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{Lea}

Cheguei a casa das compras que tinha feito como pretendia e apressei-me a chegar ao meu quarto e ao da minha irmã para esconder as sacas. Abri um armário vago que tinha na minha parte do closet e coloquei lá tudo sem estragar alguns dos embrulhos que já estavam feitos. Fechei as portas do pequeno armário branco e sacudi as mãos, sorrindo feliz comigo mesma. - LIZ! - Chamei caminhando para o quarto e seguidamente para a sala. Onde é que ela andava?!

- Cá em baixo! - Ela gritou do andar debaixo depois de ter ouvido a porta a bater. Desci logo as escadas com um sorriso e apanhei-a a ler uma sms e a sorrir. Ri-me da figura dela divertida e fui dar-lhe um abraço.

- Foste sair?

- Sim, fui dar uma volta por aí, estava a precisar de inspiração... - Ela disse muito rápido, fazendo-me levantar o sobrolho - Mas bom, temos planos para hoje à noite!

- Calma lá, foste sair sozinha por aí? - Ignorei a segunda parte da conversa e endireitei-me no sofá. - Bem eu também andei por aí meio sozinha, vi com cada pedaço. - Admiti levando uma mão ao peito e olhando o tecto como se os rapazes que tinha visto fossem meras miragens.

Ela riu-se de mim e negou - Hoje também vamos sair para um sítio que tem pedaços, maninha! - Disse com ar de anjinho.

- Onde vamos? - Procurei saber, passando uma vista de olhos pelo meu feed do instagram.

- É ilegal! - Ela disse toda entusiasmada. A minha irmã é doida por pisar o risco! Andava sempre metida em alhadas e eu tinha de fazer de salvadora da pátria.

- Tu não me fodas olha que não quero problemas com a polícia. Em França ainda posso mostrar aos guardas o que é bom, aqui não. - Ajeitei o meu cabelo. - A menos que sejam jeitosos. - Corrigi com um meio sorriso matreiro. Eu era doida também, mas quase ninguém o sabia!

- Mana, relaxa, não nos vai acontecer nada! - Ela sorriu divertida - E aqui também podes mostrar o que é bom... - Disse também com um sorriso matreiro e apalpando-me uma mama sem me magoar.

- Sabes muito. - Ri levantando-me. - Vou vestir-me então, já estou mesmo a ver que são corridas. - Encolhi levemente os ombros não importada com o local para onde ia e subi ao quarto para tomar um banho. Tomei banho rápido e quando saí para o quarto, já a minha irmã andava com um top branco vestido, meio transparente, que se notavam perfeitamente as mamas, e em cuecas à procura de umas calças.

- Tu vais com essas mamas assim à mostra? - Apontei-a enquanto vestia o meu soutien e seguidamente um top branco assim como ela.

- Vou, qual é o mal? - Ela perguntou muito indignada, o que me fez rir da sua cara.

- Nenhum, estás linda como sempre mana. - Ri-me e acabei de me vestir, caminhando até ao closet que partilhávamos para escolher uns par de ténis entre quase 100 que tinha de diversas marcas e cores. Saltos altos? Já tinha perdido a conta mas mais de 100 eram de certeza.

Quando estávamos as duas prontas, descemos as escadas e pusemo-nos rapidamente dentro do nosso jipe para irmos para o local onde iam ser as corridas.

- Oh meu deus quero um jipe destes. - Guinchei estacionando ao lado de um Range Rover Branco dos mais clássicos e que se via muito por LA. - Oferece-me. - Pedinchei com um beiço de criança mimada, olhando a minha irmã que se riu de mim. Eu tinha certos gostos por coisas que normalmente as raparigas não se interessam assim tanto. Carros, corridas, motas, desportos radicais entre outras coisas. Contudo não deixava de ser bastante feminina o que a meu ver era um factor surpresa para muitos rapazes que me acham uma menina riquinha, fútil e mimada com o seu q.b de cabra vingativa.

