Início de temporada

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Vôlei é um esporte coletivo, na quadra são seis jogadores em cada time e o objetivo e botar a bola no chão da quadra adversária. A quadra tem 18x9m, dividida em duas partes iguais de 9x9 por uma rede que fica a uma determinada altura no masculino e outra no feminino.

Três metros partir da rede existe uma linha que separa virtualmente os jogadores da "rede" dos de "fundos". Jogadores do "fundo" só podem atacar de detrás da linha dos três metros.

No vôlei moderno e atual, que é muito mais dinâmico que o vôlei praticado até o começo dos anos 90, algumas equipes possuíam um esquema de 4x2 onde você sempre tinha um Levantador na "rede" e outro nos "fundos", mas esse tipo de posicionamento tático não é mais funcional no vôlei.

Um time de vôlei atual conta com um levantador e cinco atacantes que são 2 Ponteiros, 2 Centrais e 1 Oposto, pois ele está sempre na posição oposta ao levantador.

Tem sempre um Ponteiro e um Central na "rede" e um Ponteiro e um Central nos "fundos" e quando o Levantador está na "rede" o Oposto está nos "fundos" e vice-versa. O Central quando está no fundo de quadra pode ser substituído livremente pelo Líbero, exceto na posição de saque.

Durante uma partida, o Levantador quando está em uma das 3 posições quem compõem a "rede" é substituído por um Oposto reserva, que em quase todos os casos é bem mais alto que o Levantador, para ser mais uma opção de ataque e para melhorar o bloqueio.

Para que o time não perca um jogador dessa função, o Oposto que está nos "fundos" é substituído por um Levantador reserva.

Essa é a origem da expressão "inversão do cinco e um" que diz respeito ao aspecto tático do jogo, onde você tem cinco atacantes e um levantador. Assim sendo, o time conta com três atacantes na rede e um bloqueio mais alto, aumentando as chances de pontuar.

A minha história começa exatamente por conta desse aspecto do jogo. Meu nome é Fernando, eu sou jogador profissional de vôlei na função de Levantador, mas todo mundo me conhece por Nando.

Dois anos atrás eu jamais imaginaria que estaria onde estou e é por isso que eu resolvi compartilhar minha história, contada do meu ponto de vista para que ninguém pense coisas erradas. Irônico falar sobre o passado, mesmo que recente, sendo eu a pessoa que mais tentei fugir do meu.

Eu amo vôlei, sempre amei, mas não posso dizer com certeza se foi uma escolha totalmente consciente. Eu sou filho de um herói nacional do vôlei. Meu pai foi o maior astro da sua geração e da posterior também.

Ele era um Ponteiro espetacular em todos os sentidos. Sua recepção dos saques adversários era de uma precisão que até hoje ninguém chegou nem próximo, alguns de seus recordes pessoais como maior pontuador ainda não foram quebrados em várias competições, nacionais e internacionais.

Sua sensibilidade no bloqueio era acima da média e ele possuía um "saque viagem" que se popularizou como "bazuca" graças a um narrador esportivo. Quando ele ia para a posição 1, que é a posição de saque no vôlei, o narrador dizia "Lá vai o tiro de bazuca... BAZUCA NELES!".

Não era para menos, eram raras as partidas onde meu pai não marcasse pelo menos 3 ou 4 pontos diretos de saque.

Meu pai foi jogador e capitão da Seleção Brasileira de Vôlei por mais de 20 anos. Ele jogou 5 Olimpíadas, onde foi medalha de bronze na primeira, medalha de prata na segunda e ouro nas três seguintes.

Conquistou 12 títulos da Liga Mundial, 3 Copas do Mundo de Vôlei e 3 Mundiais de Vôlei. Sendo que por duas vezes ele ostentou a tríplice (Olimpíada, Copa e Mundial) ao mesmo tempo. Títulos da Superliga brasileira, italiana, ele tem vários, além de títulos das ligas argentina, russa e polonesa.

Inversão do 5x1 (Romance gay) DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora