O fim de um começo

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1 mês depois...

Já se fazia um mês que Adriana  e Emmys estavam ficando. Muita coisa mudou na vida dela a partir daquela manhã de prazer. As duas saiam com frequência e com isso fez com que Emmys conhecesse lugares que ela não imaginava nem que existiam, ou até passou em frente mais nunca deu a devida atenção. Foram bares, boates e encontros gays, mudou a forma de se relacionar, já que conheceu novas pessoas nesses ambientes, porém se afastou de outras.

Ingra e Ianca não gostaram muito dessa nova Emilly, ciumes talvez, já que ela dedicava sua total atenção para sua futura namorada, que era isso que esperava que acontecesse pelo tempo que ficavam. O fato é que com o afastamento, Daniel também sumiu da sua vida, para seu alivio.

- Alô Emmys, esta em casa? Preciso falar com você. Disse Adriana com uma voz seria.

- Oi, sim estou, o que houve? aconteceu alguma coisa grave? Você vai ficar pra jantar, estou fazendo almondegas que eu sei que você gosta - Enquanto mexia a panela no fogão.

- Não precisa, o que eu tenho pra falar com você é coisa rápida, me aguarde, não saia de casa por favor.

- Tudo bem vou ficar aguardando você.

Emmys sempre foi muito curiosa de fato, e sempre ficava tentando imaginar o que as pessoas queriam lhe dizer quando usavam a frase "preciso falar com você". E assim foi [...] mesmo assim, resolveu fazer o jantar, e esperar sua amada.. vai que ela tinha alguma surpresa pra ela, um anel, um pedido de namoro oficial.

Não demorou muito, a campainha toca, ela ajeita seus cabelos enquanto se vê no reflexo da mesa, ajeita a roupa e abre aquele sorriso segurando o trinco da porta.

- Oi meu am.... se espanta com a imagem que vê. - E essas malas?

- Oi Emmys posso entrar?

-Claro que pode (ainda espantada), mais e essas malas? Não me diga que você deci.. 

- Calma Emmys, senta ai e vou te explicar. - interrompeu a garota antes mesmo que desse tempo dela imaginar varias suposições do que seria a cena com a tal conversa.

- Bom não sou de muitas palavras, então vou ser rápida até porque não posso me atrasar. Eu estou indo embora da cidade, é isso, vim aqui me despedir.

- O QUÊ??? - Emilly falou tão alto que quem passava pelo corredor a caminho do elevador, ouvirá o que dizia - Mas como assim você vai embora? e a gente e a oficina? Como vamos ficar.

- Calma Emmys deixa eu te explicar, eu vendi a oficina e...

Adriana havia herdado a oficina do pai, que faleceu quando ela tinha 16 anos e sua irma era criança, e teve que aprender a se virar sozinha pois sua mãe também havia falecido no parto da irma mais nova, e a mesma foi morar com uma tia distante. Adriana assim se virou, por ser uma jovem muito bonita, conseguiu o trabalho de modelo, onde se virava bem pra tomar de conta de si, da oficina e mandar dinheiro pra irmã.

- Mas como você vende e não me diz nada, e pior vem na minha casa de mala e cuia dizer que já esta indo embora. Você queria apenas me usar é isso, se aproveitar de mim, já estava tudo planejado e agora se vai da minha vida como se nada tivesse acontecido. - A moça chorava e soluçava de desapontamento se sentindo a pateta do ano.

- Oh alto lá Emmys, eu não usei ninguém, você nem me deixou falar, você nem sabe o que aconteceu, não seja egoísta. - pasma com as coisas que emmys dizia.

- E nem quero saber - se levantou apontando para a porta - saia da minha casa, não quero mais saber de você, não me ligue mais, vá embora daqui.

- Ok, se é isso que você deseja, assim será. Adeus Emilly. - Adriana partiu sem olhar pra trás, triste com o comportamento de Emmys.

Ao bater a porta, Emmys ficou ali sentada, chorando como nunca, se sentindo usada e humilhada, nem comeu só por lembrar que era a comida predileta de sua amada, que lhe deixou ali devastada no chão da sala, tendo o seu primeiro amor lésbico devastado, me via ali sofrendo por amor como nunca sofrera antes por nenhum homem.

Triangulo das BermudasOnde histórias criam vida. Descubra agora