Hoje é segunda e eu estou deitado na minha cama com a bochecha inchada, e o olho direito quase fechado devido ao ferimento, que dor! Meu pai ainda não me viu assim, mas é questão de tempo.
Entro no banheiro, tomo um banho, escovo os dentes (nesse ato, percebo que tem um corte enorme do lado de dentro da minha bochecha, porque ardeu muito e quando eu cuspi, a pasta veio completamente avermelhada).
Agora não sei nem como vou comer meu café da manhã, e em falar nisso, estou com muita fome.
Ainda de pijama e moletom, desço as escadas e me deparo com meu pai, que olha para meu rosto espantado.
— O que aconteceu? Estão fazendo bullying com você na escola?
— Não, pai! Me meti em uma briga na festa de ontem. Me dei mal, pelo menos mais mal que o outro cara.
— Hm... Briga por mulher né? Aquela ruivinha que mexe com você, certo?
— Não. Foi pela Liesel. Um babaca aí foi dando em cima dela e aí eu não aguentei.
— Ichh...
— "Ichh" o que, pai?
— Nada... É só que... Ah deixa pra lá! Vou pegar um saco de gelo para você, e um analgésico.
— Estou com fome... Tem alguma coisa aqui que não vai fazer minha boca arder?
— Como assim?
— Tem um pequeno corte dentro da minha boca. Tipo, não pode ser uma fruta cítrica porque vai arder e eu vou acabar tendo que ir no dentista.
— Exagerado! Olha na geladeira... Deve ter um queijo e um presunto, aí você bota no pão. Sei lá, usa a criatividade! — ele faz uma pausa e me dá um copo de água e o remédio — Toma, vou buscar o saco gelo.
Faço um misto quente e tomo o remédio, enquanto espero o saco gelo.
Depois de alguns minutos ouço um barulho alto, aonde está meu pai e vou atrás para me certificar que está tudo bem.
— Pai? Tudo b...
Chego nos fundos e a janela está quebrada, sangue no chão na dita e nem sinal do meu pai.
Merda! Mais monstros em Beacon Hills! Só porque estava tudo quieto! E tinha que ser justamente com meu pai! POR QUE, MEU DEUS?
...
Ligo para Scott (meu outro melhor amigo,que no caso é um lobisomem, e estava no Canadá a passeio) que vem para cá de pijama ainda e eu simplesmente ignoro este fato já que temos um assunto muito pior aqui.
— Meu pai desapareceu. Foi pegar um saco de gelo para mim, aí eu ouvi um barulho e ele simplesmente sumiu.
Scott não disse nada, parecia que ainda estava dormindo. E isso é muito estranho para ele que nem humano é.
— Scott? Aloou? Você tá bem?
— Ah... Estou. — ele fala parecendo que tinha saído de um transe.
— Escutou alguma coisa que eu disse?
— Não, me desculpe, estava longe. Pode repetir, por favor?
— Meu pai desapareceu. Foi pegar um saco de gelo para mim, aí eu ouvi um barulho e ele simplesmente sumiu.
Eu vim olhar se estava tudo bem e não tinha mais ninguém lá.
Depois de repetir a história, o meu celular toca. Uma mensagem com uma foto de meu pai, Liesel e Lydia, todos amordaçados, que dizia: "Venha os salvar, só pode escolher dois deles, um morre..." Abaixo a cabeça e entro em desespero e deixo meu telefone cair, Scott o pega e lê a mensagem.
— Putz... E agora? Seu pai, a Liesel e a Lydia, só você escolhe essa parada? O destino deles está completamente em suas mãos.
— Obrigado, cara! Me acalmou muitíssimo! Jura que o destino deles está nas minhas mãos? Não sabia! — falo sarcasticamente e gritando só um pouquinho alto.
— Foi mal, foi um pouco retardado.
— O que vamos fazer?
— Você é que tem que decidir, querido.
