14º Convite: Não desista de ser quem você é, mesmo diante das ofensas

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Você consegue se recordar se já passou pela triste experiência de ser desqualificado, ser ofendido em sua dignidade, ser julgado de forma injusta? Dói, né!? Não é fácil escutar alguém nos definir de uma forma que não tem conexão com o que somos, correto? Não há prazer algum em ouvir alguém desmerecer todo nosso sacrifício, nosso esforço em sermos a cada dia melhores, não é verdade? Quanto mais próximo é o vínculo emocional das pessoas que nos desqualificam, maior é o impacto das palavras em nossa mente e coração.

Algumas pessoas não tem noção do quanto podem ferir as outras com suas palavras, outras não só sabem disso como, efetivamente, sentem um certo "prazer maligno" em usar esta habilidade negativa para desestabilizar o emocional de outras.

Há duas verdades sobre isso que, para mim, são inegáveis: Primeiramente - Normalmente, as pessoas que mais ferem com palavras, são as que menos toleram ouvir o que não as satisfaz. Em segundo lugar - Comumente, alguém que fere é alguém que está ferido. Em alguns casos, o ferido assume a identidade do algoz e destila do mesmo veneno que um dia o contaminou.

Um equívoco comum que cometemos é querer provar que o outro está errado a qualquer custo... Fazemos de tudo para "enfiar a verdade goela abaixo" de nossos ofensores...Quando temos a oportunidade, muitas das vezes, entramos no jogo do ofensor e nos igualamos a ele, quando tentamos por meio de debates provar nosso ponto de vista...O outro se arma mais contra nós, e nós também nos "armamos até os dentes." Só que a briga de egos só gera confusão, distanciamento, discórdia, murmuração, tristeza, dificuldade de liberar perdão, não é sem razão que a bíblia nos alerta que: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Provérbios 15:1). Shakespeare nos leva a reflexão, nesta mesma linha de pensamento, ao dizer: "É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada."

Mas, como conseguir dizer uma resposta branda no meio de uma discussão calorosa?

Isso somente é possível, quando conseguimos vencer a nossa pressa em responder. Quando encontramos forças para dar alguns minutos para organizar os pensamentos...Quando esperamos alguns minutos para que o outro se acalme para escutar...Nos desarmamos, para que desistamos de nosso ardente desejo de provar o tempo todo que estamos certos. Muitas das vezes, a melhor resposta que encontraremos, após acalmarmos nosso ânimo, será o silencio. Dr. Augusto Cury chama o silencio de "a oração dos sábios." Realmente, somente os sábios conseguem se calar, mesmo quando tem inúmeros argumentos, mesmo quando tem inúmeras razões para falar, mas não o fazem para evitar um mal maior ou porque discernem que este não é o momento ou a forma de mostrarem que estão certos. "O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz." Aristóteles

Bem, acredito que Jesus tenha muito a nos ensinar sobre esse assunto, porque o Mestre do amor sabe muito bem o que é ser julgado de maneira errada, injustiçado, chamado de algo que não era.... Vamos abrir a bíblia um pouquinho? Então, vamos lá! "Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios." (Mateus 12:24).

Os fariseus estavam diante do próprio Cristo e não conseguiam vê-lo desta forma, eles o acusaram de expulsar os demônios por Belzebu! Então, queridos, da mesma maneira, se nosso Cristo ouviu tamanha manifestação de ignorância, e desrespeito, então não estamos livres de enfrentar esta situação desagradável em nosso trabalho, em nossa casa, em nossa igreja, não é verdade? Não somos mais legítimos do que o nosso Senhor, concorda? Pois é, a história não acaba por aí! Por não enxergarem a identidade de Jesus, na sua própria Cidade, Ele não pode operar milagres, e afirmou: "Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra". E não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los. (Marcos 6:4,5). Forte este versículo, né!?

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