Aproveitamos que minha tia não estava em casa e ficamos por lá mesmo, procuramos a tal chave por toda a casa até que eu me lembrei de que minha tia carregava uma chave no pescoço como se fosse um colar.
Eu:
- Raphael?
Raphael:
- eu.
Eu:
- Minha tia tem a chave!
Raphael:
- E onde está?
Eu:
- No pescoço dela.
Raphael:
- Se pelo menos a gente soubesse onde ela está!
Eu:
- Ela pode ter ido a qualquer lugar e é praticamente impossivel recuperar a chave.
Raphael:
- Eu vou sair pra caçar e daqui a pouco estou de volta.
Eu:
- Tudo bem.
Raphael foi caçar e eu fiquei aqui sozinha, estava com muita fome, então desci para fazer um lanche.
Enquanto comia, ouvi passos lá em cima.
Eu:
- Raphael? É você?
E ninguem respondeu, subi as escadas para ver o que era, mas não tinha nada lá em cima. Perdi a fome e fui ao banheiro escovar os dentes, fiquei me olhando no espelho quando vi uma sombra, olhei para tras e não havia nada, quando me virei para o espelho vi minha tia, ela estava totalmente palida com a pele apodrecida, com os cabelos brancos, praticamente sem vida.
Eu:
- Charlote?
Charlote:
- Você precisa sair desta casa o mais rapido possivel!
Eu:
- Como? Porque?
Charlote:
- Eles me acharam, e vão achar você também! Pegue essa chave, abra o baú e saia daqui!
Eu:
- Quem vai me achar?
E de repente ela sumiu, simplesmente desapareceu no espelho.
Raphael:
-Miih?
Eu:
- Aii Raphael, que susto!
Raphael:
- Desculpa, eu não queria te assustar. Porque está assim? O que aconteceu?
Eu:
- Minha tia.
Raphael:
- Ela estava aqui? Mais ela te odeia!
Eu:
- Eu sei, mas ela apareceu no espelho, mandou eu sair dessa casa e me deu a chave.
Raphael:
- Tudo isso é muito confuso.
Eu:
- Vamos abrir logo.
Raphael pegou o baú e eu a chave, conseguimos abrir porém o que tinha lá dentro era horrivel, tinha um boneco feito de galhos e algumas tiras de pano, era algo parecido com magia negra, alguns frascos com liquidos de cores variadas, e um livro negro, suas palavras pareciam feitiços, e a cada linha um feitiço diferente.
Eu:
- Rapha olha isso!
Raphael:
- Nossa! Se eu conseguisse decifra-las ia ser bem mais facil.
Eu:
- Como assim decifra-las? Ta na sua cara!
Raphael:
-Eu não tô entendendo nada disso!
Eu:
- Como assim? Eu consigo ler claramente o que está escrito!
Raphael:
- Talvez só você consiga ler.
Eu:
- Que estranho. Espera! Tem um endereço aqui.
Raphael:
- Onde fica?
Eu:
- Rua 32 casa 6, uma senhora muito estranha mora lá, ela não fala com ninguém.
Raphael:
- Será que a tal velhinha sabe a resposta de tudo isso?
Eu:
- A gente vai ter que ir lá pra descobrir.