— Obrigado de novo, adorei seu apoio.
— Desculpa, não estou bem hoje, to com uma dor de cabeça...
— Você deve ter bebido ontem.
— Não deu nem tempo, eu mal cheguei, você nem me cumprimentou e já foi brigando com aquele idiotia, aí eu fui te segurar né?
— Ah, claro.
— Mas, eu não me lembro de mais nada, só que depois disso eu comecei a passar mal e uma dor de cabeça muito mais forte do que a que estou sentindo agora veio. Depois é tudo um buraco negro. Aí eu me lembro de acordar com você me ligando. E agora eu estou aqui.
— Estranho. Mas vamos focar. O que podemos fazer?
— Cara, acho que temos que falar dois nomes e ver o que acontece.
— Pirou? Essa pessoa vai matar o outro!
— Certo... Então o que pretende fazer?
— Descobrir onde eles estão.
— Como?
— Bem... Eu não sei, mas não quero nenhum deles mortos.
...
Vamos para a escola e continuamos sem saber o que fazer a respeito da mensagem.
— Precisamos resolver isto logo.
— Eu sei, Scott!
— Mas pelo menos não deram um prazo, né?
Meu telefone toca. É uma mensagem do número que me mandou a foto dos três:
"Decida-se logo, você só tem até meia noite de hoje."
— Eu te odeio, Scott!
— Por que?
Ele lê a mensagem e pede desculpas. Que desgraça de boca santa!
— Tenho um palpite de onde eles podem estar!
— Onde?
Abro novamente a foto onde estão os três amordaçados.
— Olhe o fundo da foto, percebe uma escada?
— Percebo... Ah não! Casa Eichen? Por que esse lugar nos assombra tanto? Tudo de ruim nessa cidade tem a ver com esse lugar!
— É para lá que vamos.
— Não acha melhor chamarmos mais alguém?
— Como assim?
— No tempo que passei fora, conheci um garoto e uma garota, irmãos gêmeos, eles também são seres sobrenaturais. O menino é um lobisomem, e também tem uma coisa de arqueiro e guerreiro, e a menina não sabe o que é, ninguém sabe. Ela é como a mistura de tudo, tipo lobisomem com kanima e kitsune.
— Como eles chamam?
— Megan e Carl.
— E eles estão no Canadá?
— Não, eles vierem comigo e estão dormindo lá em casa.
— Que ótimo! Depois da aula vamos falar com eles.
...
Algumas chatas e entediantes aulas depois, fui andar para o ginásio para procurar por Scott e para matar a aula de química também, eu estava sozinho.
No meio do caminho, vejo uma sombra preta passando no corredor que corta o qual eu estava passando. Era algo sombrio, alguém, uma mulher.
— Olá? — falo isso e as luzes do corredor apagam.
Começo a me desesperar.
— Ei? Tem alguém aí? Está me assustando.
Ouço um choro e alguém me chamando.
— Stiles... Socorro... Me ajude...
Eu conheço essa voz...
— LIESEL?
— Me salve...
Tiro meu telefone do bolso e começo a iluminar pelo menos o chão do local. Ando em direção à voz e fico estático ao ver tal imagem. Uma sombra, literalmente, estava em pé. Era a Liesel, mas não era.
Ouço outro grito muito alto e agudo que vinha do outro lado do corredor e olho imediatamente para lá.
Era Lydia, do mesmo jeito que Liesel, apenas como sombra.
— Não! Não a escolha! Me escolha, eu sei que me prefere.
— Eu...
— Filho, não faça isso, me escolha, sei que me quer mais do que quer a elas, não é mesmo?
Me jogo no chão e grito.
Neste mesmo momento, alguém toca em mim, e eu, um tanto receoso, olho para a pessoa.
— Scott, graças a Deus!
— O que aconteceu? Por que você está aí jogado no chão?
— Eu vi todos eles. Liesel, Lydia e o meu pai.
