28º Convite: Seja grato a Deus por seus inimigos!

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"Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus." ()

Realmente, confesso que a proposta desta mensagem não é nada fácil, mas no decorrer dela, com a ajuda do Senhor, acredito que você poderá entende-la melhor e ver que não se trata de uma utopia. Todos sabemos de cor o velho jargão: "sem lutas não há vitorias", mas nem por isso ficamos desejosos por passarmos por tribulações, a não ser que sejamos masoquistas (risos). Contudo, a bíblia nos convida a durante nossas tribulações lembrarmos de que elas são momentâneas e leves se comparado com o peso eterno de glória que produzirá sobre a nossa vida; para isso, devemos manter a paciência e a oração. "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;" (2 Coríntios 4:17); "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;" (Romanos 12:12). No decorrer desta mensagem veremos como é possível praticar estes versículos.

Quando Deus me trouxe este convite, logo veio, nitidamente, em minha mente, uma passagem bíblica que me emociona bastante. Trata-se da história de Ana, mãe de Samuel. Nós acompanharemos o comportamento de Ana diante da perseguição de sua inimiga, a cruel Penina (você poderá ler a história em 1Samuel, capítulos 1 e 2). Ana era casada com Elcana e disputava seu coração com sua rival, Penina. Ana tinha o amor de Elcana, mas era estéril. Para uma mulher, naquele época, dentro da cultura de Israel, essa era uma das piores condições que a vida poderia lhe proporcionar, pois a esterilidade era considerada uma maldição.

Na cultura hebraica, os significados dos nomes tinha um valor profético sobre a história de vida das pessoas. Assim, o nome de Ana significa graça, o que nos remete ao favor imerecido de Deus para mudar o quadro de tristeza e humilhação que esta mulher passava constantemente. O de Penina significava pérola, ou seja, valiosa, próspera, o que se comprovava por sua numerosa quantidade de filhos.

Se não bastasse o contexto cultural que atribuía dor à Ana, uma vez que precisava se deparar com o olhar discriminatório da sociedade, por conta de sua infertilidade...Ainda existia sua arque inimiga, Penina. Veja esse versículo: "E a sua rival excessivamente a provocava, para a irritar; porque o Senhor lhe tinha cerrado a madre." (1 Samuel 1:6). A dor de Ana era potencializada pelas excessivas provocações de Penina, que tinha como objetivo desestabilizar o emocional de Ana.

Você conhece alguém como Penina? Pessoas que pelo "status", "posição hierárquica", "dinheiro", "poder", sentem um maligno prazer em provocar desiquilíbrio nas emoções de outras pessoas? Penina era assim, alguém que não se contentava em "ter algo", ela queria exibir o que tinha, massacrar sua rival, se alegrava diante das incessantes lágrimas de Ana, de modo que a alma de Ana foi ficando amargurada pela dor.

Imagine a seguinte cena: Ana sentada na varanda de sua casa, sonhando com seus filhos correndo ao seu encontro. Ela podia ver seus rostinhos, eles eram lindos, tinham a maçã do rosto avermelhada e os olhos eram parecidos com os dela! Ela conseguia sentir suas pequenas mãozinhas sobre as dela...Dando um pouco mais de asas à imaginação, deveria sentir como se os tivesse segurando em seus braços. Ela os levantava, rodava com eles, enquanto admirava seus sorrisos e gargalhadas de alegria...Até que sua imaginação é interrompida pela voz de sua rival...Penina passa em sua frente, com seus vários filhos, e lhe dá um impiedosos choque de realidade dizendo que seu sonho nunca se materializará, ela nunca provaria do sabor da maternidade. Ela diz, com tom de ironia, duras palavras aos ouvidos de Ana: - O que estás fazendo, Aninha? Deixa eu adivinhar: Você está sonhando acordada com os filhos que nunca poderá ter!? (Uma gargalhada em meio a fala). Pobrezinha...É melhor aceitar o fato de não ser capaz de gerar filhos...Afinal, você sempre será uma estéril! Eu, ao contrário, sou uma mulher completa, tenho o que você nunca terá! Você nunca será mãe!!! Nunca!!! (Com mais uma gargalhada, ela faz sua saída maquiavélica, deixando Ana atordoada com aquelas provocações que pareciam ecoar em sua mente, de modo a tentar roubar-lhe as esperanças que abrigava à duras penas).

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