O amor constroi

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O encontro enfim terminou, não para Emmys e Fada, que continuaram pela praça mesmo depois de toda a tempestade. A calmaria então reinou com a presença apenas das duas. Já anoitecera e após horas de conversa e risos infinitos, Emmys então percebeu que já era bem tarde.

- Caramba, já são 11 hrs da noite, como eu não percebi a hora passar tão rápido - disse Emmys olhando para seu celular.

As duas estavam em um barzinho próximo de onde o encontro havia rolado, e nem perceberam o tempo passar.

- Nossa já são isso tudo, to ferrada - Fada coçou a cabeça de preocupação.

Fada era menor de idade, tinha apenas 16 anos e ainda morava com a mãe que era separada. Devia satisfações a ela, mesmo ela se sentindo "do mundo".

- O que houve Fada, ta tudo bem?

- Ta e não ta [...] moro longe e já ta tarde, daqui que eu chegue em casa minha mãe vai me matar.

- E agora o que vamos fazer? - perguntou Emmys preocupada.

Emilly era muito ingenua, sempre se preocupada com as pessoas, sempre pensava nos outros antes, na esperança de ajudar e  resolver os problemas.

- Posso dormir na sua casa Emmys? Não queria pegar ônibus da madrugada e também se eu for minha mãe vai estar me esperando, se souber que bebi então pelas horas que sai, vou me ferrar.

- Tudo bem, desde que ao chegar lá você ligue pra ela, não terá problema algum. Peço só que avise para não preocupa-la.

- Tudo bem, nós já vamos ou ficamos aqui? - Perguntou Fada com dúvida já que não teria mais motivos para se preocupar, tendo um lugar pra passar a noite, para ela poderiam até virar ali mesmo.

- Não, vamos direto para casa, já bebemos demais, e temos que ligar pra sua mãe bobinha.

- Ah é né, hehe.

As duas se dirigiam a um táxi e foram, Emmys morava próximo da praça, coisa de 10 min dali indo de carro, e não demoraram a chegar no condomínio em que morava pois já era quase meia noite e não tinha transito.

- Boa noite - Disse Emmys ao porteiro, que até estranhou a nova visita, acostumado apenas com as visitas femininas de suas duas amigas, Ingra e Ianca que sumiram do mapa, e da vida de Emmys.

No elevador as duas ficaram olhando os números passarem ate chegarem ao 4º andar em que Emilly morava, e assim se manteve ate entrarem e apresentar a casa para Fada. 

- Nossa que legal seu apê muito lindo - falou a mesma deslumbrada com o que via.

- Não repare na bagunça - pegando objetos pessoais espalhados pela casa.

Emilly era de uma família de classe media alta, sempre teve tudo que quis e não trabalhava porque recebia uma mesada gorda dos pais, que queriam que sua filha estudasse.  Como morava sozinha e quase nunca recebia visitas (apenas Adriana que era frequente), não se preocupava muito com a estética da casa, e nunca deixava tudo arrumadinho no lugar, sempre tinha uma bagunça organizada.

- Uau, amei aqui - Fada se jogando no sofá já se sentindo em casa.

- Você quer comer alguma coisa? Posso preparar algo pra gente, mas enquanto isso ligue para sua mãe que ela deve estar preocupada.

Fada era bem maluquinha, e enganou Emmys nesse ponto, fingindo ter ligado, até porque se fizesse isso sua mãe bateria lá para pega-la.

Após o jantar, Fada não parava no celular mandando mensagens, e isso deixava Emmys curiosa.

- Me desculpe a intromissão, mais com quem tanto conversa, que lhe deixa tão longe.

- Ah nada demais, só conversando com a galera do grupo.

- Grupo? Mais que grupo? Não vai me dizer que você está falando no grupo que estou? Disse que estava aqui?

- Sim, e o que tem demais, tô solteira, você também.

- Ta maluca Fada, você terminou o namoro na frente de todo mundo por minha causa praticamente, pois foi isso que todo mundo achou, e você ainda diz que está aqui. - Emilly corre a procura do celular pra saber o que tanto dizem a respeito do acontecido, e o que mais espanta é o fato do que Fada dizia.

Trechos da conversa ......


'' Galera tô na casa da Emmy's, muito legal o apê dela. Tô aqui sozinha com ela, e tipo será que rola?"


Todas incentivavam a Fada a botar pra cima, e o pior, Emmys foi tachada de "molenga" por ser mais velha e não chegar na garota.

- Mas que diabos está fazendo, e isso que dizem de mim, eu não sou mole coisa nenhuma.

- Não? - Fada se aproximava de Emmys. - Não eu não sou!

- Então me prove.

Emilly praticamente pulou em cima da garota como uma leoa faminta dando o bote. Agarrou Fada para seu colo, e a beijou como não fazia a muito tempo. Beijos ardentes, com suspiros ofegantes eram ouvidos do corredor, as mãos sincronizavam os movimentos pelo corpo de cada uma como uma dança ensaiada. A fúria deixava marcas de arranhões enquanto despiam seus corpos até chegarem ao quarto de Emmys. 

Lá, Fada parou e fixou seus olhos a Emmys querendo dizer algo, mais não queria estragar o que estava acontecendo, mais tinha que dizer. O pior, ou quem sabe o melhor, é que Emmys também queria lhe dizer algo já que não era tão experiente quando aparentava ser, mesmo tomando as rédeas da situação.

- Emmys, eu tenho uma coisa pra te dizer - se sentindo envergonhada.

- Fale Fada, não se sinta mal, pois assim você vai acabar me constrangendo também - deitava sobre a moça semi-nua enquanto acariciava seu rosto.

- Éer que eu nunca deixei uma mulher me tocar e... - Você nunca se deitou com uma mulher antes? - interrompeu Emmys.

-Não, não..  eu já me deitei sim, o problema é que eu sempre ia nelas entende, eu sempre fui a ativa, nunca deixei que chegassem em mim.

Emmys se sentiu ate aliviada com a situação, já pensou o desastre que seria ser a primeira de alguém se nem ela mesma tinha tanta experiencia como imaginava a garota.

- Bom já que você esta me confessando isso, e não nego que fico feliz com que ouvi, também tenho algo a te dizer. Eu nunca toquei uma mulher, eu sempre fui tocada. E você seria minha primeira também.

- Serio, hmm, isso até me deixou excitada, quer me possuir? Se você quiser eu sou toda sua agora! - Fada era jovem e maluca, mais era bem decidida quando queria uma coisa. Apesar de impulsiva não era do tipo que falava e depois se arrependia depois, vivia cada momento. 

Aquelas palavras deixaram Emmys nas nuvens, e tão feroz quando a leoa que despertou nela minutos antes. Após essa declaração, Emilly entrelaçou a garota em seu corpo e a beijou como nunca na vida, como se não houvesse amanha. Ainda de calcinha, Emmys percorreu o rosto da garota descendo pelo seus seios medianos, apertando seu corpo enquanto a mesma se contorcia e respirava ofegante na expectativa de até onde suas mãos iriam. As carícias foram enlouquecendo as duas, enquanto Emmys percorria sobre a calcinha umedecida do prazer que Fada já sentia, conhecendo o território que ja lhe frisava. Com água na boca, os seios se salientavam, e os dedos já de encontro ao prazer ouvidos através de seus gemidos ao mesmo movimento da penetração que se iniciou lentamente e se prolongou sem controle. 

Quanto menos notaram já era dia, e será que ficaria apenas nisso ... ?

Triangulo das BermudasOnde histórias criam vida. Descubra agora