— Como assim?
— Não eram eles mas eram tipo sombras, três sombras, cada uma representando um, eles estavam competindo, cada um me pedia para eu o salvar.
— Você não está bem, cara.
— Mas e você? O que está fazendo aqui? Não era para estar no ginásio?
— Eu não sei. Não me lembro bem do trajeto até aqui. Só senti que precisava vir, sei lá.
— Acho que depois disso devíamos ir logo para sua casa falar com seus novos amigos, isso não me parece ser algo como um sequestro.
...
Chegamos na casa do Scott e eu subi correndo as escadas para chegar no seu quarto, abro a porta e me deparo com uma flecha apontada para mim.
— Quem é você? — O garoto pergunta com uma cara de assassino profissional.
— Ei! Ele é meu amigo Carl! – Scott aparece no cômodo para impedir uma morte desastrosa, no caso, a minha.
Ele abaixa o arco, mas continua com aquela cara de assassino.
— Oi, eu sou o Stiles.
— Carl — ele estende a mão para me cumprimentar e eu retribuo o gesto.
A confusão me fez não notar a garota no cômodo. Nunca vi garota tão bonita, confesso, ela é ainda mais bonita que Lydia. Ela, obviamente, era a tal Megan. Prestava atenção na cena sentada na cama, calada e desinteressada. Mas logo levantou e veio em nossa direção.
— Muito prazer, sou a Megan.
— O prazer é todo meu.
— Bom, mas nós não chegamos antes só para matar aula. Precisamos de ajuda. Como já sabem, Beacon Hills é uma cidade bem diferente. Então, duas amigas nossas e o pai dele foram "sequestrados" e precisamos recuperá-los.
— Nós sabemos onde é temos prazo até meia noite de hoje.
— Não sei se podemos ajudar. — Carl fala.
— Claro que podemos, Carl! Por que não?
— Não sabemos nem do que se trata! E se nós não voltarmos vivos?
— Não seja tão egoísta! Não somos crianças indefesas.
Os irmãos ficam se encarando durante alguns segundos e ele finalmente consente.
— Tudo bem, nós ajudamos.
Megan pula em cima do irmão agradecendo.
— Chega de ficar em casa sem fazer nada! — ela diz entusiasmada.
...
Quando Carl terminou de arrumar as armas que ele julgou necessárias, partimos em direção ao nosso destino.
Entramos todos no jipe, eu dirigindo, Scott do meu lado e Megan e Carl atrás, e ficamos conversando.
— Vocês são canadenses?
— Não, nascemos aqui em Beacon Hills, mas resolvemos nos mudar quando nossos pais morreram — Megan diz calmamente e completa, para minha surpresa — E você, Stiles? É daqui?
— Sou, moro aqui desde que me entendo por gente.
— Gostaria de saber mais sobre você.
É isso mesmo? Ela está dando em cima de mim? Vamos retribuir não é mesmo?
— Idem. Você me parece uma garota fantástica.
— Ei! Pare de dar em cima da minha irmã! — Carl me apreende e Megan o olha com raiva para logo o ignorar e volta a conversar comigo.
— Obrigada! Stiles, tenho impressão que já te conheço, sabe?
— Não me parece que eu já conheça você.
— Que estranho, tenho certeza que te conheço de algum lugar.
— Devo te conhecer apenas nos meus sonhos. — olho para Carl através do retrovisor com um olhar desafiador e ele retribui com um rosnado e um olhar de raiva, enquanto Megan ri da minha afirmação.
— Talvez seja isso — ela fala.
Olho para Scott que parece estar em transe.
— Scott?
Ele não responde.
— Scott tá tudo bem?
— Tá... — Ele olha para mim com uma cara estranha, algo como dor.
Depois disso o trajeto foi completamente silencioso.
Quando chegamos, saímos todos do carro, mas quando Scott levanta, ele cai de um jeito que me deixa preocupado.
