Capítulo Nove!

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O restaurante escolhido por Andrea era uma pequena joia escondida em meio ao caos de Nova York

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O restaurante escolhido por Andrea era uma pequena joia escondida em meio ao caos de Nova York. Com sua fachada discreta, era fácil passar despercebido, mas ao atravessar a porta de vidro, era como entrar em um refúgio acolhedor. O aroma delicioso de ervas frescas e especiarias flutuava no ar, enquanto as luzes suaves, penduradas em luminárias de estilo vintage, criavam um ambiente caloroso. As paredes de tijolos aparentes, adornadas com obras de arte local, transmitiam uma sensação de autenticidade, como se estivéssemos em um dos segredos mais bem guardados da cidade.

Amélia, sempre animada, estava contando uma história engraçada sobre um incidente recente com um cliente, enquanto Andrea ria, relaxando um pouco das pressões do trabalho. A mesa em que estávamos sentadas era de madeira rústica, marcada pelo tempo, o que apenas acrescentava ao charme do lugar. A textura áspera da madeira sob meus dedos era um lembrete tátil de que, pelo menos por um breve momento, eu podia deixar minhas preocupações de lado.

— E então, ele simplesmente derramou café em toda a mesa de conferência! — Amélia exclamou, fazendo gestos exagerados para ilustrar a cena, arrancando risadas de Andrea.

Eu me permiti sorrir, embora meu coração ainda estivesse pesado. A presença delas era um alívio, uma pausa temporária no caos que havia se tornado minha vida nos últimos dias. Estar ali, ouvindo as histórias e piadas, me deu uma sensação de normalidade que eu desesperadamente precisava.

— Você tem que admitir, Hellen, esses momentos são o que nos mantém sãs. — Andrea comentou, ainda rindo.

— Sim, sem dúvida. — Respondi, tomando um gole do meu chá de jasmim, sentindo o calor da porcelana entre as mãos. — É bom ter momentos assim para lembrar que a vida não é só trabalho e estresse.

Amélia concordou com um aceno de cabeça, seus olhos brilhando sob a luz suave do restaurante.

— Precisamos fazer isso mais vezes. — Ela disse com entusiasmo. — Afinal, trabalhar na Empire pode ser exaustivo, mas isso não significa que não podemos nos divertir um pouco.

Eu assenti, grata pela leveza do momento. A textura das almofadas nas cadeiras, a música suave tocando ao fundo, o burburinho leve das conversas ao redor, tudo contribuía para criar uma bolha de conforto. Mas, no fundo, uma parte de mim estava inquieta, esperando que o alívio fosse interrompido por algo inesperado. E, claro, não demorou muito para isso acontecer.

Enquanto caminhávamos de volta para a Empire, a conversa ainda girava em torno de trivialidades. As ruas de Nova York estavam movimentadas como sempre, os táxis buzinando impacientemente, e o som distante de sirenes criando a trilha sonora caótica da cidade. Andrea e Amélia estavam planejando uma noite de filmes, e eu sorria, tentando manter minha participação na conversa, embora minha mente estivesse em outro lugar. Mas tudo mudou assim que viramos a esquina.

— Ih, olha ali. — Andrea apontou disfarçadamente com o queixo para um casal abraçado à nossa frente. — Delavounne resolveu parar de ser galinha e ter compromisso, ou ela é só mais uma vítima? — Dizia enquanto eu parava de andar para observar melhor o casal. Era ele.

A Outra! - REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora