Outubro, faltava um mês para o aniversário de Emilly, e a mesma não se sentia nem um pouco feliz em comemorações, já que seu namorado de quase 3 anos lhe deixava para viver uma vida de festas e azaração com seus novos amigos. Para muitos, os proximos dias seriam resumidos em choro e as noites e noites comendo chocolate e sorvete até não aguentar mais seriam a solução.
Emilly sempre foi do tipo romântica na sua adolescência, e passou maior parte dela em relacionamentos até que duradouros, outros nem tanto. Mas sempre lhe traumatizava quando chegava as vésperas dos 2 anos de namoro, que por muita coincidência, sempre terminavam próximo ao seu aniversário, onde sempre passara sozinha (desacompanhada), como foi o caso em questão. Já fazendo seus 20 anos de idade, ela só pensava em curtir e ficar com as pessoas que se sentiam atraídas por ela, e claro quem lhe atraísse de volta.
Certa noite sua amiga Ingra já sabendo do ocorrido, liga para a amiga na esperança de anima-la e lhe consolar, pois por conhece-la tão bem saberia o quanto estava deprimida (elas já tinham 7 anos de amizade, mesmo Ingra sendo bem mais nova do que ela, tendo apenas 15 anos , era do tipo bem "cabeça" no quesito maturidade, diferente de sua irmã mais velha Ianca, que tinha a mesma idade de Emilly e foi por ela que a amizade começou).
- Amiga tá tudo bem? Perguntou Ingra preocupada e sabendo que Emilly estaria em casa, pois a mesma estava desempregada e por ser bem aplicada na faculdade já estava passada nas matérias do período em que cursava.
- Nem eu sei dizer ao certo Ingra, um pouco sentida sei lá. Pensou a mesma sabendo que como é de praxe, seu aniversário se aproximava. - Só um pouco cansada de fazer nada talvez. - Se espreguiçando na cama.
- Olha hoje a noite eu vou sair, quer vir junto? Vou com 2 amigos, ta afim? Alias, você vai - Riu Ingra.
- Nossa, não sabia que tinha uma "mamãe mandona" assim. E para onde iriamos? - Perguntou até que interessada. - Preciso mesmo desopilar dessa casa, nada pra fazer é um saco.
- Vamos para um barzinho bem "natureba", eu não conheço ainda, mas já ouvi coisas maravilhosas de lá, e tenho certeza que você também vai curtir muito já que sempre se interessou por esse tipo de lugar.
Na mesma hora Emilly se levantou, pegou a roupa mais básica do armário, ela não era do tipo que se importava com roupas a ponto de se arrumar demais, sempre foi adepta de jeans, camiseta e all star. E assim foi após um belo banho demorado de 2 horas lavando o cabelo mediano.
Ao chegar ao local, se sentiu super a vontade, e gostou muito da presença dos rapazes, mas quem chamava mais sua atenção era a moça que se encontrava sozinha na mesa ao lado que não tirava os olhos de Emilly. No inicio se sentiu incomodada com a presença da jovem de pele branca, olhos castanhos alta, mais parecia uma modelo. Por ironia do destino, um dos rapazes que acabara de conhecer era conhecido da moça em questão, e chamou a mesma pra sentar com eles, pois foi ao barzinho sozinha e não estava a espera de ninguém.
Papo vai papo vem, aquele incomodo se tornou um interesse, Emilly não tirava os olhos da jovem de nome Adriana, e pasmem! Ela de fato era modelo como imaginava. Ingra percebeu que um de seus amigos, Daniel se interessara por Emilly, mas ela nem piscava de tão encantada que ficou por Adriana.
No fim da noite, Adriana chamou Emilly pra sair a sós, Daniel vendo a situação não deixou pra trás, não revidou e disse que iria junto, pois assim teria mais chances de se "apresentar" a Emilly e assim encantar a jovem.
- Emilly se você quiser me acompanhe. Chamou Adriana em direção a sua moto modelo Suzuki Boulevard M800, que deixou ela encantada, pois era uma de suas paixões.
- Claro que eu vou com você! - Exclamou Emilly super empolgada com a moto e o interesse em conhecer aquela pessoa que tanto lhe chamava atenção.
- Mas Emilly, carro é mais seguro, e dependendo do horário posso te levar em casa no meu carro, Ingra vai com meu irmão e você pode me acompanhar. - Falou Daniel um pouco frustrado com a animação da mesma.
- Desculpe Daniel, eu sou apaixonada por motos, e ela me convidou primeiro, mais você pode seguir a gente, não sei para onde estão me levando, mais estou adorando a ideia de me aventurar.
E assim foram os 3, Emilly segurando firme na cintura de Adriana, para esse local desconhecido que lhe intrigava muito de ansiedade, e logo atrás vinha Daniel. Ao chegar lá a surpresa de ambos, Adriana os levara a um bar gay. Daniel se recusou a entrar, mas Emilly não revidou, e segurou na mão de Adriana (para espanto da mesma com a atitude da moça), e afirmou enchendo o peito de ar - EU VOU FICAR!
Daniel se foi bufando de ódio pelo atrevimento de Adriana, e Emilly após perceber onde estava se tremia e suava as mãos por nunca ter andado em uma, e pior, não sabia como se comportar como tal, pois para as pessoas que as olhavam achavam que era um casal.
- Você está bem Emilly? Perguntou Adriana após escolherem um local no canto do bar, com baixa luminosidade. - Estou sim, não se preocupe.
- É que você parece um tanto desconfortável, se não esta se sentindo bem vamos a outro local.
- Não é isso, pra ser sincera nunca vim aqui antes, alias, nem aqui e nem em outro bar gay da cidade ou seja la de onde fosse. Falou cabisbaixa.
- Não se preocupe meu anjo - falou segurando em sua mão - eu sei que você não é lésbica.
- E por que me trouxe aqui então?! - tirou a mão rapidamente se afastando de Adriana.
- Não sei mais posso descobrir [...] No susto estava Emilly selando um beijo com ardor, quando sentiu sua língua entrelaçar a dela, com um gosto macio e doce, que lhe deixava nas nuvens. O toque de Adriana fazia seu corpo estremecer, e ao lhe segurar pela nuca, puxando suavemente seu cabelo lhe envolvia mais ainda em seus braços.
Após algumas biritas, Adriana lhe levou em casa, e Emilly não conseguia tira-la da cabeça, e fincou a noite inteira no seu travesseiro pensando, meu Deus, eu sou lésbica, será isso que faltava, nunca senti isso antes na minha vida com ninguém, será que me descobri gay.
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Triangulo das Bermudas
De TodoEmilly era uma jovem de 19 anos que vivia para o mundo. Não era de se apegar e muito menos de demonstrar afeto pelos outros. Até que conheceu um lado seu que nem ela mesma conhecia. E iniciou o ciclo não de um romance, ou dois. E sim três.. um trian...