Capítulo 17

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 Durante a semana entre o Natal e o Ano Novo, todos foram visitar o Museu do Ipiranga, inclusive Gabriela e Manuel que por conhecerem bem o local, não deixaram de mostrar nada a família Vecchi que gostou muito do passeio, tanto no museu como no belo jardim na Praça da Independência. Paolo que trouxera sua melhor câmera fotográfica e uma filmadora, não perdeu nada e tudo foi registrado como ele queria.

Dois dias antes da véspera de Ano Novo, os jovens foram a uma danceteria aonde Jorge havia levado Paolo e todos se divertiram muito, mas não voltaram muito tarde, pois Gabriela, Manuel e Aurélio ficaram com os meninos, que quando os pais chegaram já estavam dormindo e haviam se comportado muito bem.

Na casa dos Bulhões, os preparativos estavam agitados, mesmo tendo contratado duas cozinheiras para auxiliarem a de Lurdes, havia muito trabalho, porém, estava tudo sob controle. Na véspera, já estavam contratados também alguns garçons para que todos fossem muito bem atendidos.

A garagem que comportava cinco automóveis foi transformada num restaurante self-service e várias mesas estavam na grande varanda, no jardim e na sala de visitas e jantar conjugados que foram transformadas em um grande salão. No fundo do quintal havia uma bela área coberta, onde ficavam a churrasqueira e o forno para pizza, local que a família se reunia nos aniversários e outras comemorações, e nessa noite virou uma danceteria, para que os dançarinos se divertissem.

Como todos já se conheciam e somente os membros da família Vecchi poderiam sentir-se deslocados, foram alvo da atenção de todos para que isso não acontecesse. Uma surpresa Paolo fez a todos, pela manhã antes de saírem para o litoral, ele ao banhar-se tirou a barba, o que o deixou ainda mais perecido com Jorge. Todos os que o haviam visto na foto no aniversário de Luiz, ficaram certos de que eles eram gêmeos, pois não havia diferença entre eles, eram idênticos.

Durante toda noite essa turma de amigos conversou, comeu e dançou muito, como se fossem amigos de longa data e fizeram com que a família Vecchi também se sentisse como velha amiga de todos. À meia noite o brinde foi com champanha e a alegria geral fez com que se abraçassem como uma grande família.

Aurélio feliz com essa acolhida e vendo que seus filhos estavam bem enturmados e se divertindo muito, agradeceu mentalmente a Deus por perceber que não havia causado um mal muito grande na família de Paolo, por tê-lo afastado por tantos anos. Claro que ele não teve nenhuma culpa do ocorrido, mas em seu íntimo ele se sentia responsável também, e vendo todo mundo se divertindo sem qualquer mágoa, tranqüilizou-se e aproveitou a festa de passagem de ano brasileira.

Sentadas em uma das mesas, Fernanda e Júlia conversam no momento que os rapazes Cauã, Douglas Paolo e Jorge um pouco afastados do pessoal, contam piadas e riem muito. Os gêmeos Raul e Paulo com o irmão e cunhado italianos de Paolo brincam com todas as crianças de pega-pega e a gritaria é geral.

Fernanda, prestando atenção em Júlia, diz:

- Você se lembra quando conheceu Jorge no aniversário do Luiz?

- Claro! Por quê?

- Eu vi que ficou encantada naquela noite, mas que pena ele já tinha namorada, não é?

- O que você está tentando me dizer?

- Que você tem uma segunda chance, e se der certo só terá que tomar cuidado para não se enganar.

- Pare com isso Fernanda, alguém pode ouvir.

- Há! Você ficou vermelha! Como você me disse um dia, acho que ele te perturbou, não foi?

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