— Uou! O que está acontecendo aqui? Algum tipo de conferência? E como saberiam que eu viria?
Liesel põe o dedo em cima da boca, indicando silêncio.
— Seus amiguinhos não estão aqui para te ajudarem, então eu te dou a chance de se render sem precisar usar a força.
— Me render? Sair sem lutar? Nem se eu fosse um coelhinho! E aliás, eu nunca estou desarmado.
— Garoto, não nos obrigue a lutar contra um humano fraco.
— Olha, eu nunca saio de casa sem meu taco de baseball quando tem algo estranho acontecendo.
Levanto meu taco e pergunto:
— Quem vai ser o primeiro?
Liesel vem em minha direção e para me encarando.
— Sério mesmo? Eu vou ter que bater numa garota? Com um taco? Acho que não quero bater em você.
— Acho que isso vai ser mais fácil do que eu imaginava.
— Eu não vou bater em você.
— Acho melhor mudar de ideia, ainda preciso de você vivo.
Continuo sem reação e ela me dá um soco bem forte no nariz, fazendo ele sangrar, e logo em seguida um soco na barriga que me faz dar um passo para trás.
Você não é ela! Está possuída! E isso é um bom motivo para que possa deixar o sentimentalismo de lado e começar a bater em você.
— Tudo bem, você pediu...
Pego meu taco e bato com força na cabeça dela fazendo ela cair, quando ela começa a levantar dou um chute na barriga dela, deixando-a agonizando no chão.
— Quem é o próximo?
Meu pai corre para cima de mim, não deixando tempo para pensar no fato de ele ser meu pai.
Ele me dá alguns socos na barriga e nas costas e não me solta para que eu possa ter uma reação.
Lydia estava ali paralisada, assistindo à cena e de repente, ela solta um grito tão agudo que faz toda a ação que estava acontecendo parar. Meu pai e Liesel põem as mãos no ouvido e começam a rolar no chão come se eles estivessem pegando fogo. Minha reação foi só por as mãos no ouvido, para abafar o som. Scott fica um pouco atordoado por alguns segundos. Eu me levanto e empurro Lydia para sairmos dali.
Não demora muito para que a sensação de torpor de Scott sumir e ele vir atras de nós. Ele corre e pula na nossa frente, eu passo na frente de Lydia, protegendo-a.
— Vocês me queriam. Podem me pegar. Mas, por favor, não machuquem ela. Estou me entregando, com a condição de que vocês a deixem em paz.
— Stiles! Não! Você ficou louco?
— Eu sou louco, Lydia, louco por você! Não ia aguentar ver você se machucar!
Scott me pega pela perna e me leva dali, correndo, ao chegarmos do lado de fora, tento relutar, descobrir porque precisam tanto de mim.
— O que querem de mim?
Ele rosna para mim, e me pega pelo braço, me jogando no chão.
— Fique... quieto... — ele fala c a voz meio distante.
— O que aconteceu? O machucado com sangue roxo desapareceu!
— Cala... a... boca...
— Olha, Scott, eu sei que você ainda está aí dentro, em algum lugar. Eu sei porque eu te conheço, cara, você é meu melhor amigo, meu irmão. Lute contra essa coisa, eu sei que você é mais forte que ela.
Scott rosna e eu tiro uma faca do bolso e corto o pulso dele, só para me certificar, o sangue dele está normal! Scott fecha o olho e balança a cabeça, ao abrir o olho ele me olha com mais raiva que antes e arranha minha barriga de fora a fora. Eu desmaio.
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Abro o olho e me deparo com uma figura familiar...
Carl?!
— Carl? O que? Onde eu estou?
— No hospital, cara.
— Que? Mas, e o Scott? Onde ele foi? Como eu vim parar aqui?
— Stiles, eu salvei sua vida. Cheguei no momento certo. Scott estava começando a levar você todo ensanguentado e eu o vi.
— Como você me achou?
— Eu fui na sua casa e você não estava lá, mas seu celular estava - ele me entrega meu telefone -, verifiquei sua última chamada e liguei de volta. Era um policial, eu perguntei o que foi que você perguntou a ele, e ele me disse que você queria saber do seu pai.
— E como isso te leva até mim?
— Imaginei que você tinha ido atras dele. Eu peguei um retalho de roupa do seu pai e farejei até a Eichen. Então eu vi, ainda dentro do portão de lá, Scott te arranhando. Eu entrei e comecei a lutar contra ele.
— Você o derrotou e me levou para cá, é isso?
— Mais ou menos.
— Como assim "mais ou menos"?
— Eu não derrotei ele. Eu dei um empurrão nele e peguei você, dai eu saí correndo.
Olho para ele um pouco indignado.
— O que foi? Eu percebi que você não ia aguentar muito tempo. Cara, eu salvei sua vida! Onde está a gratidão?
Olho para minha barriga e ela está enrolada num curativo enorme. Começo a sentir a dor na barriga, afinal eu estava sedado, natural que eu demore para sentir a dor.
Melissa, mãe de Scott, aparece no quarto com um medicamento.
— Oi Melissa. Quanto tempo eu não te vejo!
— Oi Stiles, se sentindo melhor?
— Na verdade, está começando a doer.
— Vou te dar um analgésico. Logo estará melhor.
— Ei, Carl, pode nos dar um licença rapidinho?
— Claro.
Assim que ele sai do quarto, olho para minha enfermeira favorita com uma cara séria.
— Me fale, quem fez isso com você?
— Melissa, você pode até não acreditar, mas foi o Scott.
— O que? Se não quiser me contar não precisa falar que foi meu filho, porque ele não faria isso com você.
— Foi ele Melissa, mas ele está sendo controlado por outra pessoa. Alguém está comandando a mente dele. Ele me arranhou.
— Olha Stiles, eu não estou para brincadeiras hoje.
— Melissa, olha para mim. Eu pareço estar brincando?
Ela começa a me encarar sem entender a situação.
— Por que alguém iria querer causar a discórdia entre vocês?
– Eu também não sei!
Alguém entra em alvoroço no quarto, gritando meu nome.
— Stiles! Stiles! Você está bem? Vim o mais rápido possível.
— Megan?
— Vim assim que Carl me ligou. Fiquei preocupada. Você está bem?
— Eu não me definiria como "bem" no momento.
— Que bom... Quer dizer... Que bom que você está vivo!
— Obrigado.
Melissa me encarar como se aprovasse a garota para mim e sai do quarto.
— Stiles, eu tenho uma notícia boa e uma ruim, qual quer ouvir primeiro?
— A boa.
— Certo, o arranhão que Scott te deu não foi profundo o suficiente.
— Profunda o suficiente? Como assim?
— Para te transformar, idiota!
— Ah, claro... E a notícia ruim?
— Bem... Lydia desapareceu.
— O que? Como assim "desapareceu"?
— Não está na casa dela, nem na escola, em lugar nenhum. Sumiu.
— Ela estava comigo! Na casa Eichen.
— Pois é. Achamos que seja lá quem era que estava lá em cima com vocês a levou.
— Precisamos achá-la — Falo me sentando na maca.
— Você pirou? Você acabou de ser arranhado por um lobisomem e já está querendo ia atras da garota? Nem pensar.
— Escuta, eu preciso da Lydia.
— E eu preciso de você.
— Como?
— Olha, eu não achei que eu fosse chegar aqui e encontrar um cara incrível como você.
— Espera, você está dizendo...?
— Que eu estou afim de você, seu bobo!
— Espera aí... Você... Afim de mim?
— Eu preciso que você melhore. Me prometa que não vai sair daqui até estiver bem.
— Não posso prometer isso, Meg.
— Eu não ia suportar perder você também, Stiles.
— Eu ainda não entendi.
Ela revira os olhos e me beija. Como uma garota bonita como essa pode estar afim de mim?
— Prometa!
— Está bem. Eu não vou sair daqui até estar completamente bem.
Ela sorri e me dá outro beijo, mas desta vez Carl entra no quarto.
— O que está acontecendo aqui?! Você está se aproveitando do seu estado para dar em cima da minha irmã? — ele fala pegando na minha camisa e colocando o punho bem perto da minha cara.
— Carl, não! Eu beijei ele. Ele não está se aproveitando de mim coisa nenhuma. Deixe ele em paz!
Ele me solta mas continua me encarando com um olhar meio assassino e, logo em seguida sai do quarto.
— Me desculpe por isso. Não estava nos meus planos.
— Ah é? E o que estava nos seus planos?
— Acho melhor não querer saber.
Arregalo os olhos me sentindo um pouco desconfortável.
— Tudo bem.
— Te vejo depois. Acho que tenho que consertar isso com meu irmão.
Ela sai do quarto e eu consigo escutar a discussão através da parede.
— O que foi aquilo lá dentro? — Carl grita com a garota.
— Eu que te pergunto! Precisava ser tão agressivo? Eu gosto dele! Não precisa agir assim com todos os caras que eu fico. Não sou um bebê mais! Que saco!Não vou mentir que eu soltei um sorrisinho agora. Onde está meu melhor amigo para ver essa cena? Ah é mesmo, foi ele que me trouxe para cá.
Melissa entra no quarto de novo.
— Que bom que já está sentado. Preciso trocar o curativo.
— Maravilha.
— Quem era a garota?
— Uma amiga do Scott. Espera... Você não conhece ela? Nem o irmão dela?
— Não, deveria?
— Deveria, eles estão dormindo na sua casa.
Melissa tira todo o curativo e se assusta.
— Onde foi parar?
— O que?
— O machucado!
— Que? Como assim? Eu estava sentindo dor agora a pouco e agora não mais.
— Não está sentindo porque ele não existe.
— O que aconteceu?
— Me explique você.
— Eu não estou me sentindo nada "lobisomem".
— Às vezes você só está com o metabolismo mais rápido.
— Então eu ganho alta?
— Tá... Apesar de eu achar que você deveria ficar sob supervisão.
— Eu posso me supervisionar.
Coloco minha camisa apesar de estar rasgada e com sangue e desço com Melissa para ganhar a alta. Depois de alguns minutos eu saio daquele hospital e pego meu telefone ligando para uma pessoa.
— Megan? Acho que minha promessa teve que sair mais cedo do que eu imaginava. Ainda está no hospital?
— Não, acabei de sair. Como assim, teve que sair mais cedo?
— Estou curado. Não sei como, já que você disse que eu não tinha chances de virar um lobisomem.
— Acho que é minha culpa. Alguns diriam que meu beijo é mágico.
— Você usou magia em mim? Através do beijo?
— Digamos que sim.
— Então o beijo só foi por causa disso?
— Claro que não, quer dizer, também foi por isso.
— Então eu ainda tenho uma chance?
— Você está brincando? Claro que tem!
— Onde você está?
— Acabei de sair daí com meu irmão.
— Então... O que acha de sair comigo amanhã? Vai ter uma festa rolando.
— Claro. Me pegue na casa do Scott às 7 horas.
— Perfeito.
Desligo me sentindo o cara mais sortudo da Terra. Tudo bem que não é a Lydia, mas ainda é uma garota bonita, então está valendo.
Espera... Lydia, ela está nas mãos de Scott.
Bem, acho que vou precisar de mais pistas. Preciso achá-la, se ela se machucar vai ser minha culpa e eu nunca vou me perdoar por isso.
Onde procurar? Imagino que Scott vai preferir um lugar menos óbvio do que a Eichen, mas nunca é ruim verificar.
Quando peguei minha chave do Jipe me lembrei que ele continuava na rua, em frente à Casa Eichen. Bom, pelo menos já era meu destino mesmo.
Começo a caminhar em direção ao manicômio para ver se havia alguma pista do paradeiro de Lydia.
No meio do caminho encontro um salto alto branco, com uma mancha vermelha, era o salto que Lydia usava hoje cedo. Por acaso ele quer brincar de Cinderela?
Ouço um barulho de moto se aproximando de mim e parando do meu lado, o motorista tira o capacete e eu fico muito embasbacado.
— Scott?
— Stiles? O que está fazendo aqui?
— Eu que te pergunto! Você não devia estar mantendo sua refém?
— Que refém?
— A Lydia!
— Como assim, cara? Eu acabei de levar ela em casa.
— Quer uma carona? Aliás, para o de está indo?
— Buscar meu carro.
— Sobe aí, te levo até lá. Onde ele está?
— Na Eichen.
Subo um pouco contrariado, com medo daquela coisa possuir ele no meio do caminho.
Depois de alguns minutinhos chegamos e eu desço da moto agradecendo. Entro no meu carro e me despeço do meu melhor amigo, como se fosse um desconhecido.
Me lembro de quando cortei o pulso de Scott e o seu sangue parecia normal.
— Ei, Scott! Vem cá...
Desço do carro e me volto para meu amigo.
— Quando eu vi o outro você hoje, eu cortei seu pulso e seu sangue estava normal. Queria saber se ele continua normal.
Scott corta o próprio pulso com sua unha de lobisomem, seu sangue estava roxo novamente.
— Acho que deveria falar isso com Deaton e a Bruxa Branca.
— Cara, eu estou bem! Então... porque não passa lá em casa amanhã?
— Já vou passar.
— Como assim?
— Vou sair com a Megan, vou passar lá às 7h.
— Vai sair com a Megan?
— Exatamente.
Scott põe a mão na cabeça e fecha o olho bruscamente, ele rosna.
— Vá embora daqui! — ele grita com uma voz monstruosa, o sangue que estava saindo do pulso dele começa a sair vermelho novamente.
Entro no carro rapidamente de novo e acelero, para sair dali antes que aquela aberração tentasse me atacar.
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Olá gente ♥︎
Que saudades!! Bom, estou passando para me desculpar por demorar taaaanto pra postar de novo.
Minha vida tava uma loucura, por isso não consegui ser mais rápida, mas agora tá aí né.
Espero que tenham gostado,
Xoxo 😘
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Stydia, o verdadeiro amor.
RomansaLydia Martin é conhecida principalmente pelas melhores festas de toda a cidade, coroada como a garota mais popular de Beacon Hills. Em mais uma das suas festas, o comum e comunicativo Stiles resolve aparecer, simplesmente porque estava cansado de fi...