Blind ✧ [2nd season] #Wattys2015

XVII

[Conteúdo sexual explícito, cabe-te a ti de decidir se inicias a leitura consoante a tua sensibilidade]

Bom dia, boa tarde, boa noite!!!! Qualquer que seja a altura do dia que estejam a começar a ler este novo capítulo!
Deixem-me avisar que mais uma vez estou a escrever a partir do telemóvel e peço DESCULPA se o capitulo ficar pequeno.
FELIZ ANO DE 2016!!! Desejo-vos o melhor deste mundo!!!! E desejo muita paz pra todos!!!!!!! Obrigada pelo apoio desde sempre!

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- Mãe, quero água. -Sussurrou-me o Harry Jr. que já se encontrava no chão.
- Por favor, iniciem sem mim, vou só dar água ao menino. -Sorri e pude ver o Liam mais a minha mãe a entrarem no escritório.

Virei-me para trás para ir tirar um copo de água e embati contra alguém. O cheiro era-me bastante familiar e assim que elevei o meu olhar encarei o Zayn, mesmo à minha frente. Merda.

XVII

———— Zayn Malik

Mas que porra! É a Cara? Pensei.

- Cara!? -Questionei quase num grito, onde todos os meus colegas de departamento puderam ouvir.

- Zayn. Aqui e agora, não. - Ela respondeu com a sua típica má indisposição para mim.

Pude olhar para o lado e apercebi-me do menino que ela dava a mão. Seria o nosso filho? Loiro... Olhos azuis... Parecido com a Cara. Está crescido.
Nós tínhamos que conversar. Não nos falávamos há anos.

- Mandei-te uma mensagem, mas não me respondeste. Ligas-me quando puderes falar?

- Não tenho tempo para ti. -Disse com um tom frio e deu o copo de água à criança e ambos passaram pelas minhas costas e seguiram em direção a uma das salas.

Sempre a mesma coisa. Incrível. Por mais que o tempo passe, esta mulher não muda.
Consegue despertar a raiva que há dentro de mim, acreditem, não é pouca.
Cerrei os meus punhos e bufei.

- Zayn, tens que ir prestar provas ao tenente por causa do caso do teu pai. -Tocou-me no ombro ao mesmo tempo que disse, a minha colega de trabalho.

Optei por não responder ao que dizia e caminhei poucos passos em direção à mesma sala onde por detrás da porta se encontrava a Cara, o nosso filho e o Liam.
Batuquei na porta e logo depois pedi licença para entrar. O único lugar vago era um pequeno sofá onde estava sentada a criança. Sentei-me ao pé do miúdo e encarei-o por meros segundos, podendo percorrer todas as suas expressões faciais que me relembravam a mulher pela qual eu me tinha apaixonado em tempos. Lindo. Como ela.

Despertei e deixei de estar fixo no miúdo assim que o tenente chamou por mim.

- Malik... Sabes se o teu pai tinha alguém que não gostasse dele? Inimigos?

As horas passavam rapidamente desde que a Cara e o resto da "happy family" se tinha ido embora. Afinal deu mesmo o nome de Harry ao filho.
Revirei os meus olhos e entrei no carro.
Antes de por a chave na ignição, encostei a cabeça ao banco e fechei os meus olhos que já ameaçavam deixar cair lágrimas. Eu não choro.
Não estava a saber lidar com a perda do meu pai. Sei que falhei enquanto filho. E muito. Não lhe dirigi a palavra durante 4 anos e agora... Agora perdi-o... Completamente. Sinto-me arrependido por todo o caminho que a minha vida tinha agora tomado. Não posso voltar atrás no tempo e voltar a ter 18 anos? Onde era tudo mais fácil.
A minha visão ficou turva devido à água que se formava em torno dos meus olhos. Levei a mão ao bolso e tirei o meu maço de tabaco. Queria apagar-me naquele momento. Sou fraco ao ponto de deixar que droga domine a minha mente. Tornei-me fraco a pretender que vivo num mundo perfeito. Estou perdido.
Não sei lidar comigo mesmo. Não sei lidar com a dor, com o stress, com a ansiedade, com a falha... Só com nicotina.

Adormeci no banco do carro completamente esgotado a nível sentimental e acordei com o telemóvel a vibrar no banco do pendura.
8 chamadas não atendidas da Jen. Chata.

Passei o dedo de maneira a ligar para ela.
- Amor! Estou preocupada. Onde estás? Não dormiste em casa!

- Jeniffer não estou com cabeça. - Proferi calmante.

- Tu não me digas... Não me digas que me andas a trair!

- Jeniffer! Não sabes ouvir o que te estou a dizer? Não estou com cabeça! Deixa-me em paz, larga-me a perna! Já sou maior e vacinado. Deixa-me respirar um pouco! Foda-se, mas que parvoíce de conversa! -Falei num tom mais elevado onde a minha calma já tinha esgotado e desliguei a chamada voltando a mandar o telemóvel para o sítio onde estava inicialmente.