Capítulo 1: Introdução

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Olá galera :D

Essa é minha primeira fic camren, então desculpa se decepcionar vocês...


Nascer em uma família repleta de militares e agentes federais, era ao mesmo tempo a melhor e a pior coisa que poderia acontecer. A melhor por que eu sou muito boa no que faço, desde que me empenhe, e eu sempre quis trabalhar nisso, e a pior é que, para poder seguir com meu sonho era preciso passar pelo treinamento do quartel, e infelizmente esse treinamento deixa tanto seu corpo quanto sua mente prejudicados, além de ser muito cansativo.

A família do meu pai era repleta de militares. Um dos meus avôs tinha sido Tenente General do exercito americano durante a segunda guerra mundial, minha vó era enfermeira no campo de batalha e foi onde eles se conheceram. Um dos meus tios era Segundo Tenente e o outro era Capitão. Meu pai seguia os passos do meu avô, e no momento era Tenente Coronel, sempre aspirando a mais. Ele não passava muito tempo em casa, devido ao tempo que tinha que passar no batalhão, mas sempre que dava ele ficava comigo e com meus irmãos. Ele tinha muito orgulho do posto que tinha, e de tudo que fez, desde as guerras a família que tinha. Se tivesse que escolher entre o posto e os filhos e a mulher, com toda certeza, ele escolheria a gente. Depois de tudo que ele tinha vivido, ele daria tudo para ficar com a gente, e nem pensaria duas vezes. Quase todos meus primos estavam seguindo carreira no exército, salvo alguns que estavam dentro do FBI, da CIA e afins, e eu e meu irmão não seríamos diferentes. Chris almejava ser no mínimo Capitão do exercito e Taylor era a única que não queria ser tão 'grande', gostaria de ser sargento e educar melhor os soldados americanos.

Minha irmã era incrível, ela poderia ir muito mais a frente, mas ela estava determinada a criar melhor os soldados americanos, disciplinando-os melhor e fazendo-os entender que nem tudo era motivo de briga, e que nenhuma outra nação era inferior a nossa.

Eu sempre aspirei a grandeza e puxei isso do meu pai, queria mudar o rumo do exercito americano, assim como Taylor. Mas enquanto ela queria começar mudando por baixo e pelos mais novos, eu queria começar mudar pelo topo, e pelos mais antigos naquele meio.

Ainda bem ( ou não ) que por ser a filha mais velha, meu pai colocava muita fé em mim e dizia que eu seria um exemplo para os meus irmãos mais novos, e que por ser a primogênita eu não viveria na sombra de meus irmãos, como provavelmente aconteceria com eles, pelo menos no começo.

Amanhã eu estaria saindo de casa, sem data para voltar. A partir de amanhã eu deixava de ser Lauren Jauregui, a filha do Tenente-Coronel Mike Jauregui, e começaria a ser a Soldado Jauregui, não importando de quem eu era ou deixava de ser filha. Logo cedo meus pais e meus irmãos iriam me levar para o quartel, onde eu começaria a minha jornada individual no exercito e eu não conseguia dormir.

Era uma das noites mais quentes de Miami, e mesmo com meu ar condicionado ligado no máximo, eu não conseguia pregar meus olhos. Eu suava tanto que o lençol que forrava meu colchão grudava nas minhas costas. Levantei da cama e arranquei o lençol úmido de suor da cama, e joguei no chão, junto com os meus travesseiros e o que quer que estivesse em cima da minha cama. Fui para perto do meu armário, peguei uma cueca feminina e fui para o banheiro, pensando que talvez um banho gelado pudesse me acalmar e fazer aquele calor passar.

Pisei no chão de mármore, adorando o frio do piso em contato com o meu pé. Liguei apenas a torneira da agua gelada do chuveiro, tirei as peças de roupas que ainda restavam em mim, e entrei no box. Quando a agua gelada bateu nas minhas costas, molhando minha nuca e meu cabelo, foi uma das melhores sensações que eu já tive na vida. Me virei no chuveiro, deixando a agua gelada tocar tudo que estava me dando nervoso e tirando o suor do meu corpo. Lavei meu cabelo e meu corpo, e por fim desliguei a agua. Conseguia sentir meus músculos um pouco retraídos por causa do frio da agua, mas mesmo assim, a sensação era deliciosa. Me sequei, vestindo apenas a calcinha e voltei para o meu quarto.

A luz da lua cheia era a única que estava presente no meu quarto, e estava tão forte que nem mesmo precisei ligar a luz do quarto. Enxergava tudo nitidamente, minhas paredes roxas, com alguns posters de filmes, uma estante repleta de livros e com fotos minhas e da minha família e amigos, a porta do meu closet entreaberta e as malas feitas perto da porta. Fui até a pilha de roupas de cama jogadas no canto e peguei um dos travesseiros. Mesmo sabendo que ele ia acabar ficando suado e nojento, eu não iria conseguir dormir sem abraçar nada. O frio do ar condicionado fazia meus pelos se arrepiarem por estar quase nua, usando so a minha cueca da supergirl, mas novamente, a sensação era ótima.

Joguei o travesseiro na cama, e pulei em cima dela, deitando de barriga para baixo, e colocando uma mão embaixo do travesseiro. Minha posição favorita para pegar no sono, mesmo sabendo que amanhã de manhã eu estaria em uma posição completamente diferente, e provavelmente mais desconfortável. Em meus 18 anos de vida eu nunca consegui dormir quieta, e eu teria que aprender a fazer isso do dia para a noite.

Peguei meu iPhone na mesa da cabeceira, e verifiquei minhas redes sociais. Nenhuma atualização relevante, então deixei o celular no canto da cama e fechei meus olhos, pensando em algo tranquilo para tentar pegar no sono logo. Em menos de três horas minha mãe estaria acordando e vindo bater na porta do meu quarto, me falando para levantar e tomar café antes de sair.

Simplesmente não me vinha NADA de interessante e reconfortante para tentar relaxar. Até que os olhos castanhos daquela morena me vieram como um flash. Nossos olhares se cruzaram por menos de um segundo, mas aqueles olhos, ah, eles ficariam marcados na minha mente para sempre. E pensando na garota misteriosa, eu finalmente peguei no sono, pensando em apenas uma coisa: eu daria tudo para vê-la novamente.

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