32º Convite: Aceite sua humanidade, ela o torna mais parecido com JESUS!

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Já passou por alguns momentos tão difíceis que desafiaram sua fé ao ponto de experimentar a sensação de "abandono", de "desproteção"? Sentiu um aperto no coração desencadeado por uma angustia que te fez se sentir tão pequeno e impotente diante dos desafios? O medo de tomarmos uma decisão equivocada, a dúvida se estamos na direção certa, parecem nos fazer companhia nestes momentos tenebrosos, não é verdade? E devemos sentir vergonha disso? Devemos nos sentir menos cristãos, quando temos nossas emoções permeadas e conturbadas com tais sentimos? Na verdade, Jesus nos ensinou que tudo isso faz parte da nossa humanidade. Mesmo sabendo que nunca estaremos sós, porque Ele nos prometeu em Mateus 28:20 que sempre estaria conosco...Mesmo sabendo que não há lugar que a suas mãos não são capazes de nos proteger...Ainda assim, podemos experimentar do medo, da tristeza, da angustia.

Até mesmo nosso Grande Mestre do Amor, no Jardim do Getsemani, experimentou uma enorme angustia, quando clamou ao Pai: "Se possível, passa de mim este cálice, contudo seja feita a vossa vontade." Percebeu o detalhe que, muitas vezes, distingue o Getsemani de Jesus do nosso Getsemani? Equivoca-se quem acha que o fator diferenciador é a presença de instabilidade emocional, como se tal estado, ainda que passageiro, fosse sinal de fraqueza. A grande diferença está na postura, assumida por Jesus, de submissão ao Pai.

Cristo, mesmo sendo parte da Santíssima Trindade, quando em separado da mesma, experimentou das implicações de sua natureza humana. Mesmo sendo divino, enquanto homem, separava momentos para estar com o Pai, em oração, em clamor, em comunhão, em submissão a sua vontade, pois sabia que O Pai estava no controle, por pior que parecesse o calvário que o esperava. Por isso, vemos no versículo seguinte, que a ajuda dos céus veio enquanto ele orava: " E apareceu um anjo do céu que o fortalecia." (Lucas 22.43)

Por vezes, não recebemos o fortalecimento dos céus, porque não estamos nos submetendo a vontade de Deus, queremos que tudo aconteça do nosso jeito e no nosso momento; E por qual motivo fazemos isso? Temos medo de ceder o controle, porque a "ilusão do controle" é muito importante para nós. Não queremos encarar a realidade de que não temos controle nem sobre o fio de cabelo que cai da nossa cabeça... Jesus conseguiu ceder o controle, porque era um com o Pai; Ele o conhecia tão intimamente que compreendia o que a palavra de Deus quer nos dizer em 1 Coríntios 2.9 "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem chegou ao coração humano, o que Deus preparou para aqueles que o amam."

Nós, muitas vezes, ainda guardamos o conceito limitado que temos da visão de pai, no plano terreno. Contudo, o seu cuidado pelas nossas vidas vai muito além do que tudo que possa caber no imaginário humano. O seu amor transcende tudo que conhecemos e não há base de comparação para que o possamos compreender. Seu amor é tão indecifrável, imensurável, que o próprio Aposto João nos diz que: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16). João não conseguiu verbalizar o amor de Deus, então usou a expressão: "de tal maneira"; e, seguidamente, ele registra a ação que nenhum pai conseguiria colocar em pratica: sacrificar a vida de seu único filho, por pessoas que não o conhecem, que não o valorizam. A única coisa que conseguimos é nos perguntar: Que amor é esse que entrega seu filho unigênito, perfeito, divino, pela humanidade fragilizada, ingrata, pecadora, perdida? Nós, quando muito, conseguimos nos doar em favor do nosso próximo altruisticamente, mas doar o nosso único filho, por pessoas que não merecem e muitas nem reconhecerão seu amor ou nem crerão na sua existência? Não, não dá para entender tão grande amor!

E, hoje, eu quero que você se lembre que Jesus teve a opção de desistir. Ele teve a opção de não se transformar em ser humano, mas Ele decidiu aceitar o desafio do Pai, por amor a nós! O mais importante para Jesus e o Pai não era o sofrimento temporário, mas a alegria de nos ter na glória com Ele, por toda eternidade. Só para termos ideia do sofrimento emocional que Jesus experimentou no Getsemani, em Lucas 22:44 está registrado: "E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. "

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