A Preparação De Holt e Cara

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     Meus pés tocam a superfície do piso, enquanto analiso alguns casos para serem solucionados no tribunal. Tem cada caso em que eu sou o advogado de quem será julgado. E também, advogado de quem está processando. Até no Natal eu tenho que rever isso.

Sou a advogado de um cara que cometeu um assassinato. Matou um cara que era dono de uma grande empresa de chocolate. Acho que o grande empresário estava dormindo com a mulher do homem cujo estou protegendo. Bem... ele diz que não matou o empresário. Mas tudo aponta pra ele, e embora eu o defenda, sei que ele realmente matou. Mas fui contratado então tenho que fazer o possível pra proteger ele da cadeia. Mas não tem como. Ele logo vai ser preso e o caso se dará por encerrado.

      Também estou em um caso que me entrega muita dor de cabeça de graça. É de um mãe que está sendo acusada de botar fogo em uma casa e assim, matar sua vizinha. Na verdade a acusação que fizeram dela não faz nenhum sentido, ja que ela nem mesmo estava no local na hora em que o incêndio começou. E tem mil provas disso. Ela é inocente e vai sair dessa. Bem... ser advogado desgasta muito uma pessoa, mesmo dinheiro sendo bom.

    Sinto mãos atrás de mim, acariciando meus ombros e descendo pelo meu tórax. Mesmo a milhares de quilômetros eu reconheceria esse toque macio e confortante.

Minha esposa. Que foi a minha namorada e foi a mulher com a qual eu me casei. Cara.

É meio irônico, pois agente se conheceu devido o incidente do passado, com a criatura que queria tanto me matar. Mas sou muito feliz com ela.

- o Peru está pronto. Daqui a algumas horas o pessoal vai chegar amor, e teremos de arrumar a mesa no quintal dos fundos. Poxa... é Natal.  Deixa esses casos quietos um pouco. Você não me viu analisando trabalhos de alunos logo nessa data. - ele diz
Me viro para ela, encarando aqueles lindos olhos verdes e a beijo.

- é que... bem... Eu ja tinha temperado o porco e era só agora terminar o puré de batata. Pensei que poderia revisar alguns casos. - digo

- Bem... pode deixar isso de lado. Terá tempo suficiente. Hoje você será nosso e não do tribunal. - ela arranca as folhas da minha mão e fecha a minha pasta.

- ok então. - sorrio

- Bem... fizemos o Peru e o porco assado. Uma grande tigela de puré de batatas... compramos várias garrafas de vinho, espumantes e suco para as crianças... acho que é o suficiente. Nossos amigos também vai trazer vários pratos. - diz Cara

- pois é. - sussurro, enquanto beijo ela novamente.

Logo minha visão se distrai e eu olho para o canto, onde minha filha Sophie está correndo, vestida em roupinha de bailarina. Não que ela pratique o balé, mas ela usa como se fosse uma fantasia. Ela está brincando e sorrindo, com uma boneca em sua pequena mão. Uma boneca de fada. A boneca que a Isabela deu para ela.

- oi papai... - ela sorri para mim, quanto corre para a cozinha, levantando o brinquedo, como se ela pudesse voar.

- oi filha. Brincando muito? - pergunto

- sim. A titia me deu a boneca. - ela sorri, mostrando um pequeno buraco em seu dente, resultando do arrancamento de um dente.

Logo ela sai do cômodo.

- não acredito que Isabela realmente deu o brinquedo para ela. - suspiro

- você sabia que ela daria para a Sophie Holt. - Cara sussurra

- eu sei. E não estou bravo ou chateado mas... bem... quer dizer, damos vários brinquedos para ela é de tanto ela brincar ele estraga logo ou quebra alguma peça. E ela está cuidando tão bem dessa boneca. É como se o destino estivesse dando um tapa em nossa cara. - abaixo a cabeça.

- não Holt. Não é uma coisa ruim... é so um brinquedo. Não é um sinal dela. Já foi. Ela morreu. E se passou 17 anos. É o confirmado disso. - Cara responde

- eu sei. Só queria que... que Luce, Liam, Harry e a Ana estivesse aqui. Não posso acreditar que eles perderam suas vidas na mão daquela coisa. - olho para ela

- eles sabiam o que estava em jogo. Eles não perderam suas vidas a toa. Não foram em vão. - Cara suspira.

- eu sei... só que... Eu não consigo me conformar em ver que 17 anos se passaram e comemoramos várias ocasiões especiais sem eles. Que eles poderiam estar aqui. - digo

Cara suspira.

- quer ir la? - ela pergunta. Não só por mim. Sei que ela também quer. - a comida ja esta pronta mesmo. E ainda temos algumas horas até a hora da ceia.

- acho que me sentirei muito melhor se for. - digo

- eu vou buscar a Sophie. - coloque o casaco. Esta um pouco frio la fora.

- os presentes das crianças já estão embrulados? - pergunto

- já. Os presentes que você comprou vão combinar com cada um. Fiquei muito muito feliz com a ação do Trevor e do Gabe adotarem uma criança. - ela sorri.

- também gostei. Bem, vamos la. - digo

Me levanto, enquanto ela pega Sophie e a boneca com asas. Coloco meu casaco e me encaminho até a porta.

Pequenos Tons De Luz (Em Reforma)Onde histórias criam vida. Descubra agora