[ Dedicado a todos que me acompanharam desde o começo em 2015 ]
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CAPÍTULO VIIA luz quente e brilhante do sol invade as persianas das grandes portas francesas que dão para a varanda e tocam suavemente meu rosto fazendo-me torcer o nariz recuperando-me aos poucos do sono leve que eu estava. A dor de cabeça insuportável e a dormência nos meus membros imploravam para que eu ignorasse meu reloginho interior que indicava a hora de levantar e voltasse a dormir. Rolo pela cama tapando o rosto com o lençol, eu só queira dormir mais um pouquinho e esquecer tudo a minha volta, mas a maldita luz solar impede-me de faze-lo. Relutante abro os olhos e pouso os pés no chão me xingando por não ter fechado as cortina na noite passada.
Merda, a noite passada!
Olho para o chão vendo todas minhas roupas jogadas e sinto meu estômago revirar. Minha dor de cabeça incessante só piorava o controle que tinha dos meus pensamentos e na verdade eu não sabia o que fazer, estava ainda mais sem condições de tomar uma decisão do que ontem.
A única coisa que poderia fazer nesse instante era tomar uma bela ducha para tirar esse cheiro horrível de bebida de meu corpo e tentar pensar um pouco antes de descer e pedir um comprimido de aspirina a tia Lúcia. E isso me pareceu uma bela opção.
Guio-me em passos lentos até o banheiro, dispo-me das roupas que pareciam pesadas, quando elas tocam o chão abro o box e ligo o chuveiro elétrico deixando que os quentes jatos relaxem meu corpo quase que instantâneo. Deixo o sabonete deslizar por meu corpo substituindo o cheiro de álcool por um cheiro agradável de morango, e é claro lavo meus cabelos loiros com cuidado sentindo-me renovada, como se aquele banho lavasse não só a mim, mas também todos os más pensamentos e eles escorressem pelo ralo.
Obviamente a realidade dos fatos não deixou que essa minha áurea clara de energias positivas durasse muito tempo, meus pensamentos foram inundados sobre não só o passado e a horrível noite em que presenciei a morte de meus pais -coisa que a tempos tenho ignorado, mas também sobre como Niall Horan tem me afetado.
Suspiro pesadamente desligando o chuveiro e caminhando nua até a pia onde escovo calmamente meus dentes, encaro o espelho e não me agrado, vejo olheiras horríveis, olhos vermelhos, minha pele está extremamente pálida! Parabéns Anny, agora lembrou-se porque não bebia mais?
Estico o braço em direção ao suporte ao lado da pia, onde geralmente deixo a toalha, já desistindo de tentar deixar-me apresentável, mas assusto-me ao notar que esqueci-me dela.
Bufo irritada, abro lentamente a porta e olho em volta, é razoavelmente tarde, horas que geralmente a arrumadeira vem limpar o quarto, -hoje em especial me sinto culpada pela zona que causei ontem na hora do estresse, mas ainda não desconsiderando ir embora, - e ao notar que não há nenhuma alma penada no por ali, abro a porta por inteiro e corro pra dentro, com o intuito de busca uma toalha no closet e trancar a porta do quarto para mais privacidade, porém o universo conspira contra minhas vontades, e neste mesmo instante ouço um toque breve na porta e a massaneta ser girada.
_Não! -O grito agudo escapa por minha garganta.
Logo espero que a arrumadeira note meu estado vergonhoso e não entre, outra vez sou tristemente surpreendida e um certo loiro entra no quarto com uma bandeja em mãos. Seu olhar se direciona a mim e sua expressão se transforma em uma espantada e envergonhada por nem ao menos ter esperado a autorização para entrar, -não que alguma vez ele tivesse pedido permissão, afinal a casa é dele.
E se não fosse pela minha extrema timidez e vergonha no momento eu sorriria pela sua boa vontade de me trazer café na cama como o bom cavalheiro que ele é.
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Barriga De Aluguel || N.H ||
Fiksi PenggemarO que Niall não esperava é que o destino costuma nos pregar peças, e junta-lo à Anny foi uma delas. || Copyright 2015 || All rights reserved by Tainá Matos.