- Vou pensar no teu caso! Agora anda daí... - Ela agarrou na minha mão depois de termos saído do carro.

- Estou a ir! - Resmunguei deixando-me levar por ela enquanto olhava tudo ao mesmo tempo que ajeitava o cabelo com a mão livre. O moreno da universidade apareceu à nossa frente, fazendo com que a minha irmã parasse de andar.

- Olha, olha quem está aqui! - Disse com um sorriso matreiro, deslizando o olhar para as mamas da minha irmã e depois para o meu corpo todo, o que me fez empinar o nariz.

- Liz, quero beber alguma coisa, vamos embora. - Pedi na nossa língua materna, olhando-a mas sentindo o olhar da torre à minha frente, cravado em mim. - Perdeste alguma coisa? - Questionei num tom irritado, olhando para ele com cara de poucos amigos.

- Não, mas não me importava de perder! - Ele disse com um sorriso matreiro, brincando com aquele piercing que lhe ficava extremamente bem e era extremamente sexy. Foca, Lea!

- Pois, tira senha que a fila vai longa. - Respondi de imediato sem perder o rumo à minha sanidade mental. - Vamos? - Olhei de novo para a minha irmã.

- Vamos! - Ela disse tentando manter o ar de séria, mas com alta vontade de se rir.

- Sai. - Olhei-o esperando que ele se afastasse para que pudéssemos passar. Não me apetecia contorná-lo quando o meu caminho estava bem até ele se meter à frente. Ele riu-se, divertido com alguma coisa e enquanto o seu irmão aparecia ao seu lado, ele desviou-se.

- Enfim! - Revirei os olhos passando por eles com a minha irmã e caminhamos as duas para o bar que estava dentro de um armazém onde dispunha de duas mesas de bilhar, alguns sofás e mesas.

- O que queres beber? - Liz perguntou animada, pois estava completamente no seu ambiente natural.

- Vodka preta. - Respondi sentindo muitos olhares masculinos sobre nós e também alguns femininos. Ela assentiu e guiou-me até ao balcão, pedindo duas vodkas para nós.

- Viste aquelas motos lá fora? - Perguntou com os olhos a brilhar.

- Vi sua doida. - Ri-me agarrando na minha vodka quando nos foi servida. - Mas sabes que domino melhor os carros. - Sorri matreira.

- Ai gostava tanto de aprender! - Partilhou toda entusiasmada, dando pequenos saltinhos antes de pegar nas nossas bebidas e pagar.

- Tens muitos jeitosos aqui a quem podes pedir umas belas aulas. - Comentei divertida, olhando em redor.

- Lá isso! - Ela riu também a olhar em redor e deu um trago na sua bebida - Vamos ver as listas das corridas?

- Vamos. - Assenti caminhando com ela para a parede onde estavam as listas. Passei os olhos pelas listas, mas não conhecia ninguém portanto não valia de nada.

- Olha aqueles gémeos vão correr... - Ela apontou o nome Tom Kaulitz e Bill Kaulitz.

- Ah sim?! - Olhei para onde ela apontava e percebi que o Tom corria de carro e o outro, o Bill de mota. Restava saber quem era quem!

Ouvimos uma buzina tocar e um monte de motas alinharam-se e a multidão rodeou-as de todos os lados, excepto um.

- Vai começar! - Ela puxou-me para a primeira fila e ficamos ao lado de um dos corredores, Biil, um dos gémeos.

- Foca-te. - Falou o de cabelo negro para Bill que ajeitava as suas luvas nas mãos.

- Não te preocupes mano, está no papo! - O outro gémeo disse com um sorriso matreiro, igualzinho ao do irmão. Era a primeira vez que o via com aquele sorriso e antes de colocar o capacete lançou um olhar super intenso à minha irmã. Ela veio-se! Foi o que me passou pela cabeça e só me apetecia rir.

- Ai segura-te. - Ri-me agarrando-me à minha irmã que não tirava os olhos da mota e de Bill mesmo que tentasse disfarçar.



The Heart Wants What It WantsWhere stories live. Discover now