Leo Maddox.

Capítulo 2

As coisas andam rápido quando se tem dinheiro.

Estale os dedos e as pessoas respondem.

Assim que terminei de fazer as malas, o jato estava

abastecido e pronto. Meu motorista levou Regina e eu até o

aeroporto JFK

e a próxima coisa que eu sabia é que

estávamos embarcando no avião particular do meu pai –

deixando New York para trás para Blue Creek, Virginia.

Regina normalmente não vem comigo em minhas viagens

particulares, mas estávamos com pouco tempo com a

reinauguração acontecendo em menos de dois dias. Eu

precisava dela comigo como matar dois coelhos com uma

cajadada só. Esta viagem improvisada não era do meu feitio.

Trabalho sempre veio primeiro. Mas depois do sonho brutal e

ainda esclarecedor desta manhã, eu me dei conta de que

existem coisas mais importantes do que reinaugurações ou os

sonhos do meu pai. Ou até meus dos sonhos do meu avô.

Meu futuro estava em jogo. Eu podia sentir em meus ossos.

Eu tinha que estar em Blue Creek esta noite. Só tinha que

estar.

Minha carteira de motorista dizia que eu pertencia a

New York. E eu presumo que se você der uma olhada para

mim, você concordaria. Eu vivi na classe alta, na alta

Manhattan onde os padrões eram altos e o complexo de

superioridade das pessoas era ainda maior. Isso era o meu

mundo. Bem... Esse era o meu mundo noventa por cento do

tempo. Os outros dez por cento do tempo eu pertencia à

pequena cidade de Blue Creek, Virginia. Blue Creek era como

se fosse outro planeta, um planeta menor, mas eu amava. Eu

amava o ar fresco, o ritmo de vida mais lento, e o cheiro de

orvalho que vinha da grama recém cortada e perfeitamente

cuidada do campo de golfe Reed Ryder. Tão longe quanto as

aparências e pretextos vão, eu era um "Manhattaniano" por

completo. Mas eu sofria quando estava longe de Blue Creek –

provavelmente porque Blue Creek era meu único laço com a

garota que eu amava.

Quando crescia, eu passava verões na Virginia e o

resto do tempo em New York. Reed Ryder (você sabe, aquele

famoso jogador de golfe nos anos 90) era o melhor amigo do

meu pai. No passado, meu pai ajudou Reed a começar seu

pequeno resort/clube de campo no meio do nada, no sul da

Virginia. Lindo campo. Lindo clube de golfe. Mas depois que

minha mãe, a vadia caçadora de ouro que era, decidiu nos

abandonar, meu pai e eu passamos menos e menos tempo na