Ana narrando:
Os caras que o meu pai treina, me trouxeram em casa, com a maior cara de desanimados, fiquei sabendo que o pai do David morreu, ele vai ficar triste demais.
Cheguei em casa, todos estavam chorando, eu não entendi, David estava lá também.
Minha mãe logo veio me abraçar, ela não tinha nem forças para falar nada.
-Oque aconteceu mãe?
Ana: Vai tomar um banho, dormir um pouco. Depois conversamos filha.
-Cadê o meu pai?-disse procurando ele.
Ana: Vai tomar um banho e do...-a interrompi.
-Não vou conseguir dormir sem saber aonde meu pai está, alguém me fala, por favor?!
Ana: Pelo menos toma um banho.-assenti subindo.
Tomei um banho, relaxante mas não demorei muito, logo sai do banho, vesti uma roupa folgada, prendi meu cabelo em forma de rabo de cavalo e desci, estava super curiosa e preocupada em relação ao meu pai.
Quando desci, somente minha mãe estava lá, ela estava sentada e chorando, quando me viu limpou as lágrimas.
-Mãe? Me fala agora?
Ana: Seu pai foi baleado filha. -Meu mundo caiu, meu pai foi baleado por minha culpa, eu não tinha reação, nem oque falar.
-Me-Meu pai?
Ana: Sim, 5 disparos atingiu ele, só conseguiram tirar 3 balas dele. Ele está desacordado.
-Não, meu pai não vai morrer, né?
Ana: Claro que não meu amor.-Ela veio me abraçar.-Olha aqui pra mim, vai ficar tudo bem tá? Eu prometo.
-Ele disse que voltaria pra mim, pra gente, ele prometeu isso mãe!-me desabei em lágrimas.-Eu quero ver ele, quero ir lá.-Ela me soltou, me deixando um beijo na testa.
Ana: Não está recebendo visitas, os seus irmãos estão lá.
-A culpa é minha mãe, é toda minha, não era pra mim ter fugido com ele, era pra mim ter ficado aqui.
Ana: Filha, me escuta, não foi culpa sua, não se culpe, não foi você que atirou em seu pai. Mas ele vai ficar bem, ele vai voltar pra gente.
-Eu só não quero perder ele.-Subi para o meu quarto.
Estava deitada, chorando muito. É tudo minha culpa, é tudo minha culpa, eu fugi, foi a por coisa que eu fiz da minha vida.. Eu só queria estar no lugar do meu pai, só isso.
David: Posso entrar?-Disse parado na porta.
-pode..-disse enxugando as lágrimas.
David: Desculpa, desculpa por te colocar nessa.
-Não foi culpa sua, eu que não devia ter aceitado.
David: Mas eu insisti.
-David, calma, não foi culpa sua.
David: Manu, ele vai ficar bem.
-É..-ele me abraçou. O melhor abraço.-Me deixa sozinha?
David: Não, não me pedi para ficar sozinha. Não vou te deixar sozinha!
-Então deita aqui comigo, mas não fala nada, ok?
Deitamos, ele passava os seus dedos quentes sobre o meu cabelo, aquilo me causava sono.
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Ela E O Traficante II
AcakManu, filha de um traficante que faz de tudo para deixar sua filha feliz, gosta de se meter em encrenca e também é sangue quente. Felipe, irmão de Manu, garanhão, pega todas!! Bem festeiro. O negócio dele é curtir e nunca gostou de estudar.