— Scott? Acha que consegue entrar para lutar?
— Na verdade não. Megan e Carl aguentam por mim.
— Certo... Então você fica no carro. Carl me ajude a levantar o Scott para colocá-lo no banco do carona.
— Deixa que eu levanto ele sozinho, parece que você não vai aguentar.
Olho para ele com certo ódio. Mas mesmo assim o deixo carregar meu melhor amigo, pois no fundo sei que o que ele disse é verdade.
— Toma a chave, Scott, se precisar de algo buzina, ok?
— Ok...
Demos as costas para ele e entramos na Casa Eichen.
O recepcionista perguntou a nós se tínhamos algum parente por lá e dissemos que sim, e ele nos perguntou o nome e perguntou a Carl o que tinha na sacola.
— Olha, para falar a verdade, não temos parente aqui, mas se você não nos deixar entrar, talvez arranje um grande problema — Carl fala, mostrando as garras e seu olho vermelho.
Até agora eu não sabia se ele era um alfa ou um beta, mas agora está óbvio que ele é um alfa.
O homem ficou amedrontado, mas se mostrou imparcial.
— Sinto muito, mas não podem entrar se não têm nenhum parente e nem com sacolas.
— Sinceramente, meu querido, eu sei que não vai negar isso para nós — agora é a vez de Megan apelar, ela começa a olhar fixamente para o homem, então eu noto que os olhos dela se tornaram roxos e os do homem ficam completamente pretos como se ela estivesse hipnotizando o rapaz.
— Podem entrar... — ele fala aéreo.
Nós saímos de perto dele e eu, assustado, pergunto:
— O que aconteceu ali atrás?
— Uma brincadeira que eu faço.
— Tudo bem...
Brincadeira? Que diabo de brincadeira é essa? Isso não parece uma "brincadeira".
Chegamos na parte onde tem escadas, mas como descobriríamos onde eles estão?
— Como vamos descobrir qual andar é o tal? — Carl lê meus pensamentos.
— Como eles chamam mesmo? — Megan pergunta.
— Lydia, Liesel e meu pai, pode chamar ele de Sherife.
— LYDIA! LIESEL! SHERIFE! — ela diz e eu repito.
— LYDIA! LIESEL! SHERIFE!
— Ei! Megan e Stiles! Não gritem,podem chamar atenção do responsável — Carl nos repreende.
Ouço alguns ruídos, alguém murmurando no andar de cima.
— Boa, Megan! Eles estão lá em cima.
— Obrigada, Stiles!
Começamos a subir as escadas, Carl tira duas pistolas da sacola. Megan volta a ficar com os olhos roxos.
Eu, como não trouxe meu taco de baseball, fiquei logo na frente.
— Deixem que eu vou na frente, essa coisa sabe que eu viria.
Eles acatam a ideia mas não baixam a guarda.
— Olá? Sou eu, Stiles. Sei que está aqui com minhas amigas e com meu pai.
Ouço um rosnado e faço sinal para os dois ficarem na minha frente novamente.
Quando chegamos no final da escada, tomo um susto.
— Scott?!
Os dois têm a mesma reação que eu ao ver Scott na frente dos refréns, contra nós.
Ele estava completamente fora de si. Vou ter que lutar conta meu melhor amigo.
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Oioi gente!
Desculpa por ter sumido por um bom tempo do Wattpad, mas estou de volta.
Então...
Como vc leram, eu criei dois novos personagens, a mídia mostra os dois, mas para quem quiser conferir, os nome deles são Nicola Peltz e Max Thieriot.
É isso...
Xoxo ily❤️
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Stydia, o verdadeiro amor.
RomanceLydia Martin é conhecida principalmente pelas melhores festas de toda a cidade, coroada como a garota mais popular de Beacon Hills. Em mais uma das suas festas, o comum e comunicativo Stiles resolve aparecer, simplesmente porque estava cansado de fi...