CAPÍTULO 1️⃣

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Hoje foi o dia mais entediante de toda minha vida! Ficar sem falar com a Liesel foi horrível. Eu gosto tanto dela, estou decepcionado comigo mesmo, mas não sei o que fiz! A única coisa que eu entendi dessa história toda, foi que ela está com ciúmes. Mas de que? Ela sabe que a Lydia é a garota popular e eu um cara qualquer, ela nunca vai sequer reparar em mim!
Por que repararia? Não estou entendendo isso agora. De qualquer forma, eu vou nessa festa, e vou convencer Liesel de ir também, por agora, não me interessa como, mas ela vai nessa festa comigo. Ah, vai!
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Depois da escola, ao chegar em casa, mais precisamente, liguei doze vezes para o celular de Liesel e mandei mais de trinta mensagens. Todos sem sucesso. Mas então resolvo apelar para Elena.
Consigo o telefone dela através das coisas dos meu pai, já que os dois trabalham juntos, eu pensei que assim seria mais fácil.
Após tomar coragem e pensar o que falar ligo para a mãe de Liesel.
— Alô? Elena? Aqui é o Stiles.
— Ah! Oi, Stiles! Como conseguiu meu número?
— Meu pai. Elena, a Liesel está em casa? Ou com o celular?
— Está sim! Por que?
— Preciso loucamente de falar com ela, mas ela não atende nem responde minhas mensagens! — após alguns segundos de silêncio acrescento calma e apreensivamente — Dra. Elena, pode chamá-la ou deixar recado?
— Claro! Posso tentar chamar — depois dessa frase, escuto Elena chamar Liesel calmamente dizendo "Filha? Venha cá! Stiles no telefone!" E consigo escutar a resposta dela, bem baixinho e bem de longe "Diga que não quero falar, não estou passando bem!" — Parece que ela não quer falar com você, Stiles. Desculpe.
— Ah, que isso! Tudo bem! Muito obrigado, sinceramente.
— Por nada! Até mais.
— Até mais, tchau.
Desligo o telefone com um único objetivo: ir na casa de Liesel.
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Pego um casaco no armário, enfio meu telefone no bolso dele e parto correndo para casa dela.
Quando chego, toco a campainha e de lá de dentro, escuto um grito de Elena, dizendo para Liesel abrir a porta, com isso, comemoro internamente.
Assim que Liesel abre a porta e percebe minha presença, a fecha imediatamente e berra:
— Vá embora daqui!
— Não sem antes falar com você!
— Então que apodreça esperando!
— Não vou sair daqui! E você sabe que quando eu boto uma coisa na cabeça ninguém tira. NINGUÉM!
— Vá embora!
— Não vou! Quero apenas conversar! Colabora comigo, por favor.
Depois de alguns cochichos indistinguíveis, ouço o ruído de uma porta abrindo. Era ela! Com isso eu me ajoelho e junto minhas duas mãos como se fosse rezar e falo:
— Me perdoa! Não consigo viver sem nossas burradas incrivelmente boas!
— Entra.— ela fala seca, como se tivesse sido obrigada a abrir a porta pela mãe.
— Não seja grossa comigo, sou seu único e melhor amigo.
— Entre logo antes que eu desista da ideia! — com isso, eu entro mais rápido do que eu achava possível. 
— Liesel, apenas preciso que me explique o porquê de estar brava comigo. Só isso.
— Vamos para o meu quarto.
Após subir as escadas, entrar no quarto cheio de pôsters e bichos de pelúcia, e sentar na cama desarrumada e cheia de revistas da Katy Perry, pergunto novamente:
— Por que está brava comigo?
— É simples. Parece que a única coisa/pessoa que você enxerga na sua vida é essa tal de Lydia! E isso me irrita profundamente!
— Ah...Isso...! Especifique mais.
— Você deveria se abrir para outras pessoas!
— Tipo...?
— Tipo... Eu! Eu sempre, sempre fui a fim de você, Stiles! Mas você só nota aquela ruiva enxaguada que parece um CD quebrado que fica repetindo coisas superficiais!
Paro alguns segundos para digerir a metralhadora de informações recebidas. Não acredito no que eu ouvi! Liesel gosta de mim.
Como ela percebe que eu fiquei sem reação, se apoia na janela de costas pra mim.
— Eu sempre te vi como amiga, melhor amiga.
— Eu nunca disse que estava satisfeita.
Depois dessa resposta surpreendente, sou obrigado a me levantar da cama e ir até ela.
— Ei, eu nuca percebi o que você sentia por mim.
— Estava cego por causa dela. — esse "dela" saiu como se ela fosse a escória da humanidade.
Depois de muito tempo de silêncio eu finalmente falo:
— Tenho uma festa para ir, você vai?
— Talvez.
— Preciso ir, vou me arrumar.
— Tchau, Stiles.
Saio do seu quarto, desço as escadas e quando percebo que Elena está me olhando, falo:
— Paz — faço um sinal de "aleluia".
— Ótimo!
Quando chego na porta, a campainha toca e eu abro, já que estava de saída. Mas ao abrir, sinto meu sangue ferver e um instinto assassino me consumir.
— Stiles!
— Ah... Oi! Tudo bem?
