With You

11° - Toxic

It's gettin' late to give you up
( Está ficando tarde para desistir de você)

I took a sip from my devil's cup
( Tomei um gole do copo do demônio)

Slowly, it's taking over me
( Lentamente está tomando conta de mim)

Too high, can't come down
( Tão alto, não consigo descer)

It's in the air and it's all around
( Estou perdendo a cabeça, dando voltas e voltas)

Can you feel it now?
(Você me sente agora?)

Mesmo cansada do sol e água da praia, Selena não pensou duas vezes antes de aceitar meu convite para sairmos esta noite. Assim como Samara, que ainda estava em nosso quarto e ouviu a conversa. Essa ficou de mandar mensagem para suas amigas convidando-as também, para se reunir conosco.

Mas primeiro combinamos que descansaríamos todas até o fim da tarde,já que as duas estavam cansadas, e nos encontraríamos as vinte horas no estacionamento aqui da frente do prédio. Sem atrasos ou desculpas. Tudo para chegarmos cedo, ao Nibble's.

Eu não tô acreditando que voltarei a pisar naquele lugar, de novo, por conta própria e não por que Samara e suas amigas me arrastaram para lá. Não, dessa vez eu decidir sair para me divertir sem pensar em nada, em chegar tarde, o que posso ou não fazer... Apenas, não exagerar.

Viro minha cabeça e Selena está roncando ao meu lado. Nunca havia ouvido uma garota roncar dessa maneira. Isso é inédito.

Pego meu celular de cima da mesinha e ligo para minha melhor amiga, Abby, preciso saber como ta sendo o seu fim de semana e claro, contar pra ela sobre ontem. Então pego o celular e disco seu número.

" Esse telefone encontra-se ocupado, ou fora da área de cobertura" diz uma voz feminina do outro lado.

" Como assim fora de área?" digo alto demais.

Ponho a outra mão livre na boca para tampa-la e olho na direção de Selena, para ver se meu espanto não a acordou. Bem, parece que não, coitada deve está muito cansada mesmo. Nem meu gritinho a fez se mexe na cama.

Dou uma pequena olhada em meu relógio despertador encima da bancada da cama e ele indica, três e quarenta e dois. Minha nossa! Ainda não comi nada, desde da hora em que vim para o quarto.

Sem pensar, me levanto da cama meio atrapalhada, calço meus sapatos e pego minha bolsa do cabideiro atrás da porta. Dou uma última olhada no meu reflexo no espelho e estou bem, só vou descer para comer alguma coisa, me viro para olhar minha colega de quarto dormindo e saiu dele.

Ao chegar no fim das escadas, lembro o que me aconteceu noite passada. Paro de imediato no último degrau e começo a olhar para todos os lados, inclusive para o estacionamento á minha direita para ver se um certo Mercedes branco não está nele.

Bom pelo menos, não o vejo em nenhuma das vagas aqui. Acho que ele já deve ter saído para algum lugar. Com certeza com aquela garota que estava se esfregando nele... Mesmo assim decido não vou me arriscar em encontrá-lo em algum desses fast food, e sigo direto para o refeitório do campus mesmo ver o que tem de comer.

O lugar está parcialmente vazio, há apenas algumas pessoas sentadas e conversando, outras passam por mim saindo pelas portas duplas. Ando em direção as mesas de comida no final do corredor, mas o que vejo nada me agrada. Aah, que saudade das comidas de mamãe. A carne ao molho madeira, estrogonofe... Parece até que sinto o cheiro delas posta na mesa. Fecho os olhos e dou um longo suspiro de apreciação imaginaria.