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{Tom}

Vi a minha amiga Adrianne, uma loira cheia de curvas com quem eu dava umas curvas, dar a partida. O lenço que ela segurava na mão bateu no chão e o meu irmão foi o primeiro a arrancar da fila, fazendo com que eu soltasse um assobio com o entusiasmo. Liz também gritou eufórica, bem como a sua irmã. Sorri e olhei o rabo da gémea de Liz da qual ainda não sabia o nome, mas fazia tenções de mudar isso esta noite. Olhei o final da rua onde o meu irmão já estava a dar a volta ao barril sem concorrência possível. Este meu puto!

- Go, go, go! – Gritei como se ele me ouvisse, no fundo, sabia que sim, mas não na realidade. A multidão estava ao rubro e isso deixava-me ainda mais entusiasmado para correr. Vi o meu irmão cortar a meta e logo a seguir mais dois chegaram e por fim o resto. Os três corremos para ele para lhe dar os parabéns. Enquanto ele tirava o capacete da cabeça, dei-lhe umas pancadinhas nas costas – Grande corrida, júnior!

- Sim, foi brutal! - Saudou a gémea de Liz, sorrindo enquanto ajeitava o cabelo como fazia imensas vezes pelo que já tinha reparado. Senti uns braços empoleirar-se no meu pescoço e deduzi como sendo Adrianne. - Olha aí, estás com falta de espaço? - Avisou a novinha assim que Adrianne a empurrou para se agarrar a mim.

- Não querida, tu é que não estás a dar espaço higiénico do que é meu! - Adrianne respondeu com cara de cínica. Teu?! Oi, queridinha? Eu não sou de ninguém.

- Do que é teu? Oh por favor amiga tu és do povo com essas micro roupas deves ser tipo cadela com o cio. - A de cabelos vermelhos cruzou os braços ao peito e aproximou-se ainda mais de Adrianne e percebi que era daquelas que não puxava cabelos mas que se fechava a mão era para doer.

- Vamos lá a acabar com isso, não quero confusões aqui! – Disse pondo-me no meio das duas virado de frente para a Adrianne – Adrianne, hoje não, estou com amigos... - Expliquei, apontando o meu irmão e as gémeas, para que ela se fosse embora.

- Quem são essas? - Questionou toda comida de ciúmes, atitude do qual não gostei porque não lhe era nada para ela estar a agir como se fosse dela.

- Lea e Liz Prescott, prazer. - Apresentou-se Lea, olhando-a de alto a baixo. Lea...simples e fofo.

- Já chega de perguntas, Adrianne! - Disse num tom rígido e com um olhar sério que pareceu resultar, fazendo-a dar meia volta e ir embora.

- Vê se controlas as tuas amigas. - Aconselhou-me num tom irritado, acabando com a sua bebida e indo deitar o seu copo vazio ao lixo mais próximo dali. Ri-me por a ver toda irritadinha e vi Liz aproximar-se do meu irmão para lhe dar os parabéns, calculei. Decidi deixá-los sozinhos e ir atrás da minha fera enraivecida.

- Recolhe as garras, leoa! - Murmurei ao seu ouvido, sentindo-a dar um saltinho com o susto.

- As minhas garras não se recolhem. - Virou-se para mim com um sorriso mais que forçado no rosto e mostrou-me as suas unhas enormes num tom nude que lhe dava um ar super classy.

- Então temos de melhorar esse humor... Posso pagar-te outra bebida? - Perguntei sem nunca perder o meu sorriso. Esta miúda não tinha ideia do quão aquilo me divertia e dava pica. Adorava mulheres difíceis e ainda por cima gostosa como ela era.

- Ai as bebidas pagam-se? Não me pediram dinheiro pela minha talvez não precises de pagar a minha, só a tua. - Ajeitou mais uma vez o cabelo e apontou o armazém enquanto falava.

- Resmungona! - Acusei-a, pegando na mão dela e começando a guiá-la para o bar, não aceitando mais respostas mal humoradas dela.

- É a vida. - Voltou a resmungar mas de forma mais mimada. Isso fez-me rir e puxá-la mais para mim para que não se perdesse no meio da confusão.

The Heart Wants What It WantsWhere stories live. Discover now