— Tudo, a Liesel está?
— Está sim, Jake! Quer que eu a chame?
— Não, vou subir, ela está no quarto dela, não é?
— Está — Falo fazendo uma cara tipo "você não é bem-vindo aqui!"
— Obrigado, cara.
— De nada!
Assim que ele sobe as escadas, me viro para Elena:
— O que esse idiota está fazendo aqui?
— Veio convidar a Liesel para uma tal festa.
— Não acredito! Não acredito! Não acredito!
— Não acredita no que?
— Jake Hutcherson é um idiota, tarado e aproveitador! Vou matar a Liesel!
— Não, claro que não, o cara parece boa pinta.
— Isso mesmo, parece.
— Acalme-se, Stiles!
— Como? A Liesel prefere ele a mim! Isso é inaceitável! Com licença, Elena. Preciso ir.
— Claro, querido.
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Ah, não, comigo, não! Quer dizer... Com a Lis não! Vou matar esse desgraçado.
Jake Hutcherson é um popular que dá em cima de qualquer garota, normalmente popular, e eu nunca achei que ela fosse dar atenção para a minha Liesel. Digo... Para a Liesel. Preciso falar com ela urgentemente.
Que bosta!
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Ao chegar em casa tomo um banho e lavo meu cabelo com meu shampoo mais cheiroso e passo meu melhor perfume.
De roupa, uso uma camisa vermelha e uma calça jeans.
Caso eu precise derramar alguma gota de sangue, não vai ficar muito aparente na blusa, eu acho.
...
Ao chegar na casa/mansão de Lydia, paro alguns segundos, nervoso e tentando me acostumar com o barulho alto e estressante vindo dali.
Ao entrar, a dona da casa se aproxima, deslumbrante, vestido verde água rendado, colar de diamantes e um penteado maravilhoso, me deixando um pouco tenso.
— Oi.
— Oi, pode entrar, Stiles. Stiles, né? 
— Justamente. — falo, pensando no que eu falei há pouco tempo, ela sabe meu nome. Não sabe só o sobrenome... Bem, talvez não saiba o sobrenome, mas depois dessa, eu não vou duvidar mais.
Entro na casa e me deparo com uma multidão de pessoas bêbadas, pulando na piscina e comendo salgados. Nunca vi uma casa tão bonita. Porém bagunçada, devido à festa. Vejo ali também Scott, meu outro melhor amigo, que estava no Canadá com a mãe e tinha acabado de voltar de viajem, acenei para ele, mas não consegui falar com ele, tinha uma coisa mais importante acontecendo:
a pior cena que eu já vi na vida.
Jake está beijando a minha melhor amiga.
— Ah, não! — falo para mim mesmo e em seguida aumento o tom de voz para que ele ouça — Aí, seu canalha, sai de perto dela! — depois disso ele solta Liesel e se vira para mim apontando para si com uma cara de interrogação — é, você mesmo!
— Quem você pensa que é para falar assim comigo,cara?
— Eu? Sou Stiles Stilinski, o melhor amigo dela! — falo apontando para Liesel e avançando em sua direção, ficando tão próximo dele que nossos narizes quase se tocam.
— E...?
Com essa frase, lanço um soco tão forte na cara dele que até minha mão dói. Jake cai, e ao se levantar, com a mão no nariz, Jake se joga em cima de mim, revelando sangue escorrendo do tal. Ele me dá três socos na bochecha, me jogando no chão. Mas antes que ele pudesse completar o golpe, vejo duas mãos em meu ombro, me puxando para longe dele, e outro alguém fazendo o mesmo com Jake.
O alguém que me puxou era Lydia e Scott e o alguém que puxou Jake, era um garoto musculoso e alto.
...
Passado alguns minutos, Lydia traz uma sacola com gelo e um analgésico.
— Obrigado.
— De nada! Muito corajoso da sua parte partir pra cima do menino mais temido do colégio.
— Só estava protegendo a Liesel.
— Queria que um garoto batalhasse por mim assim como você fez.
— Ei, espere aí! Você não está achando que ela é minha namorada ou algo assim, né?
— Mas não é?
— Não, claro que não! Ela só é a minha melhor amiga.
— Hmm... Não senti firmeza.
— Sério! Meu coração pertence a outra pessoa.
— Tudo bem, eu acredito. Sinceramente.
...
— Estou com sede, preciso beber água ou algo do tipo — falo após muito tempo de conversa.
— Tudo bem, vá lá.
Busco um copo de uma bebida cor de rosa, algo delicioso. Mas após um tempo me sinto um pouco estranho e tonto. Volto para onde Lydia se encontra.
— Uou! O que é isto? É bom e me deixou um pouco tonto!
— É uma mistura de algumas coisinhas.
— Preciso me preocupar?
— Nem um pouquinho!
...
Antes de ir embora, Lydia me passa seu contato e pede que eu a ligue no sábado, eu, obviamente não digo que não e saio dali contente e com dor.
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OLÁ WOLFIES
Me desculpem, eu estive sumida do Wattpad por um tempo por alguns imprevistos. Mas estou de volta [vou atualizar meu outro livro amanhã ou depois].
Ily.

Stydia, o verdadeiro amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora