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Hellen Cavannaugh tinha decidido não transformar a sua vida em algo patético e rotineiro, por isso escolheu a liberdade e o sexo casual.
Por...
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Olhei através da imensa janela, focando no parque que se estendia logo à frente do prédio. As lembranças de uma tarde ensolarada naquele mesmo parque inundaram minha mente. Cada raio de sol que acariciava minha pele parecia trazer à tona as memórias daquele dia especial que compartilhei com Daniel. Era como se o próprio sol estivesse conspirando para despertar essas memórias.
"Naquela tarde, eu caminhava ao lado de Daniel, nossos passos se misturando ao som da natureza ao nosso redor. Ele estava com uma camisa casual, os primeiros botões desabotoados, e os cabelos desalinhados pelo vento. Seu sorriso fácil iluminava meu mundo, e a cada olhar que trocávamos, meu coração acelerava. Na época, éramos apenas bons amigos além de chefe e assistente pessoal, mas havia uma conexão especial entre nós.
— Delavounne, você realmente precisa aprender a se soltar mais. A vida é muito curta para ser tão séria o tempo todo! — Eu disse, minha voz carregada de convicção, determinada a mostrar a ele a beleza nas pequenas coisas.
Ele riu, um som raro e cativante, e olhou para mim com um brilho nos olhos.
— Eu não sou sempre sério. Olha, estou comendo sorvete no parque em uma tarde de terça-feira. Isso conta para algo, certo?
Eu sorri, apreciando o momento de descontração.
— Isso definitivamente conta. — Peguei um pouco do sorvete dele com minha colher, provocando-o. — Viu? Está aprendendo.
Ele balançou a cabeça, fingindo desaprovação, mas havia um sorriso em seus lábios.
— Você é uma má influência, Hellen.
— Só estou tentando mostrar a você que há mais na vida do que trabalho e reuniões. — respondi, dando-lhe um leve empurrão no ombro.
A caminhada continuou, e paramos em um banco à sombra de uma grande árvore. O sol filtrava-se pelas folhas, criando padrões dançantes no chão. Daniel recostou-se no banco, fechando os olhos por um momento, aproveitando a tranquilidade. Eu observei, admirando o quanto ele parecia relaxado, um contraste marcante com sua habitual tensão no escritório.
— Sabe, eu não faço isso com frequência. — Ele abriu os olhos e olhou para mim, seu olhar mais suave do que nunca.
— Fazer o quê? — perguntei, curiosa.
— Tirar um tempo para mim mesmo. — Ele deu de ombros. — Sempre parece haver algo mais importante, algo urgente.
Eu sorri, inclinando-me para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.
— É por isso que estou aqui para lembrá-lo de que você merece esses momentos também. E eu não aceito desculpas.
Ele riu novamente, um som que fez meu coração saltar.
