A forma com que vemos os obstáculos da vida determinará a atitude que tomaremos. Deus permite que enfrentemos as dificuldades para alinhar a nossa visão com a DELE. Eventualmente, Ele permite que escutemos palavras duras e ofensivas para que possamos adquirir ouvidos capazes de escutar de tudo e reter somente o que é bom. Permite que tenhamos uma crise financeira para nos movermos na direção de cursos de aperfeiçoamento profissional e, desta forma, atingirmos degraus de conquistas que o comodismo não nos impulsionaria.
As crises vem no casamento, na vida profissional, na igreja, no ministério, mas podemos vê-las como algo ruim ou vê-las como uma oportunidade maravilhosa de crescimento, de superação, de consolidação de nossas raízes em Deus...Podemos vê-las como a chance de "sairmos de nossa zona de conforto". A questão é que não gostamos muito de crescer, não é verdade? O processo de crescimento traz consigo dores, transformações em nossa mente, quebra de paradigmas. Não é nada agradável, mas é necessário. Todo organismo saudável precisa crescer e não há maneira melhor de se fortalecer do que fazer exercícios, correto? Sim, por isso nos deparamos com situações que nos fazem refletir se, o que conhecemos em teoria, conseguimos aplicar na prática.
Todos nós sabemos que devemos fazer o bem para as pessoas esperando a recompensa vinda dos céus, contudo, somente quando observamos no que nos tornamos diante da ingratidão, da falta de reconhecimento, das injustiças, que constatamos se a teoria se transformou em realidade em nossos corações. Normalmente, achamos que nos empenhamos em ser uma boa pessoa, apenas, com a motivação de praticar o que Jesus disse: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22:39)" Mas, verdade seja dita, a expectativa pelo reconhecimento, pelo agradecimento, pela promoção, pela aprovação, pela retribuição de alguma forma, ainda está dentro de nós...E aí, quando recebemos algo diferente do que plantamos, em muitas das vezes, nós murmuramos, nos indignamos, desistimos de fazer o bem para não corrermos o risco de sermos novamente desvalorizados...Vestimos uma couraça que não é a nossa, adotamos uma ideologia contrária à do Reino e assumimos uma identidade diferente do que as divinas mãos do Mestre desenhou em nós...
Por que Ele permite que lidemos com pessoas ingratas? Talvez, Ele queira nos ensinar a difícil lição de não esperar as recompensas dos homens, mas todas as coisas devem ser feitas com a motivação de agrada-lo, pois Dele virá a recompensa. "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (Gálatas 6:7); O Mestre deseja que aprendamos a não dar o controle de nosso emocional a outros, de modo a determinarem se vamos ter um dia feliz ou triste...Ele quer que aprendamos a submeter cada pensamento ao Senhorio de Cristo. "Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento (em algumas versões, pensamento) à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5).
O Metre do amor e da compreensão quer nos ensinar a não focar nosso olhar nas falhas das pessoas, quer que entendamos que o ser humano é muito mais do que a soma de seus acertos e desacertos ao longo da vida. Temos uma tendência natural de achar que "os pecados" dos outros são maiores do que os nossos, que os erros dos demais pesam mais do que os nossos na balança de Deus, mas quando assim pensamos nos colocamos em um patamar de superioridade que nem Jesus - sendo completamente santo - se colocou; Jesus, na cruz, pediu ao Pai para que perdoasse a multidão que o condenou a morte, porque conseguiu ver o que ninguém mais conseguia em cada ser humano....Lembra-se da passagem da mulher adultera levada para ser apedrejada?
Todos viam uma adultera - arrastada pelo chão - com seu corpo esfolado e suas vestes rasgadas; sua sentença já tinha sido decidida. Sua morte era eminente. Mas, a única pessoa digna de condena-la não o fez. Ele não a condenou, Ele a amou. Ele olhou em seus olhos e viu não o seu pecado, mas o seu valor enquanto mulher, seu importância enquanto ser humano, suas carências, suas frustrações, seu potencial não desenvolvido. E, por isso, disse: "Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." (João 8:11). Ele não exigiu que ela ficasse, que o seguisse, Ele a liberou para ir em novidade de vida. E, porque a libertou, nunca mais foi a mesma e o seguiu até a cruz. O que diríamos de Zaqueu? Qual de nós iriamos almoçar na casa dele? Mas, enquanto todos viam um homenzinho corrupto, Jesus via ali um coração capaz de se arrepender; O Mestre do amor viu uma alma quebrantada, sedenta por perdão, alguém que ansiava por transformação em seu caráter "E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa." Lucas 19:5. Qual de nós recrutaríamos a Pedro? E, ainda mais, se soubéssemos que Ele nos negaria? Ele era grotesco, rude, queria resolver tudo na violência...Mas, Jesus viu nele um coração de discípulo, Jesus viu nele um apostolo que lá na frente a sombra dele curaria as pessoas. Você percebe, querido(a), o quanto a visão de Cristo vai além da nossa capacidade humana? Foi por isso que Ele nos escolheu, quando estávamos como o "patinho feio" no mundo, nos acolheu, porque não olhou para nossas falhas, para nossas hesitações em obedece-lo, Ele viu muito mais em mim e em você do que possamos compreender.
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Livro "Convites de Deus para você"
SpiritualNeste livro, você terá a oportunidade de refletir sobre os convites que Deus faz para você, em seu cotidiano, por meio de cada situação vivenciada. Com uma linguagem clara e envolvente, a autora faz alusão a diversas desafios que enfrentamos e dem...