posso?

Mãe: Claro filha! Mas não te esqueças que amanhã já é segunda-feira!-gargalhou.

Rose: Mãe! Tu sabes que odeio segundas-feiras, para de me esfregar isso na cara!

Mãe: Estou a brincar!-rimo-nos as duas. Eu adoro a minha mãe ela é uma pessoa fantástica!- Tens aqui a tosta mista.

Rose: Obrigada!- dou-lhe um beijo na bochecha.

Pouso o prato com a minha tosta mista em cima da mesa, e de seguida vou buscar um copo de leite achocolatado para beber. Depois de aquecer o leite no microondas caminho para perto da mesa, sento-me e começo a tomar o pequeno-almoço.

Rose: Vou acabar de comer a tosta mista e depois saio.

Mãe: Ok! Mas tem cuidado.-avisou

Acabo de comer, escondo o cabelo, pego nas chaves e antes de sair grito um "AMO-TE". Saio de casa e dirijo-me até a biblioteca.

Quando chego, vou até a zona dos livros de aventura e pego num qualquer. Escondo-me num canto onde sei que ninguém me vê e tiro o carapuço.

Os livros são os meus únicos amigos, os únicos que estão prontos para me contar as suas histórias, os únicos capazes de por um sorriso na minha cara quando estou em baixo, o únicos que me fazem companhia... Eu gosto imenso deles, e eu percebo que realmente sou mais feliz com um amigo livro do que com um amigo humano. Eu já tive amigos humanos, mas eles não eram capazes de respeitar a minha privacidade, estavam sempre a tentar tirar-me os gorros ou carapuços só porque sabiam que me irritava e que eu não queria. Isso deixava-me muito em baixo, e foi o suficiente para eu perceber que as pessoas não são de confiança. As únicas pessoas em quem confio são os meus pais.

O livro que peguei fala sobre super-heróis. Era uma rapariga que nasceu com o poder de fazer as pessoas ficarem tristes, e ela odiava-se por isso. Camila, a rapariga que tinha os poderes, não sabia como colocava as pessoas tristes então começou a ter medo de se aproximar das pessoas, porque não sabia o que fazer para evitar as más situações. Um dia ela descobre como aquilo acontece: cada vez que ela sorria e se sentia alegre as pessoas à sua volta ficavam desanimadas. Então ela deixou de sorrir e de ser feliz, trancou-se no quarto e só saia de lá para comer uma refeição. Camila gostava de entender o porque de ser a única com aquele poder, o porquê de ser ela e de não ser outra pessoa.

vrrr, vrrr- sinto o telemóvel a vibrar nas minhas calças o que e faz interromper a minha leitura. Marco a pagina onde estou e atendo a minha mãe.

Rose: Sim?

Mãe: Filha, onde andas?

Rose: Estou na biblioteca.- sussurro.

Mãe: O quê?

Rose: Biblioteca.- volto a sussurrar mas um pouco mais alto

Mãe: Rose, eu não estou a entender nada.

Rose: Já te disse que estou na biblioteca!!!- digo irritada.

Xxx: Shiuuuu!! A menina faça pouco barulho, caso não saiba estamos numa biblioteca e tem de se fazer silêncio.

A senhora fica a olhar para mim fixamente e só depois me lembro que estou sem carapuço. Oh não...

Por favor que o meu cabelo não tenha mudado de cor, por favor que o meu cabelo não tenha mudado de cor, por favor que o meu cabelo não tenha mudado de cor,por favor que o meu cabelo não tenha mudado de cor.

Mãe: Filha???- pois é, o telemóvel!!

Desvio o olhar da senhora da biblioteca sem antes olhar para o meu peito e ver se a cor do meu cabelo tinha mudado. Que sorte!! O meu cabelo está todo atrás das costas, ou seja, as minhas pontas não estão à vista, mas então porque é que a mulher olhava assim para mim??

Rose: Diz mãe.

Mãe: Já são horas de almoço, anda para casa.

Rose: Ok eu vou já, vou só requisitar um livro e já volto para casa.

Mãe: Despacha-te, beijos.

Rose: Beijos!!

º

º

º

Depois do almoço vou até à casa de banho lavar os meus dentes por causa do aparelho, e quando me vejo ao espelho vejo que tenho um risco de caneta enorme na minha bochecha. Mas como fiz isto? Agora já percebo porque é que a senhora da biblioteca olhava para mim como se tivesse visto um ovni. Enfim... a minha mãe também podia ter-me avisado!!


//Novo Dia//

Acordo e são 06:20h levanto-me faço a minha higiene pessoal e visto uma camisola com carapuço com o símbolo da adidas acompanhada por umas calças pretas. Faço uma trança tentando ao máximo esconder as minhas pontas por entre o meu cabelo, para estar prevenida caso algum imprevisto surgi-se. Desço as escadas vou até a cozinha e preparo o meu pequeno-almoço. Depois de comer saio de casa e faço o meu percurso até à paragem de autocarro. 

Quando chego a escola vou até a sala ter aula de literatura, eu adoro esta aula é a melhor disciplina de sempre, a seguir tenho filosofia e depois matemática umas disciplinas que não me agradam nada, principalmente matemática.

Finalmente chegou a hora de almoço, dirijo-me até à cantina, uma divisão bastante grande, cheia de mesas e cadeiras e com pessoas a correrem para a fila enorme que se fazia.

Decido não ir já comer, por isso, vou para o meu canto ler um pouco.

As pessoas começam a vir para o corredor onde estava, conclusão a cantina está mais vazia.

Quando chego a cantina pego num tabuleiro e peço a comida, era massa a bolonhesa e a sobremesa era gelado de chocolate ou morango, mas eu escolhi o de morango. Caminho ate uma mesa bem ao fundo desta divisão e começo a comer.

Xxx: A menina não pode estar a comer com o carapuço, por amor de Deus que falta de respeito!

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Olá a todos!

Aqui está o primeiro capitulo desta história, espero que gostem!!!

PERGUNTA DESTE CAPÍTULO:

Será que Rose vai desvendar o seu cabelo?

Votem e Comentem!

<3 Joana






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